A Dilma não é um tsunami.
Dilma é o rio que segue para o mar
A Catanhêde, na pág. 2 da Folha (*) consegue resumir muito bem o sentimento que domina os tucanos (explícitos ou, como ela, dissimulados) em fuga.
Clique aqui para ver o vídeo inesquecível da “massa cheirosa”.
A Catanhêde considera que a Dilma é um tsunami.
No twitter, o Ancelmo do Globo, um especialista em bom-pracismo, disse o mesmo: um tsunami !
O tsunami são ondas gigantes de grande concentração de energia, provocadas por um deslocamento de água que ocorre após uma movimentação inesperada de placas tectônicas abaixo dos oceanos.
O tsunami costuma provocar catástrofes.
Uma catástrofe gigantesca, inesperada – é o que a Catanhêde quer dizer.
Catástrofe, a gente sabe qual é: é a que o jornal nacional mostra todos os dias (clique aqui para ler “O Pará e o Brasil não são o que o jn diz”)
Mas, “inesperada”, por quê ?
O Governo Lula é um sucesso e a popularidade dele, recordista desde o primeiro dia de Governo.
Promoveu a inclusão social, ampliou a classe média e assistiu os pobres.
Fez uma política externa que não tirou o sapato para os Estados Unidos.
A Dilma é a sua legítima sucessora: foi a CEO do Governo Lula.
O Serra é um nada.
Em 50 anos de vida pública não conseguiu produzir uma obra, uma ideia original.
Não tomou uma atitude de que se possa lembrar com admiração.
Como “inesperado”, se a oposição ficou ancorada em 2002 ?
A oposição se deixou imobilizar pela a vaidade do Fernando Henrique.
O Farol de Alexandria amarrou o PSDB na tarefa inglória de preservar seu Governo.
O Farol segurou a oposição na defesa de um Governo que quebrou o Brasil três vezes.
O Farol não deixou o PSDB produzir uma alternativa ao Governo Lula.
Porque obrigou o PSDB a pensar que a alternativa era ele – quando Lula fracasse e caísse num impeachment.
Enquanto o Farol cuidava de seu verbete nos livros de História, a oposição se deixou atropelar pela Classe C.
Enquanto bradava contra o “Bolsa Vagabundagem”, se encaminhava para a extrema direita, puxada pelos DEMOS e a nova carreira do César Maia, no plano nacional.
O Serra não conseguiu se livrar da maldita herança do neo-liberalismo do Farol.
Lula pendurou o FHC no pescoço do Serra e ali ficou.
O Sarney, o Itamar, o Collor – todos eles se submeteram ao voto popular, ao sair da Presidência.
Por que o Farol não se submeteu ?
Porque não tem voto.
Ele faz sucesso no PiG (**).
O Serra foi para a campanha sem temas: do Ministério do Acarajé ao Ministério do Cano.
Invadiu a Bolívia e subiu na garupa do Lula.
Até o Farol sabe que o Serra não formula nada: ele é um gerentão.
E um gerentão desastrado.
O Serra foge: não cumpre um mandato até o fim, para não ser julgado pelo que (não) fez.
O Serra foge para a frente.
Só que, agora, bye bye Serra forever.
E a Dilma não é um tsunami.
A Dilma é o rio que corre para mar.
Segue o curso traçado há muito tempo.
Com algumas cachoeiras e quedas d’água.
Mas, segue inexoravelmente o seu curso.
Desde Vargas.
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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