terça-feira, 29 de julho de 2014

os três heróis do carapááálida! é no qui dá se metê com gente genial


DUDU E AECIOPORTO:
ARRANCADA PÓS-COPA EMPACA



Cadê o meu “unzinho”, Bláblá ?

Conversa Afiada





O Conversa Afiada republica analise implacável do Fernando Brito:


TUDO DEU ERRADO PARA AÉCIO E DUDU. A ARRANCADA PÓS-COPA “FOI PRO SACO”


A Alemanha fez a sua parte, com aquele “sacode” que levamos na semifinal.

Mas, no resto, a estratégia da oposição de capitalizar a natural frustração com a derrota esportiva e, ao menos, reverter as perdas que tiveram com o fato de a Copa do Mundo, apesar das previsões catastróficas da mídia, não funcionou.

Aécio despencou de seu discurso moralista com o aeroporto de família em Cláudio.

A seca do Alckmin, que tinha sumido da midia, voltou com força depois da ação do Ministério Público que manda racionar a água. Como advertiu, preocupada, a Folha, não apenas é conversa de elevador como já virou, hoje, assunto de matérias locais na Globo, com o povão reclamando da falta de água.

Sobrava o terrorismo econômico, mas a inflação em queda trabalha para desmontar o cenário e a traulitada dada na carta do Santander ainda ajudou a evidenciar a gula “mercadista”.

Até o insuspeito Clóvis Rossi diz, hoje, na Folha ( o mais lido do dia) que “além de patético, o comportamento de tais agentes de mercado é covarde”.

Afinal, e todo mundo sabe, ganharam muito dinheiro com o Brasil e com a expansão econômica do Brasil.

De maneira mais apropriada à sua elegância, Rossi repete o que disse aqui quando chamei de “mentira deslavada” os pedidos de desculpas do banco espanhol: ”é o clássico modelo de atirar pedras e esconder a mão”.

Mesmo a “mãozinha” do Ministro José Jorge, do TCU – Jorge foi Ministro do Apagão de Fernando Henrique – no caso da refinaria de Pasadena deu errado, porque não atingiu a figura da Presidente.

Até o coadjuvante Eduardo Campos e sua partner Marina O que é que estou fazendo aqui Silva tiveram que se defrontar com a “saia-justa” da sua nova política que explicou que estava montando uma provinciana “Casa de Eduardo” em Osasco para “ganhar unzinho”. Campos não representa nada eleitoralmente em termos nacionais – esperem as pesquisas mais adiante – e está a caminho de tomar uma tunda de proporções homéricas até mesmo em Pernambuco, onde até o s prefeitos do PSB estão debandando para a candidatura Armando Monteiro, do PTB mas apoiada – e apoiando – Lula.

A esta altura, sei não, acho que a tucanagem morre de saudades de José Serra.

E eu lembro da frase do Millor Fernandes: mais importante do que ser genial é estar cercado de medíocres.



Clique aqui para ler
“Eleitor espera ‘unzinho’ da Bláblá​”

E aqui para “Aecioporto: quanto Titio vai embolsar ?”

segunda-feira, 28 de julho de 2014

pobres e ricos – numa “luta de classes”


DILMA JÁ SABE
O QUE E QUEM ENFRENTAR


Quem busca exibir-se não é ela, mas são eles.


Conversa Afiada




O Coronel Pantaleão quis saber se ela transaciona ministério na cadeia



A Presidenta Dilma Rousseff se submeteu à primeira sabatina do PiG (*) na temporada eleitoral em que, como insiste o Datafalha, culminará com sua reeleição no primeiro turno.

Dilma deu um passo adiante nas formulações que tem feito até aqui: ela espera ardentemente que a campanha se radicalize entre pobres e ricos – numa “luta de classes”, como disse o repórter da Fel-lha (**), hoje, porta-voz da Jovem Pan.

Ela gostaria, sim, de mostrar como os pobres melhoraram de vida nos Governos Lula e Dilma, quando todos ganharam.

E os pobres ganharam mais.

Embora, como diria o Jabor, seja muito chato entrar num avião e ter uma empregada doméstica ao lado.

Um horror !

(Não deixe de votar na trepidante enquete: quem sustenta o tripé do FHC ?)

Dilma demonstrou que está bem preparada.

Soube enfrentar com sangue frio e até bom humor as provocações – como as de Josias de Souza, que a acusou de ceder a uma chantagem para nomear um ministro negociado dentro da cadeia, por um mensaleiro.

Gente fina, esse Josias.

Aliás, ele parecia o Joaquim Barbosa.

Não ficou de pé.

Mas, se recostou na cadeira como o Coronel Pantaleão do Chico Anísio.

À vontade, dono do pedaço.

Só faltou ir de pijama

Se acha !

As perguntas deram a Dilma uma ideia de como os candidatos de oposição e o PiG – tudo a mesma sopa – vão se comportar nos próximos debates.

A agenda é:

- inflação desembestada (o FHC NUNCA ficou dentro da meta !);

- baixo crescimento do PIB;

- desemprego = ao da Espanha e da Grécia;

- Pasadena;

- corrupção desenfreada;

- mensalão;

- concessão é igual a privataria (tucana );

- datafalha e globope, com rejeição cavalar, especialmente em São Paulo;

- o Satãder tem razão;

- a Copa foi, de fato, um fracasso retumbante.

Não vai fugir disso.

E aí ela dominou a discussão e desidratou a entrevista.

Os repórteres voltaram para casa sem manchete.

Ela não pisou em nenhuma casca de banana.

E estava preparada para enfrentar todas as perguntas – e até por que guarda R$ 150 mil em dinheiro, em casa. (Leia em tempo.)

(Pergunta que os quatro valentões jamais fariam ao Principe da Privataria, ao Padim Pade Cerra – de que vive ele ? – e ao aecioporto …)

A sabatina teve uma grande vantagem.

Além de oferecer um palanque à Dilma.

Mostrou como funcionam os entrevistadores do PiG.

Sao todos funcionários da Fel-lha (são, foram, ou querem ser).

Eles não fazem perguntas.

Isso é coisa para a ralé.

Não estão minimamente preocupados em informar seus leitores/espectadores.

Eles fazem afirmações para si próprios e seus patroes.

Quem busca exibir-se não é ela, mas são eles.

Também não tem importância se a pergunta já foi feita há pouco, com outras palavras: o importante é que saibam que cada um foi capaz de fazer aquela pergunta valente à Primeira Mandatária da Nação !

Eu sou Maximo, viu patrão ?

No próximo corte na redação, não me inclua !

Não importa se, em quatro anos de Governo, ela tenha feito 21 mil MW de energia – e por isso não houve o anunciado apagao da Urubologa.

E que o Principe da Privataria, o do Yes, we care , fez 1 MW !

1 !

O que subtraiu dois pontos percentuais do PIB !

Isso não tem a menor importância.

Como não vai ter a menor importância ela estabelecer essa comparação na campanha eleitoral.

O que importa é saber se o patrão viu os rapazes.

Porque, como diz o Mino Carta, no Brasil, os jornalistas são piores que os patrões.

(Em tempo: ela não sabe ao certo por que guarda R$ 150 mil em dinheiro, em casa. Talvez pelo mesmo motivo por que, por muito tempo, dormisse de sapatos. Habito adquirido no regime militar, quando esteve três anos trancada, sob torturas, no Presidio Tiradentes, e o seu Frias emprestava as caminhonetes aos torturadores. Ela explicou que, se não estão guardados, ela aplica na poupança. Aí alguém ponderou que a poupança rende juros. Ela disse que é de outra geração. Ela não se preocupava com dinheiro, não era assim que se media “o sucesso”. O que importava para ela era “mudar o Brasil”. O que também é a obsessão dos entrevistados e seus patrões. Mudar para pior.)

Em tempo2: liga o Vasco:

- O Josias tratou a Dilma como se fosse a Terta.

Em tempo3: colaboração desinteressada de amigo navegante que conhece todos os esses entrevistadores da Fel-lha: o Coronel Pantaleão e a onça:






Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

"Isso sim é ludibriar a opinião pública"


RBS entra na campanha eleitoral. Panfleto de Paulo Santana dá o tom (por Marco Weissheimer)


Sul 21 / Leitores


O que já era esperado está se confirmando. Com dois de seus principais formadores de opinião concorrendo ao governo do Estado e ao Senado, o grupo midiático direciona suas baterias contra os adversários de seus colunistas candidatos. A tática usada para intervir na campanha também é conhecida. Aparenta uma suposta isenção nos espaços de reportagem e afunda o pé nos seus inúmeros espaços de opinião em jornais, rádios, televisões, sites e redes sociais. Na edição deste domingo do jornal Zero Hora, o colunista Paulo Santana mostra que o nível dessa intervenção será baixíssimo, ofensivo e irresponsável. Irresponsável no sentido literal da palavra, pois faz graves acusações sem apresentar uma única prova e sem dar o direito de voz e de resposta a quem está sendo acusada.

Não se trata de uma coluna propriamente, mas sim de um panfleto que acusa o governo do Estado de “mentir, iludir e falsificar dados para ludibriar a opinião pública”. Além disso, levanta a suspeita de que um “dinheiro bilionário” teria sido “desviado para a construção de estádios para a realização da Copa do Mundo. Acusações gravíssimas, certamente, para as quais o funcionário da RBS que conta com vários canhões midiáticos para divulgar suas posições não apresenta uma prova sequer. Paulo Santana acusa o governo do Estado de “mentir, iludir e falsificar dados” com base apenas em dois comunicados divulgados “numa emissora de rádio” e “na imprensa” por duas entidades: o Simers e o Cremers, cujas posições e intervenções políticas são bem conhecidas e muito questionadas por outras entidades e entes governamentais que trabalham com saúde pública.

Essas entidades e o colunista em questão, obviamente, tem todo o direito de ter e emitir suas opiniões políticas, mas, cabe a elas e a ele, apresentar provas quando acusam alguém de mentir, iludir, falsificar dados e desviar quantias bilionárias de dinheiro. No caso em questão, não são as entidades que fazem essas acusações, mas sim o colunista que usa sua visibilidade e exposição midiática como um escudo protetor de impunidade. E, ao final de seu panfleto, com a sutiliza de um hipopótamo ingressando num batizado, ele dispara: “os eleitores precisam ver quem os está enganando. E votar contra os que os enganam”. Poderia ter dado seguimento à sua total ausência de sutileza e apontado os nomes dos candidatos apoiados pela empresa em que trabalha.

O estilo panfletário de Santana e da RBS vale-se de algumas verdades e de muitas omissões para, usando as palavras do colunista, “ludibriar a opinião pública”. É verdade que há problemas na saúde pública em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e no Brasil. Problemas históricos que tem a ver com o desmantelamento do Estado brasileiro operado durante décadas pela ideologia fundamentalista do Estado Mínimo que a RBS sempre defendeu e segue defendendo. A empresa e seus funcionários escalados para dar opiniões não assumem a responsabilidade pelas posições políticas que defendem. A empresa e os seus candidatos para o governo do Estado e o Senado apoiaram editorialmente, por exemplo, o fim da CPMF (que tirou cerca de R$ 40 bilhões da Saúde), a posição contra o desarmamento no plebiscito nacional, a posição contra o programa Mais Médicos (aliando-se ao corporativismo de algumas entidades médicas), contra a mudança do modelo de pedágios, apenas para citar alguns exemplos.

Se é verdade que seguem existindo problemas na Saúde, também é verdade (e isso é completamente omitido no panfleto em questão) que, pela primeira vez, o Estado do Rio Grande do Sul está cumprindo o que determina a Constituição e investindo 12% da receita na Saúde. Ao todo, entre 2011 e 2014, serão R$ 9,53 bilhões investidos na construção e ampliação de casas de saúde, na atenção básica e em equipamentos. Os avanços na área da saúde pública no Estado foram reconhecidas pela própria candidata Ana Amélia Lemos em um debate de rádio realizado esta semana. É certo que ainda existem muitos problemas e o setor precisa de pesados investimentos. Mas esses pesados investimentos não virão das mãos dos defensores do Estado mínimo, das demissões e arrocho salarial de servidores, da criminalização da política e de tudo que venha do setor público. O panfleto de Paulo Santana é um capítulo emblemático do engajamento ideológico e da irresponsabilidade política desse grupo midiático que se autodesignou porta-voz dos interesses da população do Rio Grande do Sul e omite sistematicamente os reais interesses econômicos com os quais opera. Isso sim é ludibriar a opinião pública.


.oOo.

Marco Weissheimer é jornalista.

Ocê conhece o modelo JAF (Meu Jatinho, Meu Aeroporto, Minha Fazenda) ... implantado por Aécio?


Como funciona a PPP aérea de Aécio em Minas


Blog do Kotscho






Para entender o título: PPP é a sigla que designa em todo o país as Parcerias Público Privadas, investimentos conjuntos de governos e empresas em obras e serviços de interesse de toda a sociedade.

Em Minas, o ex-governador Aécio Neves inovou durante seus oito anos de mandato, criando uma PPP muito particular. No caso dos agora famosos aeródromos reformados no interior do Estado, funciona assim: o poder público entra com a grana, e os donos de jatinhos, sem gastar um tostão, recebem o conforto de uma pista próxima à porteira das suas fazendas. É um programa que pode receber a sigla JAF (Meu Jatinho, Meu Aeroporto, Minha Fazenda).

Antes que completasse uma semana a denúncia feita pela "Folha" sobre a pista de R$ 14 milhões construída pelo governo mineiro na pequena cidade de Cláudio, onde a família do presidenciável tucano possui fazendas bem próximas, surgiu a informação de que um segundo aeródromo foi asfaltado em Montezuma, município ainda menor em que Aécio tem uma empresa agropecuária.

Claro que pode ser tudo mera coincidência, atendendo a todos os requisitos legais, mas o candidato não reagiu bem à primeira pancada que tomou da imprensa na campanha presidencial, e até agora está procurando o eixo para se livrar do incômodo.

"A obra foi feita dentro dos requisitos técnicos do programa de asfaltamento e melhorias dos aeroportos", disse o senador e ex-governador de própria voz, bastante gaguejante, quando saiu a primeira denúncia. Em seguida, procurou sair de cena e deixar as explicações para seus assessores, em notas oficiais e relatórios técnicos divulgados nas redes sociais.

Mais do que a coincidência dos locais escolhidos, chamam a atenção o fato de que até hoje as duas pistas utilizadas por Aécio, parentes e amigos, são consideradas clandestinas, pois não receberam autorização da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), e o alto custo das obras.

A pista asfaltada de Cláudio, construída quando ele era governador, na fazenda do seu tio-avô, Múcio Guimarães Tolentino, ex-prefeito da cidade, tem apenas um quilômetro de extensão, modestas instalações de apoio e atendimento, e é muito pouco utilizada. Segundo Tolentino, que contesta na Justiça a indenização que o governo quer pagar pela área desapropriada, apenas dois empresários costumam usar o aeródromo, duas vezes por semana.

Não se sabe quanto eles pagam pela utilização da pista, já que ela é ilegal e não tem quem possa cobrar. Para evitar a entrada de estranhos, as chaves ficam com a família do presidenciável.

Convenhamos que se trata de uma história no mínimo estranha, para quem começou a campanha fazendo pronunciamentos em defesa da ética na vida pública e ataques aos adversários dos governos petistas. O assunto já está sumindo do noticiário da mídia familiar, mas deve voltar a partir da segunda quinzena de agosto, quando começarem os debates na televisão e os programas eleitorais dos presidenciáveis.

Até lá, quem sabe Aécio Neves encontre alguma explicação mais razoável do que a "relevância econômica" de Cláudio, que possa convencer pelo menos os colunistas e blogueiros amigos para que o defendam com mais argumentos.

Se depender da imprensa, do Poder Judiciário e do Ministério Público de Minas Gerais, no entanto, esqueçam. Não se falará mais em aeródromos do projeto JAF. Mas ficará mais fácil entender o apoio entusiasmado e nada discreto que o candidato do PSDB recebe da grande mídia e do sistema financeiro, para evitar a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Que o diga o Santander, o bancão espanhol que na semana passada abriu o jogo em ataques à política econômica do governo federal numa carta enviada aos seus clientes mais abonados, mostrando os perigos que eles correm com um possível novo mandato da presidente. E agora é o bancão que corre o risco de perder clientes pela inconfidência de um "analista" sabujo, que já teria sido demitido.

Este é o jogo pesado que está sendo jogado no momento, a pouco mais de dois meses da eleição presidencial. Só não vê quem não quer.

sábado, 26 de julho de 2014

"O aécio não deveria dar aeroportos aos parentes, e sim ensiná-los a voar."


O "aecioporto" e o helicóptero do pó






Por Cíntia Alves, no Jornal GGN:

Quando a apreensão de quase meia tonelada de pasta de cocaína transportada num helicóptero dos Perrellas veio à tona, no final de 2013, autoridades estadunidenses pisaram em solo brasileiro para ajudar na apuração da origem e destino da droga. Investigaçõesapontavam que a demanda teria sido negociada com mexicanos, mas saído oficialmente do Paraguai, com forte suspeita de que a Europa era o norte.

Fato é que consta nos depoimentos de Rogério Almeida, piloto preso em flagrante pela Polícia de Espírito Santo com mais comparsas, que a aeronave do então deputado Gustavo Perrella (Solidariedade) viajou de Avaré paulista até o Campo de Marte (A). De lá, para Divinópolis (B), e da cidade mineira para Afonso Cláudio, no Estado vizinho.

Na época, a imprensa levantou dúvidas técnicas sobre o helicóptero.

Modelo R-66, a aeronave só sai do chão suportando o peso máximo de 1.225 quilos. O helicóptero consome 581 quilos desse limite. Com o tanque cheio, iriam mais 224 quilos. Sobrariam 420 para a carga restante, contados aí os passageiros. Só de cocaína, a polícia informou ter apreendido 445 quilos.

Com os cálculos feitos levando-se em conta a distância percorrida pelo helicóptero (entre os três pontos, pelo menos 1,17 mil quilômetros, em linha reta) e a autonomia da nave, duas hipóteses foram levantadas: ou o piloto mentiu e a droga foi carregada num local mais próximo da fazenda em Afonso Cláudio, onde pousou o helicóptero, ou menos combustível foi colocado para equilibrar o peso da nave. Consequentemente, mais paradas para abastecimento seriam necessárias.

Nesse último caso, aeroportos não fiscalizados seriam perfeitos. O de Cláudio (C), construído durante a gestão de Aécio Neves (PSDB) enquanto governador de Minas Gerais (2003-2010), até hoje não foi homologado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). O órgão federal garantiu que faltam documentos para concluir esse processo.





A obra é questionada pelo fato de beneficiar, teoricamente, um município de 25 mil habitantes e pouca expressividade econômica. Além disso, Divinópolis, por onde passou o helicóptero dos Perrellas, fica a poucos quilômetros dali, e possui aeroporto bem equipado.

Aécio não comenta se já usou a pista em Cláudio para facilitar o acesso à Fazenda da Mata, que pertence à sua família há décadas, a seis quilômetros do aeroporto denunciado. Há vídeos na internet comprovando que o espaço é utilizado para shows de aeromodelismo. Familiares de Aécio disseram à Folha que pelo menos um avião pousa por semana por ali. A Anac vai investigar.

Na versão de Aécio, o aeroporto de Cláudio integra o Proaero, um programa que em sua raiz visava intervenções em mais de 160 lugares. Seriam construídos aeroportos locais ou regionais, ou melhoradas as condições das pistas existentes.

Denúncias sobre aeroportos construídos ou pistas que receberam investimentos vultosos nos últimos anos pipocam na mídia todos os dias desde que a Folha de S. Paulo revelou, em 20 de julho, que o equipamento em Cláudio foi construído em um terreno que pertence ao tio-avô de Aécio, Múcio Guimarães Tolentino. É a família Tolentino que, segundo o jornal, cuida das chaves do aeroporto enquanto o imbróglio envolvendo a desapropriação do terreno não se resolve na Justiça.

Segundo a assessoria de Aécio, a família Tolentino exige R$ 9 milhões pelo terreno. O Estado depositou em juízo cerca de R$ 1 milhão. Nesta sexta-feira (25), o periódico informa que Múcio Tolentino, ex-prefeito de Cláudio, é alvo de uma ação por improbidade administrativa.

O tio-avô de Aécio construiu uma pista de avião nas proximidades de sua fazenda, na década de 1980, com ajuda do governo estadual. A Folha sugere que a desapropriação da área em Cláudio pode garantir a Múcio o dinheiro necessário para pagar a multa desse processo antigo.

Um Tolentino acusado de relações com o tráfico

Múcio não é o único membro da família de Aécio Neves que frequentou as páginas policiais nos últimos anos. O comerciante Tancredo Aladim Rocha Tolentino, primo do candidato a presidente pelo PSDB, foi denunciado em 2012 como membro de uma quadrilha que atuava justamente na cidade de Cláudio vendendo habeas corpus por até R$ 180 mil a traficantes de drogas.

Tancredo Tolentino intermediava o negócio diretamente com Hélcio Valentim de Andrade Filho, então desembargador do Tribunal de Justiça do Estado. Em meados de 2012, quando o caso ganhou parte da mídia, o magistrado não assumiu os crimes. Tancredo Tolentino, por sua vez, reconheceu que “pediu vários favores ao desembargador e ao ter sucesso lhe dava certa quantia em dinheiro, como forma de agradecimento”.

Na época, os jornais passaram a informação de que Tancredo Tolentino era primo distante de Aécio.

Quando estourou o caso do helicóptero do filho de Zezé Perrella, blogueiros estreitamente ligados a José Serra (PSDB) tornaram-se, de repente, especialistas em helicópteros e passaram a divulgar a hipótese de que a carga de cocaína tivesse sido embarcada em Divinópolis, nas imediações de Cláudio. Na época, Serra ainda aspirava a indicação do PSDB para a presidência.

Mais fatos sem explicações

Aécio, enquanto candidato a presidente, deixou a postura ofensiva contra o governo Dilma Rousseff (PT) para se defender dos escândalos que surgem diariamente. Além do aeroporto de Cláudio, o tucano agora é incitado a dar explicações sobre outro aeroporto construído sem critério técnico inteligível, o de Montezuma.

A cidade tem menos habitantes que Cláudio - cerca de 8 mil - e nenhuma expressão econômica que possa justificar o investimento de mais de 200 mil numa pista batida de terra local. A não ser, como sugere reportagem de O Globo também desta sexta-feira, a proximidade com a fazenda do ex-deputado Aécio Cunha, pai de Aécio Neves.

Até agora não há nada que ligue Aécio às estripulias de seu primo ou às aventuras do helicóptero dos Perrellas. Mas a soma de circunstâncias certamente o levará, nos próximos dias, a aprofundar as explicações sobre o aeroporto.

os que já perderam a vergonha na cara: esse carapááálida... é irrelevante pra vida!


"A gente somos irrelevantes"






Por Izaías Almada

Qualquer pessoa medianamente informada sobre a formação econômica, política e cultural do Brasil deve estar se perguntando nos dias que correm qual o sentido das candidaturas de Aécio Neves e Eduardo Campos à presidência da nação.

Afinal já lá se vão mais de quinhentos anos que as caravelas cabralinas aqui chegaram e o país ainda mantém certo ranço colonialista em muitas cabeças, algumas até vivendo de sesmarias. Ambos, Aécio e Campos, são dignos representantes do secular coronelismo e de uma elite que ajudou nesses cinco séculos a colocar o Brasil no rol dos países politicamente irrelevantes, como afirmou o “relevante” e “civilizado” governo israelense.

Entre nós brasileiros a formação de um quadro político se assemelha por vezes à de outras profissões que não requerem especialização ou conhecimentos mais verticalizados de determinados fundamentos e por isso qualquer um de nós pode chegar a ser um político profissional. Ao contrário, por exemplo, de um médico cirurgião que leva anos para aprender a usar um bisturi como deve ser.

Eduardo Campos, não se sabe bem o porquê, resolveu se meter numa eleição que – o mínimo que se pode dizer – é que ainda não era chegada a sua hora e vez. Mal comparando, lembra alguns dos personagens de Shakespeare que misturam inveja, ambição, traição e outras “virtudes” e assim, sem mais nem menos, consideram que estão preparados para o que der e vier. Não sabe de nada, o inocente.

Fica evidente, contudo, que o jovem de olhos azuis, de sua ancestral herança holandesa, deve ter intuído que poderia ser útil para tirar votos da presidente Dilma no nordeste e colocou-se como alternativa à oposição para daqui quatro anos, aliando-se oportunisticamente a uma inexplicável candidata que teve também inexplicáveis 20 milhões de votos nas eleições de 2010.

Já o neto de Tancredo Neves, não passa disso mesmo: continua a ser o neto de Tancredo Neves e ficamos nós sem saber o que é que isso significa no fritar dos ovos...

Como muitos desses ativistas contemporâneos das ruas brasileiras, Aécio e Campos são “contra tudo isso que está aí” e deitam falação a desmerecer os programas sociais do governo Dilma, muitos deles iniciados no governo Lula. E nesse ponto poderemos perguntar a eles: muito bem, o que é que os senhores propõem, então, para melhorar?


Após alguns intermináveis minutos de silêncio, a resposta é: NADA! Nada, nenhuma ideia que se aproveite, nenhum programa econômico ou mesmo social dos quais possamos entender os fundamentos e sua relação com o progresso do país, ao contrário da estratégia de transformação seguida nos últimos doze anos.

O mundo pode estar à beira de uma crise de resultados catastróficos. A frase, recheada de algum lugar comum, revela por um lado o cinismo do já antigo complexo industrial militar e do lobby judaico/americano que o defende com unhas, dentes e armas atômicas. E por outro lado amplia a insensibilidade de muitos países no mundo que se tornam indiferentes ao que se passa a sua volta.

O carcomido neoliberalismo econômico e seus relutantes defensores aqui e ali embasam, paradoxalmente, no Brasil, a falta de ideias e de programas dos que defendem uma mudança radical numa estratégia de governo que vem colocando o país em lugar de destaque no mundo e, convenhamos, até aqui nunca dantes conseguido.

Colocar entraves a essa estratégia é o pífio objetivo da atual oposição brasileira, conservadora, atrasada em suas ideias (quando as tem), atrelada a uma imprensa que se coloca perversamente na trilha impatriótica e obtusa do “quanto pior melhor”.

O Brasil, em outubro próximo, não pode dar um salto no escuro. Não pode ficar refém daqueles que interna e externamente consideram que “a gente somos irrelevantes”. Porque esses, já perderam a vergonha na cara e o rumo da História.

denúncia só é boa quando é contra um petista


Quem vazou a informação do aeroporto?


Diário do Centro do Mundo


Postado em 22 jul 2014
por : Paulo Nogueira







Uma pergunta se alastrou pela internet depois que a Folha publicou a informação de que Aécio mandara construir – ou reformar, segundo ele – um aeroporto numa fazenda de um tio. (Ele afirma que a fazenda já não era do tio quando recebeu a obra.)

Quem vazou?

É um caso antigo, de alguns anos. Não é um fato novo, propriamente. Por que isso não apareceu antes?

A informação não foi fruto de um trabalho de investigação jornalística da Folha.

Alguém passou ao jornal a informação. É assim que as coisas funcionam. Ao contrário do que as mentes ingênuas e românticas acreditam, os maiores furos jornalísticos quase não envolvem repórteres, editores, subeditores, fotógrafos e quem mais for.

Tudo se resume na entrega, para o veículo certo, de um dossiê que comprometa alguém.

Carlinhos Cachoeira é um símbolo disso, com os escândalos que forneceu à Veja. Pode-se dizer que nenhum repórter da Veja, nos últimos anos, foi tão produtivo quanto Cachoeira.

Quem viu House of Cards conhece o mecanismo que leva alguns políticos ao topo, e muitos ao abismo.

Na série, furioso por não ter recebido o cargo prometido pelo novo presidente americano, Francis Underwood vai passando informações comprometedoras sobre desafetos até chegar à Casa Branca.

Alguém entregou Aécio, isto é fato.

Mas quem?

Os internautas se agitaram em torno dessa pergunta.

O primeiro suspeito, nas especulações, é o suspeito de sempre: Serra. Em torno de Serra se construiu a lenda – ou a realidade, para muitos – de que ele é um mestre em produzir dossiês antiadversários.

Mas há pontas soltas nesta hipótese.

Se Serra tinha a informação, por que ele não a vazou quando disputava com Aécio a indicação do PSDB para as eleições presidenciais?

Alguns meses atrás, o aeroporto poderia ser fatal para as pretensões de Aécio de ser o candidato.

É de supor que, se Serra soubesse da história, se movimentaria na hora certa. É um homem inteligente.

Ou seria ele tão vingativo que, mesmo tendo acesso tardiamente a um dado letal para seu rival, optaria por vazá-lo mesmo sem outro proveito pessoal que não a desgraça alheia?

Muitos internautas apostam em Serra, com todas as ponderações que tornam seu nome fraco como suspeito.

A fama, a obra de Serra são maiores que a vulnerabilidade da hipótese de que foi ele o responsável pelo vazamento.

Pessoalmente, não acredito que tenha sido ele. A falta de um benefício claro para Serra do vazamento o inviabiliza, em meus esforços dedutivos, como suspeito.

Terá sido alguém do PT?

Não acredito. As relações entre o PT e as grandes empresas de mídia são muito ruins para que alguém do partido confiasse que um jornal como a Folha publicasse a denúncia.

Haveria o temor, imagino, de que a Folha não apenas rejeitasse o dossiê como o usasse contra o autor. E se Folha dissesse numa manchete que o PT tentara incriminar Aécio?

Toda a mídia cairia matando em cima do PT. Logo surgiria a velha pergunta: “Lula sabia?” O Jornal Nacional encontraria motivos para dar o assunto dias, semanas seguidas.

Haveria, em suma, a movimentação em massa que não existiu no caso do aeroporto. A mídia dá – esconde é um verbo melhor — o mínimo necessário para não passar vergonha.

Alguém viu uma matéria decente sobre a fazenda em si, por exemplo? Ou algum perfil sobre o tio de Aécio?

Se foi Serra – repito: acho que não foi – ele deve estar frustrado com a repercussão.

Seja quem for que tenha vazado, ele pôde comprovar uma máxima do jornalismo brasileiro destes tempos: denúncia só é boa quando é contra um petista
.

domingo, 20 de julho de 2014

Arrocho ignora os fundamentos daquilo que mais ataca e quer destruir


ARROCHO NEVES =
BUSH JR


Não trabalham, vivem do sobrenome e são instrumentos dos conservadores.

Conversa Afiada





Bush Jr nunca trabalhou.

Arrocho Neves também não.

Bush Jr viveu do sobrenome.

Arrocho também.

Bush Jr andava no Palácio quando o Papai era presidente, e ninguém dava bola pra ele.

Arrocho também, quando Vovô mandava.

Bush foi viciado em bourbon.

Arrocho tem que enfrentar o tema da cocaína, na campanha de 2014, como exigiu seu dileto colega, Padim Pade Cerra, num artigo na Fel-lha (*).

Bush Jr governou o Estado do Texas, mas não fazia nada: só trabalhava à tarde e três dias por semana.

Arrocho governou Minas e sub-estabeleceu o Governo ao vice, Anastasia e à irmã, e vivia no Rio.

Quando faltou aos conservadores candidato à Presidência, uma operação de marketing construiu Bush Jr.

Arrocho também.

Bush Jr demonstrou que não entendia os programas de Governo: nomeava ministros que defendiam ideias contrárias às (poucas) dele, como foi o caso do Ministro da Fazenda.

Da Fazenda !

Arrocho já demonstrou que não entende de Mais Médicos, como disse a Dilma, nem das regras do Bolsa Família, como demonstra o Janio de Freitas, hoje, 20, na Fel-lha (*) – ou seja, ignora os fundamentos daquilo que mais ataca e quer destruir.

Bush Jr era um instrumento dos neolibelês e dos beligerantes, os neocons, como o vice, Dick Cheney.

Arrocho não tem uma única ideia original na cabeça, a não ser , provavelmente, construir um aeroporto pro Titio, e, eleito, seria um instrumento dos mesmos neolibelês americanos, como Armínio Naufraga, instalados no pensamento dos tucanos, através de seu Líder Máximo, o Príncipe da Privataria, e do PiG (**).

(Quando disse que a Carta Capital apoia a Dilma, Mino Carta demonstrou que Arrocho e Dudu farão o papel de títeres da Direita.)

O Governo Bush levou o Império Americano à derrota militar e à ruína econômica.

Ainda bem que Aécio só ganha no Datafalha e segundo a Quenedy da CBN.



Paulo Henrique Amorim



(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

"Vocês acham sinceramente que 'a pessoa é pobre porque não estudou ou trabalhou'?"


A culpa por ser pobre e não ter estudado é totalmente sua


Blog do Sakamoto


Leonardo Sakamoto
18/07/2014 08:22



A culpa por você ser pobre é totalmente sua.

A frase acima raramente traduz a verdade. Mas é o que muita gente quer que você acredite.

Aí a gente liga a TV de manhã para acompanhar os telejornais por conta do ofício e já se depara com histórias inspiradoras de pessoas que não ficaram esperando o Maná cair do céu e foram à luta. Pois a educação é a saída, o que concordo. E está ao alcance de todos – o que é uma besteira. E as cotas por cor de pele, que foram fundamentais para o personagem retratado na reportagem alcançar seu espaço e mudar sua história, nem bem são citadas.

Pra quê? No Brasil, não temos racismo, não é mesmo? Até porque o negro não existe. É uma construção social…

Quando resgato a história do Joãozinho, os meus leitores doutrinados para acreditar em tudo o que vêem na TV ficam loucos. Joãozinho, aquele self-made man, que é o exemplo de que professores e alunos podem vencer e, com esforço individual, apesar de toda adversidade, “ser alguém na vida”.

(Sobe música triste ao fundo ao som de violinos.)

Joãozinho comia biscoitos de lama com insetos, tomava banho em rios fétidos e vendia ossos de zebu para sobreviver. Quando pequeno, brincava de esconde-esconde nas carcaças de zebus mortos por falta de brinquedos. Mas não ficou esperando o Estado, nem seus professores lhe ajudarem e, por conta, própria, lutou, lutou, lutou (contando com a ajuda de um mecenas da iniciativa privada, que lhe ensinou a fazer lápis a partir de carvão das árvores queimadas da Amazônia), andando 73,5 quilômetros todos os dias para pegar o ônibus da escola e usando folhas de bananeira como caderno. Hoje é presidente de uma multinacional.

(Violinos são substituídos por orquestra em êxtase.)

Ao ouvir um caso assim, não dá vontade de cantar: Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amoooooooor?

Já participei de comissões julgadoras de prêmios de jornalismo e posso dizer que esse tipo de história faz a alegria de muitos jurados. Afinal, esse é o brasileiro que muitos querem. Ou, melhor: é como muitos querem que seja o brasileiro.

Enfim, a moral da história é:

“Se não consegue ser como Joãozinho e vencer por conta própria sem depender de uma escola de qualidade, com professores bem capacitados, remunerados e respeitados, e de um contexto social e econômico que te dê tranquilidade para estudar, você é um verme nojento que merece nosso desprezo. A propósito, morra!''

Uma vez, recebi reclamações da turma ligada a ações como “Amigos do Joãozinho”. Sabe, o pessoal cheio de boa vontade genuína e sincera, mas que acredita que o problema da escola é que falta gente para pintar as paredes. Um deles me disse que acreditava na “força interior'' de cada um para superar as suas adversidades. E que histórias de superação são exemplos a serem seguidos.

Críticas anotadas e encaminhadas ao bispo, que me lembrou de que eu iria para o inferno – se o inferno existisse, é claro.

O Brasil está conseguindo universalizar o seu ensino fundamental, mas isso não está vindo acompanhado de um aumento rápido na qualidade da educação. Mesmo que os dados para a evolução dos primeiros anos de estudo estejam além do que o governo esperava no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), grande parte dos jovens de escolas públicas têm entrado no ensino médio sabendo apenas ordenar e reconhecer letras, mas não redigir e interpretar textos.

Enquanto isso, o magistério no Brasil continua sendo tratado como profissão de segunda categoria. Todo mundo adora arrotar que professor precisa ser reconhecido, mas adora chamar de vagabundo quando eles entram em greve para garantir esse direito.

Ai, como eu detesto aquele papinho-aranha de que é possível uma boa educação com poucos recursos, usando apenas a imaginação. Aulas tipo MacGyver, sabe? “Agora eu pego essa ripa de madeira de demolição, junto com esses potinhos de Yakult usados, coloco esses dois pregadores de roupa, mais essa corda de sisal… Pronto! Eis um laboratório para o ensino de química para o ensino médio!''

É possível ter boas aula sem estrutura? Claro. Há professores que viajam o mundo com seus alunos embaixo da copa de uma mangueira, com uma lousa e pouco giz. Por vezes, isso faz parte do processo pedagógico. Em outras, contudo, é o que foi possível. Nesse caso, transformar o jeitinho provisório em padrão consolidado é o ó do borogodó.

Pois, como sempre é bom lembrar, quem gosta da estética da miséria é intelectual, porque são preferíveis escolas que contem com um mínimo de estrutura. Para conectar o aluno ao conhecimento. Para guiá-lo além dos limites de sua comunidade.

“Ah, mas Sakamoto, seu chato! Eu achei linda a história da Ritinha, do Povoado To Decastigo, que passa a madrugada encadernando sacos de papel de pão e apontando lascas de carvão, que servirão de lápis, para seus alunos da manhã seguinte. Ela sozinha dá aula para 176 pessoas de uma vez só, do primeiro ao nono ano, e perdeu peso porque passa seu almoço para o Joãozinho, um dos alunos mais necessitados. Ritinha, deu um depoimento emocionante ao Globo Repórter, dia desses, dizendo que, apesar da parca luz de candeeiro de óleo de rato estar acabando com sua visão, ela romperá quantas madrugadas for necessário porque acredita que cada um deve fazer sua parte.''

Ritinha simboliza a construção de um discurso que joga nas costas do professor a responsabilidade pelo sucesso ou o fracasso das políticas públicas de educação. Esqueçam o desvio do orçamento da educação para pagamento de juros da dívida, esqueçam a incapacidade administrativa e gerencial, o sucateamento e a falta de formação dos profissionais, os salários vergonhosamente pequenos e planos de carreira risíveis, a ausência de infraestrutura, de material didático, de merenda decente, de segurança para se trabalhar. Esqueçam o fato de que 10% do PIB para a educação está longe de sair do papel.

Joãozinho e Ritinha são alfa e ômega, os responsáveis por tudo. Pois, como todos sabemos, o Estado não deveria ter responsabilidade pela qualidade de vida dos cidadãos.

Vocês acham sinceramente que “a pessoa é pobre porque não estudou ou trabalhou''?

Acreditam que basta trabalhar e estudar para ter uma boa vida e que um emprego decente e uma educação de qualidade é alcançável a todos e todas desde o berço?

E que todas as pessoas ricas e de posses conquistaram o que têm de forma honesta?

Acham que todas as leis foram criadas para garantir Justiça e que só temos um problema de aplicação?

Não se perguntam quem fez as leis, o porquê de terem sido feitas ou questiona quem as aplica?

Sabem de naaaaada, inocentes!

Como já disse aqui, uma das principais funções da escola deveria ser produzir pessoas pensantes e contestadoras que possam colocar em risco a própria estrutura política e econômica montada para que tudo funcione do jeito em que está. Educar pode significar libertar ou enquadrar – inclusive libertar para subverter.

Que tipo de educação estamos oferecendo?

Que tipo de educação precisamos ter?

Uma educação de baixa qualidade, insuficiente às características de cada lugar, que passa longe das demandas profissionalizantes e com professores mal tratados pode mudar a vida de um povo?

O Joãozinho e a Ritinha acham que sim. Mas eu duvido.

"nesse leite tem água"


Folha bombardeia aeroporto de Aécio



Blog do Miro


Por Altamiro Borges

Por razões ainda desconhecidas, a Folha tucana lançou um míssil contra o cambaleante candidato do PSDB neste domingo (20). O jornal informa, com direito a manchete, que “Minas fez aeroporto em fazenda de tio de Aécio”. Ainda na capa há o registro de que a “obra de R$ 14 milhões foi executada quando o tucano era governador do Estado”. A mídia paulista só criticou o político mineiro quando ele ousou disputar com José Serra, em 2010, a vaga de presidenciável da sigla. Neste ano, porém, os dois tucanos - aparentemente - tinham feito as pazes. Daí a surpresa com a reportagem da Folha, que insiste em dizer que não tem o “rabo preso” com ninguém, mas ninguém acredita!

Segundo a matéria, assinada pelo repórter Lucas Ferraz, “o governo de Minas Gerais gastou quase R$ 14 milhões para construir um aeroporto dentro de uma fazenda de um parente do senador tucano Aécio Neves, no fim do seu segundo mandato como governador do Estado. Construído no município de Cláudio, a 150 km de Belo Horizonte, o aeroporto ficou pronto em outubro de 2010 e é administrado por familiares de Aécio, candidato do PSDB à Presidência. A família de Múcio Guimarães Tolentino, 88, tio-avô do senador e ex-prefeito de Cláudio, guarda as chaves do portão do aeroporto. Para pousar ali, é preciso pedir autorização aos filhos de Múcio”.

Fernando Tolentino, um dos filhos de Múcio, ainda revela que “a pista recebe pelo menos um voo por semana, e seu primo Aécio Neves usa o aeroporto sempre que visita a cidade, onde o senador mantém seu refúgio predileto, a Fazenda da Mata, a 6 km do aeroporto... A pista tem 1 km e condições de receber aeronaves de pequeno e médio porte, com até 50 passageiros. O local não tem funcionários e sua operação é considerada irregular pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A agência federal informou à Folha que ainda não recebeu do governo estadual todos os documentos necessários para a homologação do aeroporto, procedimento exigido por lei para que ele seja aberto ao público”.

Sem se identificar como jornalista, o repórter Lucas Ferraz procurou a prefeitura de Cláudio para solicitar o uso do aeroporto da cidade. “O chefe de gabinete do prefeito, José Vicente de Barros, disse que Múcio Tolentino deveria ser procurado. ‘O aeroporto é do Estado, mas fica no terreno dele’, afirmou. ‘É Múcio quem tem a chave’. Indicado por Barros, Fernando Tolentino logo se prontificou a abrir o portão do local. ‘Ele fica dentro da nossa fazenda’, disse. Indagado se seria necessário pagar pelo uso do espaço, Fernando respondeu: ‘Não, o trem é público, vai cobrar como?’. Segundo ele, Aécio Neves visita a fazenda da família em Cláudio ‘seis ou sete vezes’ por ano e vai sempre de avião’”.

Ainda segundo a reportagem, a construção do aeroporto foi executada pelo Departamento de Obras Públicas do Estado (Deop). “O governo do Estado desapropriou a área de Múcio Tolentino antes da licitação do aeroporto e até hoje eles discutem na Justiça a indenização. O Estado fez um depósito judicial de mais de R$ 1 milhão pelo terreno, mas o tio de Aécio contesta o valor... Orçado em R$ 13,5 milhões, a obra foi feita pela construtora Vilasa, responsável por outros aeroportos incluídos no programa mineiro. O custo final da obra, somados aditivos feitos ao contrato original, foi de R$ 13,9 milhões”. A Folha, que nem sempre dá o direito ao “outro lado”, também ouviu Aécio Neves sobre a estranha construção.

“O candidato do PSDB à Presidência afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que a construção do aeroporto de Cláudio seguiu critérios técnicos, e que o governo de Minas não levou em consideração o fato de o proprietário do terreno ter parentesco com ele. A assessoria ressaltou que, durante o processo de definição e execução da obra, não houve qualquer gestão pessoal de Aécio Neves, que governou Minas Gerais de 2003 a 2010. ‘Não se levou em conta de quem era a propriedade do terreno’... Ainda segundo Aécio, o terreno onde foi construído o aeroporto foi escolhido por apresentar as ‘condições topográficas’ ideais e permitir que a obra fosse feita com o ‘menor custo para o Estado’”.

Ainda segundo a Folha, “o presidenciável preferiu não responder algumas das perguntas, como o número de vezes que usou o aeroporto desde que a obra ficou pronta, em 2010, e o motivo pelo qual o local, construído com dinheiro público, tem uso privado. O senador também não respondeu por que o aeroporto não foi inaugurado até hoje”. Dos 29 aeroportos que receberam investimentos do Estado entre 2003 e 2014, seis ainda não foram homologados pela Agência Nacional de Aviação Civil. “A Anac informou à Folha que o processo de homologação do aeroporto de Cláudio não pode ser feito enquanto o governo estadual não completar seu cadastro no órgão”.

A denúncia do jornal paulista é gravíssima. Caso a investigação prossiga – e não seja “arquivada” como tantas outras que detonam a imagem “ética” dos tucanos –, ela poderá abalar o cambaleante presidenciável. Quanto à Folha, há algo de estranho no ar. Na mesma edição deste domingo, o jornal solta outra farpa contra o tucano na coluna Painel: “A campanha de Aécio Neves correu à Prefeitura de Belo Horizonte nos últimos dias para mudar o registro de uma sala comercial. Os boletos de IPTU estavam em nome do candidato, mas o imóvel não aparece em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral. A operação foi deflagrada depois que um blog petista acusou o tucano de esconder parte de seu patrimônio”.


*****

Leia também:

- Aécio se despede da Folha. Até breve!

- Aécio Neves e a editora da Folha

- Aécio e a cobertura marota da Folha

- Folha bota fé na "unidade tucana"

- As duas caras de Aécio Neves

- Um "mensaleiro" no palanque de Aécio

- O submundo de Aécio Neves

o aeroporto e o titio: pra cima de moi, seus Frias? Essa prática é velha como o Sol..


GOVERNO AÉCIO
FAZ AEROPORTO PRO TITIO




Fala de corrupção, Arrocho, fala ! O Lula te espera !


Conversa Afiada






Como se sabe, o Lula treinou o PT a enfrentar as acusações de corrupção.

Do Príncipe da Privataria, que, ao chegar ao Governo, a primeira coisa que fez foi matar uma comissão de investigação sobre corrupção.

Do chefe do clã da Privataria Tucana – afinal, de que vive o Cerra ?

Agora, a Fel-lha de SP (*), cuja bílis apodreceu, avisa na capa que o Arrocho fez aeroporto em fazenda do Titio.

O Governador (?) Aécio Neves detonou R$ 14 milhões do Erário Estadual para construir um aeroporto na fazenda do Titio, na cidade de Claudio, MG.

É o aeroporto que o “presidenciável” usa quando vai descansar na fazenda da família ali perto.

Para pousar no aeroporto Titio tem que autorizar, diz a Fel-lha.

Se o PT ainda morder esse poderia ser retumbante tema da campanha na tevê.

Se tiver caninos, porque, como diz o Mauricio Dias, parece que perdeu a combatividade.


Em tempo: como se sabe, o insigne Senador Agripino Maia – que deu para elogiar o Bolsa Família, é o coordenador da campanha do Arrocho, que não segue as ideias do avô, mas as do Armínio NauFraga e, agora, como se vê, as do Titio. Esse Bessinha…


Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

sábado, 19 de julho de 2014

o carapááálida além de manipulador... é mal-intencionado! nenhuma novidade


O desemprego e o saldo



Postado em : julho 18th, 2014 | 11 comentários


Imagine um país com desemprego zero.

Não será um mundo perfeito porque ainda haverá gente que não trabalha onde quer, ou que trabalha de má vontade, ou que não gosta de trabalhar, ou que é maltratada no emprego, ou que ganha mal.

Inegável constatar, porém, que será um avanço. Todo mundo trabalhando.

No entanto, a cada 30 dias, os jornais darão a notícia terrível:

Saldo de emprego próximo de zero!

Nunca foi gerado tão pouco emprego no país!

Saldo de emprego é o pior em 100 anos!

Parece absurdo. Como é possível que o desemprego de um país chegue a zero, e mesmo assim a opinião pública seja bombardeada, todo mês, com uma notícia péssima sobre o saldo de vagas criadas?

A explicação é simples. A relação entre a curva do desemprego e a da criação de vagas é “assintótica”.

Me perdoem se eu estiver usando incorretamente este conceito. Quem tentou me ensinar foi uma leitora.

Quanto mais cai o desemprego, mais a linha de criação de vagas tende a ficar horizontal, e baixa.

Não estou dizendo que deveríamos desprezar os dados relativos à criação de vagas. Eles servem para capturar a temperatura do mercado de trabalho.

Entretanto, se não forem cotejados com o nível de desemprego, haverá um distorção.

Observe os gráficos. Repare como o saldo de emprego vai seguindo a curva da desocupação.











Vou tentar usar uma outra metáfora.

Imagine uma pessoa muito gorda.

Nos primeiros meses de regime, ela perde uma enorme quantidade de peso: 50 quilos.

Ela pesava 150 quilos, agora tem 100 quilos.

Ela quer emagrecer mais. Só que não poderá emagrecer 50 quilos novamente. Ela pode perder no máximo 10 ou 15 quilos.

E assim, conforme ela for emagrecendo, terá que perder cada vez menos peso. Até chegar num ponto onde não poderá perder mais nada.

Seria uma estupidez, contudo, lamentar que fulana, que no ano anterior conseguira perder 50 quilos, este ano perdeu apenas 5 quilos. Ora, antes ela tinha gordura extra para destruir. Agora, não tem mais.

A mesma coisa acontece com o emprego. Em 2003, havia um enorme contingente de desempregados. Tínhamos uma reserva de mão-de-obra ociosa. Conforme esta reserva foi se integrando ao mercado de trabalho, a própria reserva declinou.

Os saldos vão ficando menores.

A relação do saldo de criação de vagas com o desemprego só não é exata porque há outras variáveis, como a entrada de jovens no mercado de trabalho, e a aposentadoria de outros.

Também há sempre aqueles que desistem de procurar vaga e voltam a fazê-lo em momentos de grande aquecimento da economia.

Observe, por exemplo, que, em junho de 2008, houve uma criação recorde, de 309 mil vagas. Tínhamos ali a coroação de um processo de mudança profunda no mercado de trabalho, que em dois anos saiu de um patamar de dois dígitos, para algo em torno de 8%.

Em junho de 2003, o desemprego estava em 13%. O PIB cresceu apenas 0,5% aquele ano, câmbio instável, querendo explodir, inflação batendo em dois dígitos. No entanto, em junho de 2003, o saldo gerado foi de 126 mil postos de trabalho, cinco vezes mais que os 25 mil postos gerados em junho de 2014.

Ué, quer dizer que o mercado de trabalho em 2003 estava muito melhor do que hoje?

Outros números desmentem esse dado. Vamos desconsiderar os desligamentos, por exemplo, e observar somente as admissões: em junho de 2014, as empresas brasileiras contrataram 1,64 milhão de pessoas. Nos 12 meses terminados em junho, as admissões totalizaram 21,9 milhões de empregos.

Em junho de 2003, as admissões somaram apenas 825 mil postos de trabalho; nos 12 meses terminados em junho de 2003, foram 9,8 milhões de postos gerados.






Estamos muito melhor hoje!

A curva do saldo da criação de vagas tende a despencar especialmente a partir de um determinado patamar do desemprego, quando apenas as pessoas com menos preparo profissional passam a ocupar fatias maiores do universo total de desempregados.

Se o desemprego está próximo de 5%, conforme o IBGE, então temos o seguinte quadro: todas as pessoas com preparo já estão empregadas; não entrarão no saldo de criação de vagas. No máximo, podem pular de um emprego para outro, e de fato a rotatividade aumentou bastante nos últimos anos, com trabalhadores procurando empregos melhores.

Surpreende-me que o próprio governo federal não atente para essa distorção.

O Brasil vive um momento próximo do pleno emprego, e o governo, ao invés de faturar com isso, deixa que a imprensa invente uma “crise” no mercado de trabalho com base numa interpretação mentirosa e antimatemática dos fatos.

E o carapááálida topa levantar essa bandeira? Ou a sua indignação é seletiva?


A máfia CBF-Globo e a CPI do futebol





Por Altamiro Borges

Diante do fiasco da seleção na Copa do Mundo – do vergonhoso 7 a 1 contra a Alemanha, dos 3 a 0 para a Holanda e do amargo quarto lugar no torneio –, alguns deputados sérios e outros nem tanto têm proposto a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para analisar as razões da grave crise do futebol nacional. A ideia é boa, desde que a apuração seja rigorosa e não apenas um jogo de cena. É preciso investigar as relações mafiosas que imperam há décadas na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), dirigida por velhacos dos tempos da ditadura militar. Mas é necessário também apurar a interferência da Rede Globo, que hoje manda e desmanda no futebol brasileiro.

Com relação à CBF, que virou saco de pancadas nos últimos dias, já há consenso de que é necessária uma mudança profunda. A entidade máxima do futebol nativo está apodrecida e corrompida. Durante vários anos, ela foi presidida por Ricardo Teixeira, ex-genro de João Havelange – ambos lançados ao ostracismo, mas com enormes fortunas, após graves denúncias de corrupção. Na sequência, ela passou ao comando de Marco Polo Del Nero e José Maria Marin – este último um ativo colaborador da ditadura. A CBF não mudará sob a direção destes cartolas, que visam apenas o enriquecimento ilícito. Como conclama Bob Fernandes, “renunciem, senhores José Marin e Marco Polo Del Nero”.

O problema é que estes “senhores” estão no comando da CBF graças à engrenagem montada nas últimas décadas pelo consórcio firmado entre os chefões dos clubes e a poderosa Rede Globo. No site “Esporte Fino”, o jornalista José Antonio Lima destrinchou como funciona esta máfia:

*****

O colégio eleitoral que escolhe o presidente da CBF tem apenas 47 votos, sendo 20 dos clubes da Série A e 27 das federações estaduais. Só. Jogadores, técnicos, árbitros, clubes amadores e das Séries B, C e D não têm direito a opinar. Na última eleição, em abril, Marco Polo Del Nero foi eleito com 44 votos, uma quase unanimidade explicada pelo fato de que tanto clubes quanto federações são obrigados a ser situacionistas diante do domínio exercido pelo complexo CBF-Globo no futebol brasileiro.

O esquema é fácil de entender. Por um lado, a CBF obtém os votos das federações ao conservar um calendário que permite aos dirigentes dessas entidades manterem intacto seu poder paroquial dentro dos estados. Ajuda nesta missão a mesada repassada pela confederação. O nefasto resultado disso é um fortalecimento dos campeonatos estaduais que, como mostram os números, está matando o futebol brasileiro. Os clubes da Série A, por sua vez, votam na situação no pleito da CBF porque são reféns da TV Globo.

Após décadas de gestões catastróficas, os clubes acumulam enormes dívidas e, para sobreviver, dependem em grande parte do dinheiro das cotas de televisão. Seja com os pagamentos regulares ou com adiantamentos, como o recebido pelo São Paulo recentemente, a Globo mantém os clubes sob seu controle. Em troca, a emissora preserva os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro e seus privilégios com a seleção.

*****

O consórcio CBF-Globo – talvez fosse melhor chamar de máfia – ajuda a explicar a crise do futebol brasileiro. Os clubes menores não têm espaço nesta transação milionária; não há qualquer interesse na formação de novos jogadores, com as escolinhas sem investimentos indo à falência; os jogadores que se destacam viram mercadoria para exportação, tratados como commodities de matéria-prima; os estádios ficam vazios; os jogos mais vistosos são transmitidos de acordo com a grade de programação da TV Globo, em esdrúxulos horários, o que espanta os torcedores. Toda esta engrenagem nefasta, porém, não é alvo de críticas, já que a poderosa emissora interdita qualquer debate sobre o assunto.

Ainda segundo José Antonio Lima, “o assunto é um verdadeiro tabu, graças ao domínio que as Organizações Globo exercem sobre o jornalismo esportivo brasileiro. Por óbvio, quem trabalha em veículos ligados à emissora não pode tratar dele. Quem atua em outras empresas jornalísticas também se sente intimidado, uma vez que criticar um dos produtos mais rentáveis da emissora é fechar as portas para futuros trabalhos em qualquer veículo ligado à empresa. Noticiar os detalhes desta quase simbiose entre a confederação e a emissora, assim, se torna uma aventura”.

Se realmente há interesse em discutir as causas da crise do futebol brasileiro, uma improvável CPI deveria convocar de imediato os cartolas da CBF e os executivos da Rede Globo. Será que os nobres parlamentares topam este desafio?


*****

Leia também:

- Rede Globo e a reforma do futebol

- Globo e o subdesenvolvimento do futebol

- O circo do futebol montado pela Globo

- As lições do abismo no futebol

- Globo e futebol, nada a ver!

- Aécio ama os cartolas da CBF

- Futebol: a última trincheira da Globo?

Por quê esconder o que fazem? Manipulação... manipulação


Em parecer, MP ratifica a liberdade de expressão da ANPM



Publicado em segunda, 14 de julho de 2014

A Procuradoria Regional da República da 4ª Região considerou improcedentes as alegações do Partido Progressista do Rio Grande do Sul (PP-RS) em sua tentativa de retirar do ar páginas na internet da Associação Nacional dos Procuradores Municipais (ANPM).

Em parecer, o MP eleitoral se manifestou contrariamente ao recurso apresentado pelo partido da da Senadora Ana Amélia, que alega propaganda eleitoral negativa antecipada as publicações da ANPM em defesa da aprovação da PEC 17. A Justiça já havia decidido em primeira instância que a tentativa do PP-RS feria a liberdade de expressão da ANPM e que não havia, na defesa da PEC 17, qualquer relação com o processo eleitoral deste ano. Agora, foi o MP que opinou no mesmo sentido, após o PP recorrer da decisão.

Para o Procurador Regional Eleitoral, não houve propaganda eleitoral extemporânea, como alega o partido da senadora, pois as mensagens da ANPM em seu site e Facebook não ultrapassaram os limites fixados ao direito de expressão, revelando apenas crítica à atuação parlamentar da Senadora Ana Amélia. A senadora apresentou emenda para limitar os efeitos da PEC 17 apenas aos municípios com mais de 100 mil habitantes, o que tornaria praticamente nulos os impactos positivos da PEC 17. Contrária à emenda, a ANPM passou a defender sua derrubada e a apontar os malefícios da proposta.

O Ministério Público reconhece em seu parecer a importância da liberdade de expressão prevista em nossa Constituição.

Muito embora o PP insista na alegação de que as imagens da senadora veiculadas no site da ANPM têm motivação eleitoral, a sociedade tomou conhecimento da defesa que a ANPM faz da PEC 17, sem a emenda Ana Amélia, que tem como objetivo maior o interesse municipal e o bem da sociedade brasileira, a partir da realização de concursos públicos para procurador municipal como forma de reduzir o espaço para a ocorrência de fraudes na gestão das cidades. Foi justamente o que reconheceu a Justiça.

No recente julgado, a Justiça Eleitoral do Rio Grande do Sul indeferiu pedido do Partido Progressista (PP) para retirar do ar as páginas na internet do site e do facebook da Associação Nacional dos Procuradores Municipais (ANPM), motivado por reclamação da senadora Ana Amélia (PP-RS), à época, pré-candidata ao governo estadual do Rio Grande do Sul.

A decisão impugnada adotou como fundamentos a cautela em casos como esses para não ferir "as garantias constitucionais de livre manifestação do pensamento e informação". E completou: "As fotografias da senadora levam a textos que reproduzem as notícias de irregularidade, informam sobre a emenda oferecida pela parlamentar e posicionam-se contrariamente a tal medida, destacando a importância da realização de concurso público para a nomeação de procuradores municipais. (...) Alie-se a tais fundamentos o fato de que as notícias e as imagens de Ana Amélia não fazem qualquer alusão à futura eleição". O entendimento foi agora repisado pela Procuradoria.

A presidente da ANPM, Geórgia Campello, considera positiva a intervenção do “fiscal da lei”, pois é inconcebível que um partido político, numa sociedade aberta, tente restringir direitos públicos fundamentais, como é o caso da livre manifestação de pensamento. "No ordenamento jurídico brasileiro, os partidos devem se pautar pelo respeito ao regime democrático e aos direitos fundamentais", avalia Geórgia.

Ela reafirma o compromisso da entidade em dar prosseguimento à luta da ANPM, para mostrar ao povo brasileiro a necessidade de se aprovar uma proposta moralizadora do serviço público, que exigirá a realização de concurso público, com a participação da OAB, em todos os municípios brasileiros. "Só assim o advogado público municipal terá a isenção necessária para tutelar o interesse do município, e não o interesse partidário ou ocasional do gestor", afirma.




Clique aqui e veja a decisão da Justiça Eleitoral.

Clique aqui e veja o parecer da Procuradoria Eleitoral.

Meu Caro carapááálida... é muita cara de pau!


Sonegação milionária da Globo começa a ser divulgada


Publicado em Sexta, 18 Julho 2014 15:16


Caros Amigos



Globo não pagou imposto pela aquisição dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002

Por Rafael Zanvettor
Caros Amigos

Foram divulgadas, nesta quinta-feira (17) pelo blog O Cafezinho, 29 páginas do processo da Receita Federal contra a Rede Globo. O relatório divulgado comprova que as organizações Globo criaram um esquema internacional envolvendo diversas empresas em sedes por todo o mundo para mascarar a compra dos direitos da Copa do Mundo de 2002. O objetivo principal seria o de sonegar os impostos que deveriam ser pagos à União em pela compra dos direitos.

A expectativa é que os primeiros documentos viessem a público no domingo, pouco depois da final da Copa, mas, por questões de segurança, a divulgação aconteceu nesta quinta-feira.

Operação

A engenharia da Globo para disfarçar a operação envolveu dez empresas criadas em diferentes paraísos fiscais. Todas essas empresas pertencem direta ou indiretamente à Globo, segundo os documentos. O esquema funcionava de modo que o dinheiro para a aquisição dos direitos era pago através de empréstimos entre empresas pertencentes à Globo sediadas em outros países. Deste modo, a empresa brasileira TV Globo, não gastava dinheiro diretamente com a operação. Posteriormente, as empresas que detinham os direitos de transmissão eram compradas pela TV Globo.

“Essa intrincada engenharia desenvolvida pelas empresas do sistema Globo teve, por escopo, esconder o real intuito da operação que seria a aquisição pela TV Globo dos direitos de transmitir a Copa do Mundo de 2002, o que seria tributado pelo imposto de renda”, afirma em relatório do processo o auditor fiscal Alberto Sodré Zile.

Com o esquema, o sistema Globo incorre em simulação e evasão tributária, ou seja, sonegação. O imposto sobre importâncias remetidas ao exterior para aquisição de direitos de transmissão de evento esportivo são de 15%; no caso da empresa beneficiária estar sediada em paraísos fiscais, esta taxa passa a ser de 25%, caso da Globo.

Débito ao País

O cálculo do imposto de renda devido pela empresa chega a 183.147.981, 20 milhões de reais com base no valor pago pela compra, de 732.591.924,140 milhões de reais. Além do imposto devido, a empresa também deve pagar uma multa, que por se tratar de caso que envolve sonegação, chega a 274.721.970,05 milhões de reais. A este valor podem ser acrescidos os juros de mora, como descrito em processo divulgado no ano passado, de 157.230.022,58 milhões de reais. Deste modo, o valor total do débito da Globo com a população brasileira chega ao valor de 615.099.957,16 milhões de reais, sem contar a correção.

Leia abaixo o processo:



Relatório do Processo da Receita Federal contra a Globo 

quinta-feira, 17 de julho de 2014

a cara de uma nova aliança


Cristina, Evo, Maduro e Mujica: Banco do Brics livrará América do Sul dos EUA


Escrevinhador


publicada quinta-feira, 17/07/2014 às 09:53 e atualizada quinta-feira, 17/07/2014 às 10:18






Por Danilo Macedo, Luciano Nascimento e Ivan Richard, da Agência Brasil

Os presidentes da América do Sul, convidados a participar da última sessão da 6ª Cúpula do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, destacaram após o encontro a aproximação do bloco com o continente e a importância da criação do Novo Banco de Desenvolvimento, anunciada ontem (15), em Fortaleza, para que países em desenvolvimento dependam menos de outros organismos multilaterais, como o Fundo Monetário Mundial (FMI).

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que criação do Banco do Brics foi uma boa notícia para todos os países latino-americanos. “Começa a aparecer a cara de uma nova aliança, de uma nova geopolítica mundial, para o desenvolvimento, para a paz”.

Segundo Maduro, os líderes do continente deverão discutir em agosto, durante a próxima cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), em Montevidéu, a criação de uma comissão especial para ampliar o debate de hoje e buscar avanços na aliança entre o Brics e países sul-americanos.

“Temos um processo convergente e vamos colocar todo esforço e vontade política para que o Brics e a Unasul comecem a marchar juntos a partir de hoje”, disse Maduro. O venezuelano elogiou a iniciativa brasileira de “convergir os caminhos” do Brics e da Unasul, com “êxito tremendo”.

O presidente do Uruguai, José Mujica, disse que o Novo Banco de Desenvolvimento será uma alternativa para vários países e poderá ajudar o seu.

“Eu acredito que quanto mais alternativas existirem, melhor. O mundo financeiro é imprevisível, e a insegurança e a volatilidade do mundo atual são muito grandes. Isso nos obriga a ter uma reserva. Meu país é muito pequeno, tem um PIB [Produto Interno Bruto] de US$ 52 bilhões e tem uma reserva de US$ 18 bilhões, o que é uma disparidade”, disse.

A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, que enfrenta uma batalha judicial com os fundos abutres, disse que o banco do bloco dos emergentes representa um ponto positivo e demonstra o fracasso dos mecanismos multilaterais de ordenamento global financeiro, que, segundo ela, representam a “destruição de empregos” e o “abandono das sociedades”, que afetaram por décadas a América do Sul. Segundo Cristina, a nova instituição financeira pode representar a inclusão, o crescimento, a produção e a criação de trabalho.

No mesmo tom, o presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que os mecanismos financeiros internacionais existentes “chantageiam governos”.

“O mundo necessitava de uma nova organização mundial para acabar com organismos como FMI e o Banco Mundial”, disse o boliviano. “Com o novo banco, estou seguro que podemos acabar com o uso de políticas neoliberais e neocolonialistas”.

Apesar dos discursos dos presidentes sul-americanos em relação ao banco, o objetivo declarado do Brics com a criação da instituição não é substituir os organismos financeiros internacionais, mas complementá-los e pressionar para que sejam reformados, dando mais peso aos países emergentes.




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fico preocupado pelo carapááálida: passô dez anos gritando contra... agora, grita a favor!

As Sabatinas









Aécio na sabatina



A não ser que uma grande surpresa ocorra, Dilma se reelegerá presidente em outubro, e provavelmente no primeiro turno.

Sua maior arma não é nada ligado a ela diretamente. Nestes seus anos, a economia cresceu pouco, a inflação teve alguns espasmos e o Brasil deixou de ser o menino prodígio que foi, sob Lula, aos olhos do chamado mercado internacional. Não bastasse isso, há um desgaste na própria esquerda, por conta da repressão policial em manifestações de protesto.


O grande trunfo de Dilma está na fraqueza extraordinária de seus principais adversários, Aécio e Eduardo Campos.

Nos Estados Unidos, aconteceu uma coisa semelhante nas últimas eleições presidenciais. Obama levou menos por seus méritos e mais pela ruindade extrema de seu adversário republicano, Mitt Romney.

Em sua apoteose ao contrário, Romney disse que caso se elegesse iria esquecer quase metade dos americanos, exatamente os mais necessitados.

As duas sabatinas recém-promovidas por um grupo de marcas jornalísticas estampam o deserto de ideias que são Aécio e Campos.

Vejamos, primeiro, Aécio. O maior destaque que o UOL conseguiu dar às falas de Aécio foi o compromisso de que ele manteria o Bolsa Família e o Mais Médicos.

Será que ele e equipe não têm uma única ideia de programa social para apresentar aos eleitores?

Pelo visto, não.

E a sociedade clama por fatos novos na área social, coisas que beneficiem os mais pobres e reduzam a desigualdade brutal do país.

Não é apenas a falta de novas propostas que incomoda. Aborrece também a maneira com que Aécio abraça programas que ele execrou antes, e que simplesmente não existiriam se ele tivesse poder para bloqueá-los.

O Bolsa Família era o Bolsa Esmola. E o Mais Médicos era um insulto à classe médica brasileira. Não, mais que isso: a todos nós, brasileiros, vivos e mortos.

Pois de repente o Mais Médicos fica bom, e Aécio garante sua manutenção a cada entrevista mais profunda que dá.

Eu respeitaria a mudança de opinião se ela fosse precedida de um honesto pedido de desculpas. “Amigas e amigos: errei na avaliação do Bolsa Família e do Mais Médicos. Achei que eram ruins coisas que eram boas e podem ser ainda melhores. Perdão.”

Mas não. Mais um pouco e Aécio vai posar como autor das ideias.

Segundo relatos publicados no UOL, a plateia teve um papel importante na sabatina de Aécio.

Boa parte dela era composta de líderes do PSDB. Um deles era Serra, que chegou atrasado. A composição favorável da audiência levou a palmas em dose generosa. E também a comentários entre os presentes como este registrado pelo UOL: “Pena que os entrevistadores são petistas.”

Pausa para rir.

Um dia antes, o sabatinado fora Eduardo Campos. Para ser mais que um figurante de olhos azuis nas eleições, Campos tem que apresentar ideias novas.

Mas de novo: quais?

A frase considerada mais importante pelos editores da sabatina dizia mais ou menos o seguinte: “Dilma vai ser a primeira pessoa, desde a redemocratização, a entregar o país pior do que recebeu.”

É a chamada platitude, chavão, lugar comum. Como não tem tanto tempo assim no programa eleitoral gratuito, Campos tem que se concentrar em suas ideias. Todos sabem – afinal ele é candidato de oposição – que ele tem má opinião sobre Dilma.

Pode e deve ganhar tempo, portanto, sem repetir o que já é de conhecimento universal.

O momento mais revelador da sabatina de Campos veio na forma de um número milionário. Ele disse que iria construir 4 milhões de casas.

Promessas desse gênero remetem a velhas campanhas, em que os candidatos pareciam acreditar poder vencer uma eleição usando um número maior do que o de seus adversários.

Ou não tão velhas assim.

É um clássico, nas eleições de 2010, a promessa de Serra de que não apenas iria manter como dobraria o Bolsa Família.

Já ali Dilma mostrava ter sorte no quesito adversários — o que é um formidável atributo para qualquer candidato.

o rei está NU


Opinião: A roupa nova do rei Fifa


A situação se inverteu: não é mais o Brasil, mas a Fifa que precisa ouvir sérias acusações, opina a jornalista Astrid Prange, da redação brasileira da DW. E a lista é longa.




Astrid Prange, da redação brasileira da DW



O rei está nu. A polícia brasileira tornou possível o impossível: ela desnudou a entidade máxima do futebol mundial. Pouco antes do ponto alto da Copa do Mundo no Brasil, a final no Maracanã, a Fifa não está mais no alto do pódio, mas sentada no banco dos réus.

Até pouco tempo atrás, o banco dos réus estava reservado ao país anfitrião, o Brasil. A Fifa não se cansou de criticar a lentidão nos preparativos do espetáculo esportivo. Muitos estádios não corresponderiam aos critérios por ela exigidos. Muitos só ficaram prontos no último minuto. A Fifa argumentava com o conforto e a segurança dos torcedores de todo o mundo.

Mas agora a situação se inverteu. Não é mais o Brasil, mas a Fifa que precisa ouvir sérias acusações. E a lista de transgressões é longa. A empresa Match Services, parceira da Fifa, estaria envolvida na venda ilegal de ingressos da Copa. Árbitros da Fifa são acusados de ignorar entradas duras em campo. E as equipes de segurança da Fifa não foram capazes de garantir a segurança dos espectadores no estádio.

A derrocada da Fifa mostra quão mal informados sobre o maior país da América Latina estão a entidade máxima do futebol e a opinião pública mundiais. A crítica da Fifa aos atrasos nas obras dos estádios e à infraestrutura precária se encaixava muito bem nos clichês vigentes sobre o Brasil. Sol, samba, carnaval e futebol, e, naturalmente, corrupção – essa era a perfeita descrição de um país simpático, mas longínquo.

Mas definitivamente já se foram os tempos em que o planeta estava claramente dividido, com as nações industrializadas no chamado Primeiro Mundo e os países em desenvolvimento no Terceiro Mundo. Não só a economia se globalizou, como também o conhecimento, o anseio pela democracia e naturalmente o futebol.

Há um ano, milhões de pessoas foram às ruas no Brasil para protestar contra a corrupção. A raiva era dirigida não só contra o próprio governo, mas também contra a Fifa.

Mas a Fifa parece não ter entendido isso. O Brasil não é um país que se entrega de joelhos para a Fifa, mas uma democracia e um Estado de Direito. Isso ficou mais uma vez comprovado pelo excelente trabalho dos investigadores brasileiros. Se eles tivessem contado com a prometida colaboração da Fifa, pouco teriam avançado.

O Brasil acabou com a onipotência da Fifa. Suas novas roupas são mais transparentes do que ela gostaria que fossem. O rei que tanto abriu a boca agora precisa ouvir. E descobriu que, assim como seus "súditos", não está acima da lei. É significativo que a Fifa tenha que aprender essa lição justamente no Brasil.

aos intelectualmente desonestos, raivosos, furibundos... e coisas e tais


A tal da “elite branca”


16/07/2014 19:05



Passada a correria da Copa do Mundo, será interessante retomar um tema que suscitou polêmica criada pelos que entendem tudo ao pé da letra ou são intelectualmente desonestos, raivosos, furibundos.

Interessa falar apenas aos primeiros, os do pé da letra, e é para estes que conto um episódio vivido num taxi, em Fortaleza, com um motorista pobre e negro que, inconformado com ameaças de manifestação antes de um jogo da Seleção Brasileira, dizia que os ativistas precisavam trabalhar mais e reclamar menos.

O motorista, embora pobre e negro, é um legítimo representante da elite branca, expressão usada pela primeira vez pelo ex-governador de São Paulo, o insuspeito, e também de honestidade inatacável, Cláudio Lembo, um político de centro.

Nestes dias em que Aécio Neves se diz à esquerda de Lula e Dilma, a quem chama de “direitistas”, é bom recuperar o que escreveu Francisco Bosco, em “O Globo”, no dia 26 de junho passado, para clarear conceitos e posições:

“O que me interessa aqui é me deter sobre a própria expressão. Pois não faltaram os que, compreensivelmente, questionaram a pertinência de seu sentido e suspeitaram de uma contradição entre ela e seu emprego por pessoas brancas de classe média ou alta. Diante do imbróglio, é necessário deslindar os fios.

Fazem parte da “elite branca” todos os sujeitos de grupos sociais privilegiados que denunciam difusamente as desigualdades do Brasil mas repudiam qualquer ato político real que as combata; todos os sujeitos incapazes de pensar e agir coletivamente, sempre colocando em primeiro, senão único lugar as suas vantagens pessoais; todos os sujeitos que, para dar um exemplo entre inúmeros possíveis, não apoiaram a greve dos vigilantes, que reivindicavam um piso salarial de pouco mais de R$ 1 mil (e R$ 20 de vale-refeição), diante dos bilhões de reais que os bancos lucraram no ano passado”.

Brasil & China!


ACORDOS BRASIL-CHINA:
É A COPA DAS COPAS !



Depois da Noticiabrás, o Brasil precisa de um “Instituto Machado de Assis”

Conversa Afiada




60 de uma vez só ! Chora, elite branca, chora !


O Conversa Afiada reproduz trechos de pronunciamento da Presidenta Dilma Rousseff, depois de reunião nesta quinta-feira (17), em Brasilia, com o presidente Xi Jinping, quando foram assinados acordos que valem múltiplas Copas das Copas !

(Chora, elite branca !)




China e Brasil são as maiores economias em desenvolvimento nos respectivos hemisférios – e cada vez mais integradas. Partimos de uma corrente de comércio de US$ 3 bilhões para a cifra recorde de quase US$ 90 bilhões, em 2013. A China é, desde 2009, nosso principal parceiro comercial. O Brasil é o principal destino dos investimentos chineses na América Latina. Esses investimentos apresentam forte tendência ao crescimento e à diversificação em áreas como energia, tecnologias da informação e da comunicação, automóveis, alta tecnologia, bancos, petróleo, entre outros setores consolidam a China como grande parceira do desenvolvimento brasileiro.

Em matéria de energia, petróleo, externei ao Presidente Xi minha satisfação com a participação de duas empresas chinesas, a CNOOC e a CNPC, no consórcio liderado pela Petrobras, para a exploração do Campo de Libra. Também é bem-vinda a crescente presença chinesa no setor elétrico brasileiro por meio da State Grid.

Essa parceria ganha hoje renovado impulso com a assinatura de 2 novos acordos. O primeiro, entre a​ Eletrobrás e a State Grid para a construção de linhas de transmissão para ultra-alta tensão na usina de Belo Monte. O segundo, entre a Eletrobrás/Furnas e o Grupo Três Gargantas para a construção da hidrelétrica do Rio Tapajós.

O presidente Xi e eu reiteramos a importância de nossas relações financeiras, decorrência natural da crescente interação econômica. O Banco do Brasil inicia, em Xangai, as operações da primeira agência de um banco brasileiro na China e já operam no Brasil três bancos chineses.

Os acordos assinados hoje entre o BNDES e o Eximbank, e o BNDES e o Banco de Desenvolvimento da China e o Fundo Soberano CIC ampliarão a diversificação e diversificarão os canais de financiamento ao desenvolvimento.

Nos próximos anos, com o Programa de Investimentos em Logística, da ordem de 240 bilhões de reais, que o Brasil leva a cabo, o projeto de desenvolvimento entrará numa nova fase, portanto, a nossa parceria também.

Apresentei ao presidente Xi as oportunidades que se abrem em licitações nos setores ferroviário, portuário, aeroviário e rodoviário. Aqui, as empresas chinesas encontrarão segurança jurídica e marco regulatório estável, e também serão muito bem vindas.

Nesse sentido, ressaltamos o Memorando de Entendimento sobre Cooperação Ferroviária entre o Ministério dos Transportes e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.

Reiterei ao presidente Xi Jinping minha expectativa sobre a participação de empresas chinesas nos projetos brasileiros de infraestrutura e logística. Damos especial atenção à licitação do trecho 4 da Ferrovia Transcontinental, que ligará Lucas do Rio Verde a Campinorte. Essa obra integra a Ferrovia Transoceânica Brasil – Peru, fundamental para a integração sul-americana e o escoamento das exportações brasileiras para a Ásia.



​(Clique aqui para ver como a abertura de um canal na Nicarágua o escoamento de graos por ferrovias brasileiras se integram nesse planejamento)​

No setor industrial, a relação bilateral sai fortalecida com os anúncios de investimentos significativos para a fábrica de maquinário para construção civil, pela Sany, no valor de US$ 300 milhões, e a instalação da montadora Chery, ambas em Jacareí. Cada uma gerará mil postos de trabalho.


(…)

Congratulei-me com o Presidente Xi pelo levantamento do embargo e disposição de compra de carne bovina para a China, que abre grandes oportunidades para o agronegócio brasileiro.
Insisti na necessidade permanente de diversificar e agregar valor às exportações e investimentos brasileiros. Exemplo importante de iniciativa nesse sentido foi a venda de 60 aeronaves da Embraer às empresas chinesas Tianjin Airlines e ICBC Leasing.


Concordamos em impulsionar nossa cooperação em ciência, tecnologia e inovação, em especial em tecnologias agrícolas – área em que a Embrapa e a Academia de Ciências da China já trabalham -, nanotecnologia e biologia, também. Manifestamos expectativas com o diálogo regular entre nossos parques tecnológicos.

Reafirmamos o compromisso de lançar, ainda em 2014, o quinto satélite da família Cbers. Nosso Plano Decenal Espacial prevê a extensão desse Programa, sua atualização tecnológica e, no futuro, lançamentos também a partir do Brasil.

Na área de D​efesa, destaco o Protocolo para cooperação em tecnologia de informação e sensoriamento remoto, que permitirá o monitoramento mais preciso do desmatamento da Amazônia, de atividades ilícitas, além do desenvolvimento do interesse militar ao longo da fronteira brasileira.

Na área de tecnologias da informação e comunicação, que já contam com diversos investimentos de importantes… com diversos investimentos de importantes companhias chinesas, saudamos o anúncio do lançamento, no Brasil, do serviço de buscas, Baidu, na Internet.



​(Clique aqui para ler “pau no Google”)

Ainda nesse setor, estreitamos nossa cooperação com o Protocolo entre o Ministério de Ciência e Tecnologia e a Huawei, que prevê investimentos em processamento de dados e computação em nuvem.

Acordamos a ampliação da presença de estudantes brasileiros na China, no âmbito do Programa Ciência sem Fronteiras, e também o estabelecimento de estágio para esses bolsistas. Para atingir a meta de cinco mil estudantes na China, promoveremos o aprendizado do mandarim no Brasil, com a abertura de novas unidades do Instituto Confúcio em universidades brasileiras.



Em tempo: quando o Brasil vai criar o “Instituto Machado de Assis”​ ​ para difundir a lingua e a cultura brasileiras pelo mundo afora, a começar pelos paises dos BRICS ? Clique aqui para ler sobre a necessidade de se criar uma Noticiabrás”​ PHA​