O falso “Zé” na favela falsa
Brizola NetoO horror de Serra por pobre é tão grande que no seu programa de estreia no horário eleitoral gratuito, em lugar de usar uma das centenas de favelas existentes em São Paulo, preferiu montar uma favela de “mentirinha”, cenográfica. Ali pôde contracenar com figurantes, favelados de araque. Quem sabe, hipocondríaco como é, evitando o risco de “contágio” com aqueles que ele acha “gentinha”.
Ou, talvez, tudo isso seja preconceito meu. Quem sabe Serra tenha feito a gravação na única “favela” de onde não sairia corrido pelos moradores.
E para não dizer que estamos espalhando boatos, veja um trecho da matéria publicada pelo Estadão do último domingo que dá mais detalhes sobre a favela cenográfica
A cena na “favela”, na verdade um cenário em estúdio na zona oeste paulistana, ilustrará o primeiro programa na TV e atende à estratégia de popularizar a imagem do tucano. Reflexo de uma corrida por quase 70 milhões de eleitores com renda familiar de até dois salários mínimos.
O estúdio reproduz uma comunidade com comércios e barracões, onde não faltam o churrasquinho na laje e os famosos gatos, ligações clandestinas nos postes. O cenário é assinado pelo diretor de arte Osmar Muradas, e a coordenação de produção é de André Burza.
Serra é falso em tudo, até no cenário. Mas em uma coisa temos que reconhecer que houve coerência: para gravar um jingle falso, de um falso Zé, com um falso “lulismo”, nada melhor do que fazê-lo em um lugar falso.
Aliás, seria bacana se o juizado de menores cobrasse da produtora do Sr. José Serra, a autorização dos pais para que as crianças participassem como figurantes no teatrinho tucano que foi levado à televisão.
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