Sabesp frauda nível dos reservatórios. Situação é pior que o admitido
15 de outubro de 2014 | 20:49
Autor: Fernando Brito
É estarrecedor que uma empresa pública, com um corpo profissional ao qual não faltam qualidades técnicas, esteja fazendo o que faz a Sabesp em São Paulo.
Sua presidente, a D. Dilma Pena, serrista de quatro costados, admitiu hoje na CPI da Água que era “mentirinha” a declaração do governador - às vésperas da eleição – de que havia água suficiente para atravessar o verão e que a água acaba em “meados de novembro”. O que é tão óbvio que está sendo dito aqui por um simples blogueiro que acompanha dos dados do Sistema Cantareira.
Mas, além do estelionato político, está se praticando crimes: divulgação de falsa informação em documento público, descumprimento de decisão judicial e burla às determinações das autoridades de regulação das águas, a Agência Nacional de Águas e o Departamento de Águas do próprio Estado de São Paulo.
A fiscalização encontrou a represa Atibainha 38 centímetros abaixo do nível mínimo autorizado.
Não é uma pequena diferença que pudesse ter acontecido por razões operacionais, de manejo das bombas de sucção, sem má-fé.
38 centímetros no nível equivalem a seis bilhões de litros d’água, mais do que é retirado em três dias.
Não é, como diz o Estadão, uma antecipação da tal segunda cota do volume morto, porque essa, se for autorizada, é uma grande poça que se formou em outro reservatório, o Jacareí.
A Sabesp conscientemente infringiu a lei federal nº. 9.433, de 1997,, que proíbe a extração de água fora das cotas estabelecidas e considera fraude a adulteração das medições de nível de represas.
Além da multa, ela pode ser obrigada a fazer com que a represa volte ao nível autorizado, o que repsenta uma perda de seis bilhões de litros num sistema que está enforcado em menos de 42 bilhões, contanto todas as “rapas” e que perde, por dia, 1,7 ou 1,8 biçhão de litros para manter, mesmo em níveis caóticos, o abastecimento de São Paulo.
Um pobre morador da cidade, carregando seus baldes, pode pensar “que se dane” dos limites de sobrevivência dos reservatórios. Autoridades e engenheiros hídricos que têm a responsabilidade de evitar o colapso total, não têm este direito.
A reserva real do sistema, se corrigido este “roubo” de seis bilhões de litros não é nem sequer dos míseros 4,3% divulgados hoje cedo, mas de apenas 3,7%.
O corpo técnico da Sabesp tem de se rebelar contra isso, se não quiser recair na mesma pecha de bandidos que as autoridades paulistas que patrocinam isso merecem.
É estarrecedor que uma empresa pública, com um corpo profissional ao qual não faltam qualidades técnicas, esteja fazendo o que faz a Sabesp em São Paulo.
Sua presidente, a D. Dilma Pena, serrista de quatro costados, admitiu hoje na CPI da Água que era “mentirinha” a declaração do governador - às vésperas da eleição – de que havia água suficiente para atravessar o verão e que a água acaba em “meados de novembro”. O que é tão óbvio que está sendo dito aqui por um simples blogueiro que acompanha dos dados do Sistema Cantareira.
Mas, além do estelionato político, está se praticando crimes: divulgação de falsa informação em documento público, descumprimento de decisão judicial e burla às determinações das autoridades de regulação das águas, a Agência Nacional de Águas e o Departamento de Águas do próprio Estado de São Paulo.
A fiscalização encontrou a represa Atibainha 38 centímetros abaixo do nível mínimo autorizado.
Não é uma pequena diferença que pudesse ter acontecido por razões operacionais, de manejo das bombas de sucção, sem má-fé.
38 centímetros no nível equivalem a seis bilhões de litros d’água, mais do que é retirado em três dias.
Não é, como diz o Estadão, uma antecipação da tal segunda cota do volume morto, porque essa, se for autorizada, é uma grande poça que se formou em outro reservatório, o Jacareí.
A Sabesp conscientemente infringiu a lei federal nº. 9.433, de 1997,, que proíbe a extração de água fora das cotas estabelecidas e considera fraude a adulteração das medições de nível de represas.
Além da multa, ela pode ser obrigada a fazer com que a represa volte ao nível autorizado, o que repsenta uma perda de seis bilhões de litros num sistema que está enforcado em menos de 42 bilhões, contanto todas as “rapas” e que perde, por dia, 1,7 ou 1,8 biçhão de litros para manter, mesmo em níveis caóticos, o abastecimento de São Paulo.
Um pobre morador da cidade, carregando seus baldes, pode pensar “que se dane” dos limites de sobrevivência dos reservatórios. Autoridades e engenheiros hídricos que têm a responsabilidade de evitar o colapso total, não têm este direito.
A reserva real do sistema, se corrigido este “roubo” de seis bilhões de litros não é nem sequer dos míseros 4,3% divulgados hoje cedo, mas de apenas 3,7%.
O corpo técnico da Sabesp tem de se rebelar contra isso, se não quiser recair na mesma pecha de bandidos que as autoridades paulistas que patrocinam isso merecem.
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