“Torcida” contra o emprego, não jornalismo.
Brizola Neto no Tijolaço
Não foi falta de paciência de esperar que os editores de sites pensassem melhor e mudassem as chamadas sobre os dados divulgados hoje sobre criação de empregos. Nada feito. É só azedume.
Criação de emprego no Brasil perde ritmo e gera 215 mil vagas em junho, diz a Folha. Criação de vagas no primeiro semestre é menor , escreve o Estadão. Criação de empregos formais caiu no primeiro semestre deste ano, diz Caged , prefere O Globo.
Evidente que estas chamadas provocam no leitor a impressão que estamos vivendo uma crise de emprego, quando nunca, mesmo no ano passado, o Brasil esteve tão bem neste setor.
Junho, cujos números foram divugados hoje, foi o segundo melhor resultado da história deste mês, melhor inclusive que junho do ano passado e só inferior ao mesmo mês em 2008, com a economia mundial no auge do aquecimento que antecedeu a crise.
A diferença apontada sobre o primeiro semestre do ano passado está concentrada unicamente em um mês, o de março, quando o terror inflacionário e as previsões catastróficas da mesma mídia estavam no auge. Ali se registrou uma diferença de mais de 170 mil vagas (92 mil este ano, contra 266 mil em 2010).
Um fenômeno que não se repetiu, muito ao contrário. Hoje mesmo o IBGE divulgou o desemprego nas regiões metropolitanas: o menor já registrado.
Oss Estados Unidos, com todas as injeções de dinheiro feitas pelo Federal Reserve, em junho, só conseguiram gerar 18 mil empregos em junho. Aqui, você vê no gráfico, foram 215 mil, doze vezes mais, com uma economia muito menor e uma massa populacional inferior.
Nada do que é dito neste post é versão: são fatos, dados, números e comparações reais.
A nossa mídia, entretanto, não faz jornalismo informativo, faz campanha.
Não suporta ver o Brasil sem a “roda presa”.
É com ela que vamos contar para a comunicação entre Governo e o povo brasileiro?
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