sexta-feira, 28 de novembro de 2014

É hora de poupar para ajudar o país


Escolha da nova equipe econômica visou destravar investimentos




Posted by eduguim on 27/11/14 • Categorized as Análise







A escolha da presidente Dilma Rousseff para o principal cargo da equipe econômica, o de ministro da Fazenda, gerou aflição em muita gente. O Blog tem recebido mensagens via e-mail e comentários privados nesta página e nas redes sociais. Leitores perguntam se devem temer por seus empregos diante do que vem sendo pintado como a adoção pela presidente do programa econômico que ela dizia, durante a campanha eleitoral, que provocaria desemprego no país: o programa econômico de Aécio Neves.

Para começar a explicar, vale propor uma reflexão: por que a presidente faria tal maldade com o povo brasileiro? Estaria finalmente revelando uma perversidade latente que ocultou ao longo dos quase quatro anos de seu primeiro mandato ou é apenas covardia imotivada?

A revolta com a escolha do engenheiro naval Joaquim Levy para comandar a principal pasta econômica do governo federal levou muitos dos que votaram em Dilma há um mês a, agora, dizerem-se arrependidos da escolha. Um dos mais decepcionados chegou a sugerir que, diante da escolha deste ou daquele nome para o novo ministério da presidente, nada haveria a estranhar se ela colocasse o assustador deputado fluminense Jair Bolsonaro na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o que dá uma ideia do climão que se instalou entre os setores progressistas da opinião pública ante a escolha de Levy.

A materialização da escolha maldita no penúltimo dia útil da semana torna inoportunas maiores considerações sobre o que esta página vem julgando um exagero e um equívoco. Passemos, assim, às questões práticas.

A nova equipe econômica não fará algo que a anterior não faria, apesar de o agora ex-ministro da Fazenda Guido Mantega dificilmente poder ser considerado um bicho-papão como Levy. Diante disso, este Blog dará sua opinião sobre o que aconteceu na economia brasileira durante o primeiro mandato de Dilma e o que acha que deverá acontecer daqui para frente. E, ainda, irá explicar a razão da escolha de Levy e de outros ministros polêmicos do segundo mandato.

Entre 2008 e 2013, o mundo passou pela maior crise econômica da história recente da humanidade. Foi considerada mais grave do que a que quebrou a bolsa de valores americana em 1929. Sessenta milhões de empregos foram extintos em todo o planeta. Países como os Estados Unidos, o mais rico do mundo e o terceiro em qualidade de vida (segundo o IDH 2013), viram surgir favelas em seus territórios.

No Brasil, poderia ter sido feita uma política econômica que contivesse a inflação no centro da meta de 2014 (4,5%). Essa política, apesar de recessiva, segundo os economistas de linha liberal teria resultado em maior crescimento. Os investimentos do Estado em programas gigantescos de obras, a renúncia fiscal para incontáveis setores da economia, os aportes em bancos públicos para conter os juros ao consumidor e propiciar financiamento farto e crescente a esse consumidor, porém, geraram inflação mais alta.

As políticas anticíclicas (ou antirrecessivas) do governo Dilma fizeram a inflação bater no teto da meta, mas, em contrapartida, impediram o desemprego e o arrocho salarial. Com isso, o brasileiro, apesar de pagar mais caro a compra do mês no supermercado, teve dinheiro para fazê-la – e quanto mais baixa a classe social, menos os hábitos de consumo ora gastadores foram afetados pela crise devido aos salários virem subindo acima da inflação.

Houve, porém, um preço a pagar por essa proteção que Dilma deu ao emprego e ao salário: além da inflação um pouco mais alta (2 pontos percentuais a mais do que o centro da meta), houve certo desarranjo nas contas públicas. Por exemplo, o país reduziu drasticamente o superávit primário, economia que o governo faz para pagar suas dívidas.

O superávit primário, porém, é uma tara neoliberal. Sobretudo em um país que tem quase 400 bilhões de dólares de reservas cambiais e, portanto, mesmo sem economizar um centavo via superávit primário por certo tem como pagar suas dívidas. Porém, esse superávit demonstra a disposição do governo de não confrontar o investidor.

Por isso, apesar de tudo o que se falou de Levy ele deu uma declaração na edição do Jornal Nacional da data em que foi anunciado como novo ministro da Fazenda que contraria tudo o que disse a oposição durante a recente campanha eleitoral e que indica que o bicho-papão neoliberal, visto como uma espécie de genérico de Armínio Fraga, talvez venha a se mostrar muito menos malvado do que parece – ao menos por ter que se reportar a uma Dilma Rousseff.

Para ver um Levy menos carrasco do que o previsto, leia, abaixo, trecho de matéria do JN de quinta-feira 27 sobre a nova equipe econômica.

“(…)Os ministros indicados para a Fazenda e para o Planejamento anunciaram o compromisso de fazer um ajuste nas contas do governo nos próximos três anos. Descartaram a adoção de um pacote econômico e medidas drásticas para acertar as contas do país. Segundo Joaquim Levy, os ajustes serão graduais, porque o Brasil não vive uma crise (…)”

Epa! Como assim? Se Levy implementará o modelo de gestão que o ministro da Fazenda que Aécio Neves disse que nomearia, caso fosse eleito, prometeu adotar, então deveria ter, como Armínio Fraga, dito que o Brasil vive uma grave crise que requer justamente ao contrário, ou seja, “medidas drásticas para acertar as contas do país”.

Não foi o que ele disse. Ele e os outros membros da equipe econômica. Ah, ele está fazendo média com Dilma? Bem, se está fazendo média ou não, tanto faz. Sua declaração não é a que daria Fraga ou o possível ministro da Fazenda de Marina Silva, Eduardo Gianetti. Sem uma declaração catastrofista não se pode dizer que a nova política econômica será draconiana como a que prometiam o PSDB e o PSB durante a última campanha eleitoral.

Além disso – agora no campo dos fatos efetivos e não do que eles parecem ser –, a proposta da nova equipe econômica para o maldito superávit primário está longe de ser “draconiana”. Outro trecho do Jornal Nacional revela que o ajuste será mesmo gradual, de forma a não gerar desemprego e arrocho salarial.

“Ele [Levy] anunciou que o governo pretende fazer, em 2015, um superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública) de 1,2% do PIB – que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país num determinado período. Esse número é menor do que a previsão feita pelo governo em agosto, de 2%, mas é maior que a economia esperada para 2014. Para 2016 e 2017, a meta é de um superávit primário 2% do PIB”

Para quem não sabe, no tempo de FHC/Armínio Fraga (2002) o Brasil chegou a fazer superávit primário de 4,06% do PIB, o que fez o desemprego explodir para cerca de 12% no país. E, em 2003, primeiro ano do primeiro governo Lula, o superávit primário teve a maior meta da história, de 4,25%.

Detalhe: quem fez aquele superávit primário do primeiro ano de Lula foi Antonio Palocci, do PT.

Porém, como o mundo vai saindo da crise – sobretudo porque os EUA estão saindo, após mais de 5 anos de uma quase depressão econômica –, agora é hora de se preocupar com a higidez das contas públicas.

Tivemos recursos para bancar a preservação do povo brasileiro dos horrores da crise internacional. Foi como se tivéssemos uma gorda poupança da qual retiramos uma pequena parcela para atravessar um período difícil e, agora que a situação começa a melhorar, trataremos de repor o que usamos daquela reserva.

Por conta da boa situação de caixa do país, pode-se adotar, paulatinamente, uma fórmula que, mais do que as contas públicas, terá o condão de melhorar um componente da economia que, devido à política, contribuiu para manter o país estagnado durante o período em que o governo Dilma foi mais “heterodoxo”, por assim dizer: a taxa de investimento privado, que foi brecada por aquelas injunções políticas e pelo temor dos investidores que se estabeleceu.

Aliás, convenhamos, muito empresário segurou investimentos visando criar uma situação-limite para a política econômica, em uma espécie de chantagem política do capital contra o Estado.

Não adiantaria Mantega tocar a mesma política econômica dura que tocou Palocci durante o primeiro governo Lula porque antecessor de Levy perdeu a confiança do mercado ao cumprir a determinação de Dilma Rousseff de afrouxar o garrote das finanças públicas de modo a que o país não mergulhasse no desemprego e no arrocho salarial. Assim, Levy e outros ministros conservadores pretendem, agora que a direita midiática perdeu a eleição, fazer com que os empresários parem de pirraça e voltem a investir, o que é vital para o país.

É simples assim, leitor. Por conta disso, a opinião deste Blog é a de que você não precisa se preocupar com seu emprego. Mas é claro que aqui tampouco se recomenda que continue comprando o último modelo de carro ou de celular, viajando toda hora de férias com a família etc. É hora de poupar para ajudar o país a atravessar um par de anos menos duros do que foram os primeiros anos do primeiro governo Lula, mas, ainda assim, mais duros, do ponto de vista fiscal e monetário, do que entre 2006 e 2014.

PS: a nova equipe econômica também irá produzir um outro efeito benfazejo. Qual seja, o de reduzir o custo-benefício do golpe “paraguaio” que vem sendo articulado pela direita midiática praticamente à luz do dia.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Se o Dr Moro fosse o que muita gente pensa que ele é…


Dr Moro pode notificar Gilmar


A “flexibilização” poderia adocicar a boca do privatizadores …​



Conversa Afiada






O Presidente Ricardo Lewandowski abriu a porta para um caminho promissor na batalha de revirar pedra sobre pedra na questão do petrolão.

(Como se sabe, o petrolão, perto da Privataria Tucana, é de “pequena causas”, disse amigo navegante.

A Privataria está nas sábias mãos do Ministro Fux, que, para não melar a Lava Jato, breve dará parecer na RE 680967, que legitima, definitivamente, a Operação Satiagraha.)

O sereno Ministro Barroso tem em mãos a decisão sobre a Castelo de Areia, onde os tucanos de São Paulo se afundaram…)

Lewandowski revelou que vai levar a julgamento a decisão que “flexibilizou” o sistema de licitações da Petrobras.

E, assim como o financiamento de empresas a campanhas eleitorais, essa “flexibilização” está na gênese dos problemas da Petrobras.

O anúncio de Lewandowski levou o ansioso blogueiro a se coçar.

De felicidade !

O Dr Moro poderá notificar o ministro Gilmar e o genro – o Davizinho, que presidiu a Agência Nacional de Petróleo, e prometeu que a Petrobrax seria vendida ao correr do martelo “em três anos”.

Os esclarecimentos dos dois, em Juízo, poderão iluminar Lava Jato – e o Brasil !

Enfim, a luz !

A decisão 25.888 do Supremo, de autoria do Ministro Gilmar, “constitucionalizou” o direito de a Petrobras comprar sem fazer licitação.

Diante das necessidades prementes, da urgência empresarial, a Petrobras ficou de fora das rígidas regras que orientam as compras de instituições públicas.

Uma decisão luminosa !

Certamente foi bem recebida pelo genro.

Davizinho Zylbersztajn era casado com uma filha do Presidente Fernando Henrique.

(Ao se separar, a sogra o demitiu !)

A “flexibilização” poderia ser um dos atrativos para os futuros privatizadores da Petrobras.

Os dois, o Ministro e o genro, deveriam se colocar à disposição do implacável Dr Moro.

Poderiam explicar porque deu no que deu…

Se o Dr Moro fosse o que muita gente pensa que ele é…

Em tempo: liga funcionário aposentado da ANP para lembrar que, hoje, o genro, com o inigualável Adriano Pires, integra o corpo de colonistas (ver no ABC do C Af) da GloboNews e suas suaves apresentadoras.


Paulo Henrique Amorim


Leia mais:



TEORI PEITA MORO


STF É REFÉM DO MORO



E vote na trepidante enquete do C Af:


Por que o Juiz Moro não deixa delator delatar tucano gordo?

Porque é imparcial
Porque é gentil
Porque tucano gordo não peca
Porque só pobre, preto, p... e petista
Porque a Justiça do Paraná tarda e falha
Ah, uma cadeirinha no Supremo ...
O PiG ficaria decepcionado


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

1999, ou seja, logo após a reeleição comprada de FHC!


Não há mais clima para golpe. Dilma vence 3º turno




Por Miguel do Rosário, postado em novembro 21st, 2014







Hoje eu vinha com a faca nos dentes, mas mudei de ideia.

Cansei de falar em golpe, e tenho a impressão que a atmosfera de terceiro turno arrefeceu.

O fantasma do golpe foi esmagado pelo próprio desespero da mídia.

A tese que ventilei por aqui, de que Dilma sairia fortalecida desse escândalo, como a presidenta republicana que permitiu a investigação a fundo de problemas históricos de corrupção em nossa maior estatal, está se confirmando.

A mídia bem que tentou, mas não conseguiu colar no escândalo o carimbo “Exclusivo PT”.

Ele atinge todos os partidos e todas as grandes empreiteiras.

Empreiteiras estas que fazem obras em todas as prefeituras e em todos os estados brasileiros, governados por todos os partidos.

Empreiteiras que também financiam a grande mídia.

A imprensa alternativa, os blogs, nunca levaram um centavo das empreiteiras.

A grande imprensa levou bilhões.

O escândalo da Petrobrás atinge toda a classe política, e em especial os principais partidos, a começar pelo PSDB.

Por exemplo, o maior corrupto do “petrolão”, até o momento, é um senhor chamado Pedro Barusco, que prometeu devolver US$ 100 milhões aos cofres públicos.

Ele era subordinado a Henrique Duque, que a imprensa quer vender apenas como “ligado ao PT”.

Ora, Duque está na Petrobrás desde 1978. Desde 2000, era Gerente de Contratos da área de Exploração e Produção.









Sobre Barusco, não encontrei sua biografia, mas é sintomático que ele, logo após se aposentar, tenha ido dirigir a área de operações da Sete Brasil, a poderosa companhia responsável por fornecer sondas de exploração para a Petrobrás.

Quem é o principal acionista da Sete Brasil? O banco BTG Pactual, cujo dono é o tucano André Esteves, o qual, segundo reportagem do Globo, pagou a viagem de lua de mel de Aécio Neves e esposa.

Descobriu-se também que Gilmar Mendes, quando advogado geral da União, nomeado por FHC, defendeu exatamente o que se tornou a fonte maior de corrupção na Petrobrás: a realização de contratos sem licitação. Mendes também não ofereceu nenhuma proposta para aumento da transparência.

Hoje Mendes posa de paladino da ética na grande imprensa, bravateando frases de efeito.

Não é possível partidarizar o escândalo.

A ladainha da mídia, de que tudo é culpa de PT, não cola mais.

Não se combaterá a impunidade no país prendendo-se exclusivamente petistas.

Que se condene e prenda os petistas corruptos!

Mas será que nunca veremos um tucano preso?

Até quando o PSDB seguirá sendo blindado pela mídia, pelo Judiciário e pelo Ministério Público?

Sonegação, helicóptero com meia tonelada de pó, assassinato de modelo, afundamento de plataforma, compra de reeleição, privataria, construção de aeroporto em terras da família, ossada humana em fazenda.

Não faltam escândalos tucanos!

Mesmo o que a mídia chama de “petrolão”, tentando quase infantilmente repetir o case de sucesso do “mensalão”, começou em 1999, ou seja, logo após a reeleição comprada de FHC!

Por isso, é tão bem vindo o artigo do empresário tucano Ricardo Semler, publicado na Folha de hoje.

Semler reitera que o mérito pelas investigações atingirem a profundidade que se vê, pegando peixes graúdos da estatal e do setor privado, é da presidenta Dilma.

“É ingênuo quem acha que poderia ter acontecido com qualquer presidente. Com bandalheiras vastamente maiores, nunca a Polícia Federal teria tido autonomia para prender corruptos cujos tentáculos levam ao próprio governo.”

(…)Dilma agora lidera a todos nós, e preside o país num momento de muito orgulho e esperança. Deixemos de ser hipócritas e reconheçamos que estamos a andar à frente, e velozmente, neste quesito.”

O tucano, num corajoso ataque à hipocrisia da nossa mídia, afirma ainda que a corrupção não se limita a empresas públicas.

“O que muitos não sabem é que é igualmente difícil vender para muitas montadoras e incontáveis multinacionais sem antes dar propina para o diretor de compras.”

O que se espera das pessoas cujo bom senso ainda não foi devastado pelo ódio partidário, é um pacto pela democracia, dando tempo e espaço para a presidenta Dilma concluir o processo de depuração da Petrobrás.

Ela prometeu em sua campanha que não “sobraria pedra sobre pedra”.

É o que está acontecendo.

Passada a tempestade, o Brasil sairá mais forte e mais limpo.

A Petrobrás adotará protocolos mais transparentes e seguros para impedir a corrupção, deixando para trás o afrouxamento das regras imposto por FHC e defendido por Gilmar Mendes.

Não há mais clima para golpe.

Até mesmo as paranoias sobre um suposto golpe no tribunal eleitoral, a ser dado por Gilmar Mendes, me parecem agora infundadas.

Agora só falta o governo fazer as mudanças que todos esperam, a começar pela comunicação.

Ontem o presidente Obama anunciou medidas que protegerão mais de 5 milhões de imigrantes ilegais nos EUA.

Assistindo a alguns canais de TV fechada, zapeei pela Fox, onde âncoras republicanos atacavam a iniciativa, e pela MSNBC, onde analistas democratas a defendiam.

Em todos os canais, porém, o presidente Obama tinha espaço. Ele aparece falando, longamente, explicando sua política.

Na MSNBC, a âncora entrevista um dos secretários de imprensa da Casa Branca, um gordinho simpático e bem humorado.

Aí eu fiquei pensando novamente que o governo brasileiro deve ser o único do mundo que não tem um porta-voz, não tem um secretário de imprensa, não tem ministros políticos, não tem um relações públicas.

E a imprensa brasileira é a única do mundo que censura o próprio governo do país.

A quem interessa esse tenebroso apagão político do governo?

Esperemos que o escândalo da Petrobrás, onde a mídia, em especial a Globo, ainda tenta construir uma narrativa diabólica, sirva ao menos para que o Executivo acorde para a necessidade de construir canais mais democráticos de comunicação com a sociedade.

Informação de qualidade e acesso ao governo eleito são direitos humanos e políticos de todo o brasileiro.

Não adianta o Mercadante dar entrevista à Miriam Leitão, na Globonews, uma tv fechada à qual poucos brasileiros tem acesso.

É preciso ocupar, democraticamente, as tvs abertas, as rádios, e as redes sociais, e combater o mal do novo século: a desinformação.


sábado, 22 de novembro de 2014

"Nunca se roubou tão pouco"



Quando na oposição Não temos falastrões, mas braSileiros! Deixem o Tucano falar!




Beto Bertagna


Ricardo Semler, de novo, Virando a Propria Mesa


Nunca se roubou tão pouco


RICARDO SEMLER - Folha de S.Paulo - 21/11/2014

Nossa empresa deixou de vender equipamentos para a Petrobras nos anos 70. Era impossível vender diretamente sem propina. Tentamos de novo nos anos 80, 90 e até recentemente. Em 40 anos de persistentes tentativas, nada feito.


Não há no mundo dos negócios quem não saiba disso. Nem qualquer um dos 86 mil honrados funcionários que nada ganham com a bandalheira da cúpula.

Os porcentuais caíram, foi só isso que mudou. Até em Paris sabia-se dos "cochons des dix pour cent", os porquinhos que cobravam 10% por fora sobre a totalidade de importação de barris de petróleo em décadas passadas.

Agora tem gente fazendo passeata pela volta dos militares ao poder e uma elite escandalizada com os desvios na Petrobras. Santa hipocrisia. Onde estavam os envergonhados do país nas décadas em que houve evasão de R$ 1 trilhão -- cem vezes mais do que o caso Petrobras-- pelos empresários?

Virou moda fugir disso tudo para Miami, mas é justamente a turma de Miami que compra lá com dinheiro sonegado daqui. Que fingimento é esse?

Vejo as pessoas vociferarem contra os nordestinos que garantiram a vitória da presidente Dilma Rousseff. Garantir renda para quem sempre foi preterido no desenvolvimento deveria ser motivo de princípio e de orgulho para um bom brasileiro. Tanto faz o partido.

Não sendo petista, e sim tucano, com ficha orgulhosamente assinada por Franco Montoro, Mário Covas, José Serra e FHC, sinto-me à vontade para constatar que essa onda de prisões de executivos é um passo histórico para este país.

É ingênuo quem acha que poderia ter acontecido com qualquer presidente. Com bandalheiras vastamente maiores, nunca a PF teria tido autonomia para prender corruptos cujos tentáculos levam ao próprio governo.

Votei pelo fim de um longo ciclo do PT, porque Dilma e o partido dela enfiaram os pés pelas mãos em termos de postura, aceite do sistema corrupto e políticas econômicas.

Mas Dilma agora lidera a todos nós, e preside o país num momento de muito orgulho e esperança. Deixemos de ser hipócritas e reconheçamos que estamos a andar à frente, e velozmente, neste quesito.

A coisa não para na Petrobras. Há dezenas de outras estatais com esqueletos parecidos no armário. É raro ganhar uma concessão ou construir uma estrada sem os tentáculos sórdidos das empresas bandidas.

O que muitos não sabem é que é igualmente difícil vender para muitas montadoras e incontáveis multinacionais sem antes dar propina para o diretor de compras.

É lógico que a defesa desses executivos presos vão entrar novamente com habeas corpus, vários deles serão soltos, mas o susto e o passo à frente está dado. Daqui não se volta atrás como país.

A turma global que monitora a corrupção estima que 0,8% do PIB brasileiro é roubado. Esse número já foi de 3,1%, e estimam ter sido na casa de 5% há poucas décadas. O roubo está caindo, mas como a represa da Cantareira, em São Paulo, está a desnudar o volume barrento.

Boa parte sempre foi gasta com os partidos que se alugam por dinheiro vivo, e votos que são comprados no Congresso há décadas. E são os grandes partidos que os brasileiros reconduzem desde sempre.

Cada um de nós tem um dedão na lama. Afinal, quem de nós não aceitou um pagamento sem recibo para médico, deu uma cervejinha para um guarda ou passou escritura de casa por um valor menor?

Deixemos de cinismo. O antídoto contra esse veneno sistêmico é homeopático. Deixemos instalar o processo de cura, que é do país, e não de um partido.

O lodo desse veneno pode ser diluído, sim, com muita determinação e serenidade, e sem arroubos de vergonha ou repugnância cínicas. Não sejamos o volume morto, não permitamos que o barro triunfe novamente. Ninguém precisa ser alertado, cada de nós sabe o que precisa fazer em vez de resmungar.

RICARDO SEMLER, 55, empresário, é sócio da Semco Partners. Foi professor visitante da Harvard Law School e professor de MBA no MIT

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

esses serão os nosssos médicosss? chamem os cubanos!!!!!!!!!!!


No “trote” violento da Medicina, lições de Freud e Foucault





Humilhações na calourada expõem formação que vê o outro como objeto de gozo. E papel do Médico associa-se ao controle e esvaziamento da vida de que maneira esses alunos, que passaram por uma educação de qualidade e são tidos como a elite intelectual brasileira, chegaram a esse nível?


por Christiana Oliveira — publicado 19/11/2014






de que maneira esses alunos, que passaram por uma educação de qualidade e são tidos como a elite intelectual brasileira, chegaram a esse nível?




Após uma onda de ódio e preconceito, ligado às eleições, nos deparamos com denúncias aterrorizantes, que seguem a linha da intolerância e demarcam o que sempre existiu – e que foi mantido no silêncio por anos, como algo inexistente. Na última terça-feira, 11/11, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) realizou uma audiência sobre as denúncias feitas contra os universitários da Faculdade de Medicina da USP. Rompido o lacre da impunidade, tornaram-se públicos segredos sórdidos: assédios, estupros, preconceito e humilhação são as marcas principais. A universidade, que sempre soube das acusações, não se deu o trabalho de investigá-las, justificando a importância de “não manchar a imagem da instituição”¹.

Diante disso, questiona-se: de que maneira esses alunos, que passaram por uma educação de qualidade e são tidos como a elite intelectual brasileira, chegaram a esse nível? Ou, então: de que modo ocorrerá o encontro do futuro médico com seu paciente, se o outro é visto como objeto de gozo?

A escolha:

Todo sujeito tem uma formação, e essa constatação não se reduz a um curso universitário, por exemplo, mas sim, aos desejos que motivaram as escolhas individuais de cada um, e que constituem esse ser. De maneira geral e abrangente, há o reconhecimento social da profissão. “Médico”, com letra maiúscula; há muitas associações que elevam a profissão a um ideal a ser assumido, e muitas vezes venerado. Além disso, envolve o prestígio e a promessa do retorno financeiro. Ou seja, há quem se sinta motivado (ou pressionado) a seguir tal carreira, deixando de lado a empatia com a profissão, o cuidado com o outro e o reconhecimento do sofrimento alheio.

A partir dessa escolha, vemos as pressões de uma formação objetificada, já que o sujeito fica inundado de metas e se torna alvo de humilhação. Os cursinhos preparatórios ditam o conteúdo a ser engolido e reproduzido pelos alunos, submetidos ao vestibular maçante e desigual. Tudo o que pode desviar a atenção desses estudantes tem que ser descartado, havendo uma inversão drástica entre as relações interpessoais e as horas de estudos. Com isso, há o incentivo ao individualismo como fortaleza: o outro passa a ser uma ameaça, que pode tirar a tão sonhada vaga na faculdade – ou transformada em sonho, através de toda essa neurotização criada.

Vemos, em suma, um aluno fragilizado, com seu narcisismo abalado. Porém, essa fragilidade é degolada e negada tanto quanto possível. Se o objetivo final não é conquistado, ele é tomado literalmente como um bosta, descartável, que tem que se reaver com o fracasso. Esse ciclo pode durar anos. E quanto mais se vive nessa objetificação, mais o sujeito pode aderir a essa postura, passando a olhar o outro dessa forma. Só há o reconhecimento de seus esforços, quando ele vence o vestibular: assim, ele passa a ser vangloriado, aplaudido, e lentamente o ego fragilizado começa a se restabelecer numa velocidade brutal, sendo bombardeado de investimentos. Há o tão sonhado reconhecimento.

Há de se lembrar que a reflexão se refere aos alunos que cometeram os delitos (vemos, por outro lado, alunos com uma postura distinta²), e que se mostram tão preocupados com a própria imagem quanto a faculdade. Ou seja, tais alunos identificam-se com essa perspectiva narcisista; narcisismo esse que sustenta o dos alunos, que mantiveram as denúncias silenciadas em nome de algo maior: seu interesse próprio.

Ao resgatar Freud (1914), temos que o narcisista busca, acima de tudo, proteger-se e se satisfazer; e para isso, ele nega a alteridade. O que é diferente, e, portanto, menor que ele, é descartável – e ele o faz porque o outro pode retirá-lo de sua posição onipotente, trazendo-lhe receio de perder seu lugar alcançado. Toda crítica que chega aos seus ouvidos é negada tanto quanto possível. Todos nós temos a marca do narcisismo, já que faz parte de nossa constituição. Uns mais, outros menos. No entanto, o que salta aos olhos é esse empoderamento que massacra o outro, um narcisismo perverso e exacerbado.

O papel assumido:

Já na faculdade, os alunos são recebidos como os heróis da tragédia. Há, muitas vezes, uma aproximação da figura do médico com Deus; os médicos possuem o poder da cura, o dom da vida na palma das mãos. Como não reconhecer esse ser magnífico, que afasta nosso grande temor, que é o de encarar a finitude? Ou seja, como não ceder aos caprichos desse vencedor fálico, onipotente?

É nessa mesma ordem que muitas das denúncias ligadas a abuso sexual relataram essa postura: “Deixa de ser chata, eu sei que você quer”³. Temos, que a onipotência requer a submissão, já que retém o poder. Como seria possível o desejo do outro não incluir esse ser em destaque? Com o receio da recusa e da humilhação serem revividos, o sujeito regride, e aplica o que bem aprendeu: a objetificação e a violência. Não há espaço para o outro, para a escolha, há a submissão e a opressão.

Vemos, com as contribuições de Foucault (1980), que essa lógica tem aflorado cada vez mais. O médico, que antes se implicava no cuidado das doenças, hoje passa a ser o fiscal da saúde. É ele quem controla, através dessa variável, quais as condutas viáveis para a manutenção do bem estar. Desse modo, o médico se torna uma figura determinante para o aperfeiçoamento do biopoder. Sua formação, ligada a onipotência, e portanto ao poder, replica-se em sua atuação. Todo o cuidado ao sujeito doente é descartado em detrimento ao mantimento da vida – vida esvaziada e objetificada, através da exclusão da subjetividade e medicalização desenfreada.

Se nos voltarmos para a filosofia clássica, vemos que Aristóteles já nos atentou sobre a não dicotomização entre corpo e mente. No entanto, isso se perde na medida em que a classe médica fortalece as alianças com a indústria farmacêutica. Aliança essa que reinventa os conceitos de normal e patológico, no intuito de manter a dependência e a alienação dos sujeitos, instaurando o domínio sobre seus corpos. O saber depositado na figura do médico lhe cai bem, já que saber é poder. Ou seja, o saber determina o entorno e faz com que o outro, que não o possui, se submeta a ele.

Portanto, como desenvolver a empatia com o outro fragilizado, se desde a formação o sujeito tem suas próprias fragilidades refutadas? Como podemos repensar a educação, a formação pessoal e o social que nos toma? Afinal, permanecemos no raso se mantemos nossa crítica pautada na culpa, direcionando-a a um único agente. Agindo assim, reafirmamos outra dicotomização, entre o ser e o social, que é impossível, se considerarmos a dialética.




Christiana Oliveira é psicóloga e Acompanhante terapêutica. Mestranda no programa de pós-graduação de psicologia clínica - núcleo de psicanálise - da PUC-SP

Referências Bibliográficas:

¹ Medicina da USP registra 8 casos de estupro e 2 contra homossexuais, aponta MPE. Disponível em: http://jornalggn.com.br/noticia/medicina-da-usp-registra-8-casos-de-estupro-e-2-contra-homossexuais-aponta-mpe > Acesso em: 13 Nov. 2014

² Felipe Scalisa: A face oculta da medicina. Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/11/1547277-felipe-scalisa-a-face-oculta-da-medicina.shtml > Acesso em 13 Nov. 2014


³ Violência sexual, castigos físicos e preconceito na Faculdade de Medicina da USP. Disponível em http://www.brasildefato.com.br/node/30483 > Acesso em 11 Nov. 2014


ARISTÓTELES. De Anima. São Paulo: Editora 34, 2006.


FOUCAULT, Michel. O Nascimento da Clínica. 2.ed. Rio de Janeiro: Graal, 1980.


FREUD, Sigmund. (1914) Sobre o narcisismo: uma introdução. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Vol. XIV. Rio de Janeiro: Imago, 1969.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

enquanto isso... na grobobo


Altamiro Borges: Processo de Sônia Braga contra a Globo só rende notinha


Viomundo

publicado em 19 de novembro de 2014 às 10:12






Dançou

Sônia Braga processa a Globo

Por Altamiro Borges, em seu blog

A mídia funciona como a máfia. Mesmo disputando mercados na venda dos seus entorpecentes, as famiglias se protegem.

A Veja cometeu um crime escancarado, tentando interferir no resultado das eleições. A presidenta Dilma utilizou até o último programa do seu horário eleitoral para criticar a tentativa golpista.

O restante da mídia, porém, fez silêncio e blindou a famiglia Civita. Já na semana passada, uma notinha de Keila Jimenez, na Folha, informou que a atriz Sônia Braga está processando a TV Globo pelo não pagamento dos direitos autorais na retransmissão da novela “Dancin’ Days”.

A notícia, porém, simplesmente sumiu dos jornalões, das revistonas e das emissoras de rádio e tevê.

Segundo a jornalista, “a exibição de ‘Dancin’ Days’ (1978) neste ano rendeu ao canal Viva recorde de audiência, liderança na TV por assinatura e uma bela dor de cabeça.

Sônia Braga, estrela da trama de Gilberto Braga, está processando a Globo, cobrando o pagamento dos direitos autorais conexos pela reexibição da obra.

Sônia, que vive a protagonista Júlia Matos na trama, entrou com uma ação contra a emissora na 10ª Vara Cível do Rio, onde cobra, entre outras coisas, uma indenização, uma vez que a novela foi ao ar sem que a rede a procurasse para pagar pelos direitos de imagem, em valores atualizados”.

A famiglia Marinho obteve altos lucros e as estrelas da novela ficaram sem os seus direitos! Simples assim! “Na visão da atriz, que se soma a outro grupo de artistas, liderados por Antônio Fagundes, o Viva é uma canal à parte da Rede Globo e, mesmo pertencendo à Globosat, deve remunerar atores por suas exibições, com o pagamento dos direitos conexos. Quando uma novela é vendida para o exterior, por exemplo, os atores recebem da Globo entre 5% e 10% do valor pago na época da primeira exibição. Procurado, o Viva diz que licencia conteúdo da Globo e de outras produtoras nacionais e internacionais e que esses fornecedores é que são responsáveis pelo pagamento”, conclui Keila Jimenez.

O imbróglio sobre os direitos autorais poderia render várias reportagens, mas a mídia preferiu fazer silêncio, mantendo o pacto mafioso!


Leia também:

Com “fora PT”, direita resgata nas ruas o higienismo

Puxa! Ninguém encontra o juiz...


Justiça quer saber: onde está Joaquim Barbosa?


Jornal NGG

DOM, 16/11/2014

do ConJur

Justiça não consegue encontrar Joaquim Barbosa para intimá-lo

Por Pedro Canário


Está difícil encontrar o ministro Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, aposentado desde o fim de julho. Ele é réu em uma ação por danos morais desde o dia 28 de agosto, mas até esta sexta-feira (14/11) não foi localizado pelos oficiais de Justiça que tentaram intimá-lo do processo.




O ministro tem três endereços conhecidos pela 15ª Vara Cível de Brasília, onde tramita o processo. Dois em Brasília e um no Rio de Janeiro. Um dos endereços na capital federal é o apartamento funcional, que, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, ele já deveria ter desocupado, mas ainda não o fez. Tampouco foi encontrado lá para receber a intimação.

Joaquim Barbosa também não foi encontrado no endereço que forneceu à OAB para poder se registrar como advogado, um apartamento na Asa Norte.

Ao endereço no Rio de Janeiro, um apartamento no Leblon, Zona Sul da capital, foi enviada uma carta precatória no dia 10 de setembro. O documento é usado para intimações ou oitivas à distância. E ele nunca voltou a Brasília, o que indica que não foi recebido — ou que foi ignorado.

Briga com jornalista
O processo em questão é a ação ajuizada pelo jornalista Felipe Recondo depois que o ministro, irritado com um início de pergunta, o mandou “chafurdar no lixo”. Recondo era repórter do jornal O Estado de S. Paulo na época e fazia a cobertura do Supremo Tribunal Federal.

A discussão aconteceu em março de 2013. Na ocasião, Recondo interpelou o ministro na saída de uma sessão do Conselho Nacional de Justiça, órgão que também presidia. “Presidente, como o senhor está vendo...”, tentou perguntar. “Não estou vendo nada. Me deixa em paz, rapaz! Me deixa em paz! Vá chafurdar no lixo como você sempre faz!”, interrompeu o ministro.

No processo, Recondo afirma que o episódio o marcou como “antagonista” de Joaquim Barbosa, que gozava da imagem de uma espécie de herói nacional por ter sido sorteado relator da Ação Penal 470, o processo do mensalão. O repórter alegou que depois disso ele ficou marcado comopersona non grata no Supremo e passou a ser perseguido pelo ministro.

O caso tramita normalmente desde o dia 28 de agosto, quando o processo foi distribuído à 15ª Vara Cível de Brasília. Só que o ministro Joaquim Barbosa nunca constituiu advogado ou apresentou qualquer sinal de que saiba da existência do caso, amplamente noticiado pela imprensa. Agora se sabe que não foi encontrado para ser citado.

A reportagem da ConJur não conseguiu contato com o ex-presidente do STF. Pessoas próximas ao ministro contam que ele está no exterior e talvez por isso não tenha recebido as intimações. Não souberam dizer, no entanto, onde será o novo endereço do ex-comandante do Judiciário brasileiro, que, além dos três endereços nos quais já foi procurado pela Justiça, tem também um apartamento em Miami, nos Estados Unidos.

sábado, 15 de novembro de 2014

Lava Jato... Castelo de Areia... Satiagraha e cansei da manipulação seletiva da corrupção pela imprensa conservadora!


Não pode ficar
pedra sobre pedra



​E vamos ver quem põe mais gente na rua !​


Conversa Afiada








Como cidadã brasileira, que trocou seu FGTS por ações da Petrobras, e votou no Lula e na Dilma, e vai votar no Lula ainda duas vezes, exijo que a investigação sobre as empreiteiras e suas conexões com a política vá às ultimas consequências.

Já sei que na Vara do Juiz Moro vaza tudo.

Já sei que a PF de quem o Paulo Henrique chama de da Justiça tem DELEGADOS QUE FAZEM CAMPANHA ELEITORAL para o Aécio e vazam tudo para o que ele chama de PiG.

Já sei que esses vazamentos, como as delações, serão devidamente escolhidos.

Só chegará ao PiG o que atingir Lula e Dilma.

Quando bate na porta do PMDB e do PSDB se fecham as torneiras do vazamento.

Sei que a Veja e o PiG querem transformar o Moro no Eliott Ness da UDN.

Sei de tudo isso.

Mas sei também que quero que a Petrobras sobreviva intacta, poderosa e do povo brasileiro.

Porque boa parte dessa furia contra a PETROBRAS É PARA FATIA-LA E VENDE-LA NA BACIA DAS ALMAS À CHEVRON e seus aliados no PSDB e na Rede e no PSB.

Seria muito saudável se a diretoria da Petrobras ficasse fora do alcance do PMDB e do PP.

E de qualquer partido.

Como o Ministério da Guerra, da Marinha e da Defesa.

A Petrobras é uma arma de Guerra e de Defesa.

Como cidadã brasileira, quero que essas investigações todas cheguem ao fim e não fique pedra sobre pedra, doa a quem doer.

Mas, não só a Lava Jato.

Quero tambem a Castelo de Areia que está empacada no Supremo.

Quero a Satiagraha legitimada, que espera o ilustre Ministro Fux relatar a RE 680967.

Porque, se a Direita idolatra o Juiz Moro, eu admiro o Juiz Fausto Martin De Sanctis, herói perseguido da Satiagraha e da Castelo.

A Castelo de Areia foi interrompida porque esses mesmos doleiros e empreiteiros – no caso, a serviço do PSDB de São Paulo – foram apanhadas numa ligação do Disque Denuncia, depois corroborada INTEGRALMENTE por investigação adicional da Polícia Federal e do Ministério Publico.

Mas, no STJ, trancaram a Castelo por causa de uma denuncia anonima.

Como diz o Paulo Henrique, denuncia anonima serve para prender pedófilo e sequestrador, mas não serve para prender tucano de São Paulo.

E a Satiagraha ?

Trancaram por quê ?

Ninguém sabe.

Trancaram.

Duas vezes !

E os corruptores ?

Há um VÍDEO que mostra a tentativa de suborno de um agente da Polícia Federal !

E por que os corruptores estão à solta ?

Porque o Protogenes deu o vídeo ao Cesar Tralli ?

Mas, e o conteudo do vídeo ?

O que está lá dentro ?

Não vale ?

Como cidadã brasileira, cansei da corrupção.

Cansei da manipulação das denuncias de corrupção pela imprensa conservadora.

Cansei da generosidade com que o Supremo trata os corruptos e corruptores de Direita.

Cadê o mensalao dos tucanos – de Minas e de todo o Brasil ?

Ou tucano não tem Caixa Dois ?

Ou tucano não gosta de empreiteiro … hein, Cerra ?

Nao pode ficar pedra sobre pedra.

Na Petrobras !

No trensalão !

Na BrOi.

É preciso ir ao fundo, à última camada de pré-sal, ao ultimo tijolo da Abreu e Lima.

Não pode ficar pedra sobre pedra nas operaçoes da Camargo com o PSDB, flagradas na Castelo de Areia.

Não pode ficar pedra sobre pedra na corrupção desenfreada – o maior escandalo do capitalismo brasileiro ! – descrita na Satiagraha e que aguarda uma açao, mínima, protocolar, regimental do Ministro Fux …

Ou vocês acham que eu, militante de esquerda, que entrei na politica para apanhar da Policia do ACM ao defender a candidatura do Haroldo Lima, na Bahia, ou vocês acham que, se só pegarem o PT eu vou ficar quietinha em casa, assistindo ao jn ?

Eu vou pra rua !

Eu e alguns outros …

Do PCdoB e do PT !

E vamos ver quem põe mais gente na rua.



Paulo Henrique Amorim, com a colaboraçao de amiga navegante baiana que migrou do PCdo B para o PT.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

ocê qué entendê a razão do ódio? o bolso do PIG


Outros números do Bolsa PiG


Não se faz omelete com a Globo – PHA


Conversa Afiada







A partir do pitaco de Ronaldo Pacheco (via Gerador de Memes)



O passarinho pousou na janela de casa e depositou esse recado, para cotejar com os de um escândalo aqui descrito.

Notar que são números que não inibem as empresas estatais:



Para entender o mau humor do PiG com o governo Dilma é preciso entender uma mudança que atinge o órgão mais sensível dos empresários: o bolso.

(Os dados se referem ao Governo Federal, somando todos os ministérios):

VERBAS PUBLICITÁRIAS

EDITORA ABRIL
2011: R$ 24 milhões
2014: R$ 4,5 milhões

INTERNET
2011: R$ 40 milhões
2014 R$ 110 milhões

SHARE DOS GRANDES PORTAIS NA FATIA INTERNET
2011 55%
2014 45%

SHARE DA TV GLOBO NO MEIO TV
2011 50%
2014 42%

domingo, 9 de novembro de 2014

ocê sorri dessa justiça que temos... inté que precisa dela, aí ó meu, sifu!


Pizzolato: a imprensa me condenou antes do processo




Por Miguel do Rosário, postado em novembro 9th, 2014





Quando discutimos o caso Pizzolato nos blogs, já existe uma quantidade considerável de pessoas que conhecem, alguns a fundo, o seu caso. Conhecem a discussão sobre o Laudo 2828, da perícia da Polícia Federal, que inocenta o ex-diretor de marketing.

Sabem que Pizzolato não era o responsável pelo Fundo Visanet: a responsabilidade era de outros servidores. Enfim, sabem que existem dezenas de documentos, redundantes, que provam sua inocência.

As acusações contra Pizzolato nas redes, então, descambam para o lado da baixa intriga.

“Ele não era nenhum capuchinho”.

“Fugiu com os documentos do irmão morto, era uma lagartixa”.

Ora, Pizzolato fugiu, conforme ele deixa claro, na entrevista que deu ao Estadão, e reproduzida abaixo, para salvar a sua vida. E o fato de usar os documentos do irmão falecido não prejudicou ninguém. Os brasileiros que fugiam da ditadura, por consideraram, como Pizzolato, que não seriam tratados com justiça pelo Estado brasileiro, falsificavam documentos para saírem do país.

Pizzolato não falsificou documento. Optou pela saída mais fácil. Usou documentos do irmão. Ela era o condenado que tinha mais documentos provando sua inocência, e, por isso mesmo, é o que corria o maior risco, porque o seu caso é o que pode, efetivamente, derrubar o pilar central da Ação Penal 470: o desvio do Fundo Visanet.

No dia em que a Justiça brasileira admitir o seu erro em relação a Pizzolato, a AP 470 implode e terá de ser anulada. Isso não quer dizer que o PT é santo, ou que não tenham havido crimes ou irregularidades nas campanhas de 2002 e 2004. Agora, num debate penal sério não se condena ninguém a 12 anos de prisão porque fulano “não era nenhum capuchinho”.

O mensalão existiu, sim. Foi caixa 2 do PT.

O partido deveria ter sido investigado e punido, e o Brasil poderia ter iniciado, há anos, um debate sobre o financiamento de campanha eleitoral.

A triangulação entre Marcos Valério, Daniel Dantas e PT deveria ter sido investigada. Mas isso levaria, facilmente, à relação entre os dois primeiros e o PSDB nas campanhas eleitorais anteriores. Era preciso, portanto, não considerar o mensalão como caixa 2, porque isso criaria um debate que não interessava nem à oposição, nem à mídia.

Daí criaram um monstro, uma Ação Penal montada em teorias fantásticas, que resultaram em condenações desconectadas da produção de provas, a ponto de uma ministra do STF afirmar que estava condenando um réu mesmo sem provas, porque “a literatura assim o permitia”. Voltemos à entrevista de Pizzolato ao Estadão.

Observe que o Estadão põe um título que não tem nada a ver com o teor da entrevista, cujo ponto principal é a argumentação com que Pizzolato defende sua inocência. O Estadão faz isso como que para disfarçar o seu conteúdo. Da mesma forma, o jornalista não se estende em perguntas sobre os pontos mais interessantes, sobre as provas e documentos que, segundo Pizzolato, desmontam as teses de acusação. Vê-se que o petista está disposto a conversar, a seguir adiante com sua argumentação.

À imprensa brasileira, contudo, não interessa verdade. O mensalão é um factóide político que deverá ser mantido vivo por muito tempo, mesmo respirando por aparelhos, porque ele gera dividendos para a oposição. Pizzolato lembra que nenhuma das auditorias realizadas pelo BB detectou o desvio de um centavo do Fundo Visanet. A própria Visanet, uma empresa privada, não detectou o desvio.

Tanto é que o BB e Visanet nunca entraram na justiça pedindo a devolução do dinheiro. O dinheiro foi aplicado em campanhas publicitárias. R$ 5,5 milhões foram para a Globo. O Globo até tentou forçar a barra, dando manchete, há alguns meses, dizendo que o BB iria cobrar. Era mentira. O BB jamais cobrou porque os documentos todos apontam para a regularidade do processo.

O sistema do BB, como de todo grande banco moderno, e sobretudo de um banco público, é cheio de travas internas. Imaginar que um servidor pode desviar, sozinho, R$ 74 milhões, é um delírio que somente o ambiente delirante da Ação Penal 470 poderia criar.



Abaixo, um trecho da entrevista:


Estado – O sr. se sente uma vítima? Pizzolato: Da má Justiça do Brasil.

A liberdade de imprensa não se pode confundir com a liberdade de calúnia. Depois, com isso, fizeram um processo. Antes de o processo começar, a imprensa já tinha me condenado. E não era algo simples. Me lincharam em praça pública ao ponto de que eu não poderia me mover. Minha família estava sendo molestada. Não leram os documentos. A Folha, O Estadão, a Globo. Todos tinham os recibos do processo.

Uma auditoria foi realizada e tudo foi usada em marketing. Não era um banco pequeno. Era o maior da América Latina e com todos os controles. Eu não tinha autonomia para mover um centavo. Tudo era feito com computadores. Mas fizeram uma história. Todas as contas foram aprovadas e não por uma pessoa ou duas. Mas pela auditoria interna, externa, o tribunal de contas, a Bolsa de Valores e ainda com ações em Nova Iorque. Ninguém encontrou que faltava algo.


Estado – O Mensalão então não existe?

Pizzolato: Com o dinheiro do Banco do Brasil não faltou um só centavo. Era impossível que alguém pegasse o dinheiro. Trabalharam com a fantasia popular. Era como se alguém pudesse sair de um banco com uma mala de dinheiro. Os bancos não trabalham mais assim. Agora, para cobrir a outras pessoas, fizeram uma história para fazer oposição. Se você quer fazer política, faça com propostas. Me crucificaram.

*


Abaixo, a íntegra:


Entrevista: Henrique Pizzolato Ex-diretor cuja extradição foi negada busca documentos italianos que tem direito por ter dupla cidadania

‘A política sempre foi suja’

Por Andrea Bonatti e Jamil Chade, no Estadão.

08 Novembro 2014 | 16h 23 Itália-

Henrique Pizzolato reapareceu em público neste sábado, 8, ao ir à delegacia de La Spezia buscar documentos apreendidos em fevereiro. Desde que teve a extradição negada pela Itália no mês passado, sob alegação de que o Brasil não oferece condições de segurança para o cumprimento da pena de 12 anos e 7 meses a que ele foi condenado no julgamento do mensalão, o ex-diretor do Banco do Brasil tem os mesmos direitos de um italiano livre.

Pizzolato responde em liberdade por falsidade ideológica – ao ser abordado na casa de um sobrinho em Maranello, quatro meses após fugir do Brasil, o ex-diretor mostrou um passaporte em nome do irmão, morto há mais de três décadas.

A Polícia Federal brasileira também o indiciou por falsidade. La Spezia foi o primeiro refúgio do ex-diretor na Itália. Depois de esperar o horário de almoço dos carabinieri, recuperou seus documentos. Diante do prédio, Pizzolato disse que não falaria com jornalistas brasileiros. O repórter o informou que estava a serviço do Estado.

Por 30 minutos, Pizzolato reiterou sua inocência e disse que o mensalão foi “criado” para minar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“A política é suja.”

Estado – O sr. viveu um momento duro?

Pizzolato: Não. Na verdade, vivi melhor que no tempo que estava no Brasil. No Brasil, eu não poderia sair do meu apartamento. As pessoas me agrediam, me molestavam. As pessoas, quando eu passava pela calçada, me agrediam.

Estado – Hoje, o sr. é livre.

Pizzolato: Sempre fui um homem livre. Não fiz mal algum. Temos todas as provas no processo. Não foi um processo pela Justiça. A política é suja e sempre foi assim. Isso é triste. Eles acham que podem fazer o que querem com as pessoas. Não se pode prender uma pessoa, destruir uma família para ter mais poder.

Estado – O sr. se sente uma vítima?

Pizzolato: Da má Justiça do Brasil. A liberdade de imprensa não se pode confundir com a liberdade de calúnia. Depois, com isso, fizeram um processo. Antes de o processo começar, a imprensa já tinha me condenado. E não era algo simples. Me lincharam em praça pública ao ponto de que eu não poderia me mover. Minha família estava sendo molestada. Não leram os documentos. A Folha, O Estadão, a Globo. Todos tinham os recibos do processo. Uma auditoria foi realizada e tudo foi usada em marketing. Não era um banco pequeno.

Era o maior da América Latina e com todos os controles. Eu não tinha autonomia para mover um centavo. Tudo era feito com computadores. Mas fizeram uma história. Todas as contas foram aprovadas e não por uma pessoa ou duas. Mas pela auditoria interna, externa, o tribunal de contas, a Bolsa de Valores e ainda com ações em Nova Iorque. Ninguém encontrou que faltava algo.


Estado – O Mensalão então não existe?

Pizzolato: Com o dinheiro do Banco do Brasil não faltou um só centavo. Era impossível que alguém pegasse o dinheiro. Trabalharam com a fantasia popular. Era como se alguém pudesse sair de um banco com uma mala de dinheiro. Os bancos não trabalham mais assim. Agora, para cobrir a outras pessoas, fizeram uma história para fazer oposição. Se você quer fazer política, faça com propostas. Me crucificaram.

Estado – De quem então é a responsabilidade?

Pizzolato: Da oposição. O que eles queriam? Tomar o poder. Não estavam satisfeitos que um trabalhador, como Lula, estivesse no poder. Há 500 anos o comando do Brasil mudava de mãos entre as elites. Agora, viram chegar à Lula.

Estado – Alguns dizem que o Brasil apresentou documentos fracos justamente para evitar sua extradição.

Pizzolato: Eu não sei. O problema no Brasil é que o processo está errado. 

Estado – O sr. temia por sua vida nas prisões brasileiras?

Pizzolato: Todos dizem isso. A ONU diz isso e até os ministros. A entidade Conectas e a Anistia também defendem isso. As prisões são medievais. As pessoas são tratados como animais.

Estado – Do que o sr. vive hoje na Itália?

Pizzolato: Eu sou aposentado. Trabalhei mais de 30 anos. Sempre tive uma previdência privada. Desde o primeiro dia que trabalhei, paguei minha pensão. Há 20 anos eu já vinha na Itália para falar sobre a previdência, na Holanda, na Suíça. Por 32 anos paguei minha pensão

Estado – O que o sr. pensou ao saber que Dilma Rousseff tinha sido reeleita?

Pizzolato: Eu não estava sabendo. Eu não poderia seguir a eleição. Eu não assistia muito à televisão. Eu sabia que estávamos na época de eleição. Mas não sabia o dia. O Brasil, de pouco à pouco, andará adiante.

Estado – Como ocorreu sua fuga? Cruzando a fronteira?

Pizzolato: Ali tudo foi uma fantasia. As pessoas precisam da fantasia. Talvez, um dia, uma parte da imprensa vai entender que a calúnia não faz parte da liberdade de imprensa. A imprensa precisa trazer informações, e não ficção. Se alguém quer fazer um romance, avise que é um autor de ficção. Eu sou feliz, realizado. Não perco uma noite só de sono. Eu sabia que era inocente. Tínhamos todos os documentos. Mas eu não achava que se poderia tomar uma decisão sem documentos. Primeiro, fizeram a historia e depois colocaram os personagens. Em 2007, o juiz (Joaquim Barbosa) disse para a imprensa que ele fazia a história primeiro para que as pessoas entendessem. Existem 3 mil páginas de recibos originais. Está tudo ali. Mas, se você é fraco, te metem ali. Leia Kafka. E como você faz?

Estado – Mas por que o sr. fugiu?

Pizzolato: Para me salvar.

Estado – Mas como isso ocorreu de forma concreta?

Pizzolato: Como fizeram os italianos para fugir dos nazistas? Era a guerra. Era a sobrevivência. Eu não prejudiquei ninguém. Eu encontrei uma maneira de proteger a minha vida. Jamais trairei o princípio que meu pai e meu avô me ensinaram. A Justiça tarda, mas vem. A todos que me atacaram, a Justiça se fará sentir. Talvez não no tempo que eu queira. Mas a história escreverá (a Justiça). Não tenho vocação de ser herói. Mas apenas de fazer Justiça. Sempre estive ao lado dos mais fracos.

sábado, 8 de novembro de 2014

“sic transit gloria mundi”


Desembargadora que criticou Dilma defendia Bolsa-Família. Família dela, no Tribunal



8 de novembro de 2014 | 17:02 
Autor: Fernando Brito







O Judiciário brasileiro é um espanto.

Depois do juiz da carteirada, agora surge a desembargadora da árvore genealógica.

Justamente a Excelentíssima Doutora Elizabeth Carvalho, presidenta do TRE de Alagoas, aquela que despiu a toga e foi às redes sociais se dizer decepcionada com “as pessoas esclarecidas” que “esqueceram de si mesmas e dos seus filhos e dos seus irmãos” e votaram em Dilma Rousseff.

A ínclita magistrada, fico sabendo pelo Twitter, não esquece de si mesma, dos seus filhos, dos seus irmãos e nem dos cunhados e primos.

Em 2006, quando finalmente o Judiciário proibiu o nepotismo, a Doutora Elizabeth lamentou pelos DEZ parentes que empregava no Tribunal de Justiça das Alagoas.

“”Eu tenho dez pessoas nessa situação. Então vou tirar pessoas da minha família, que são pessoas da minha confiança e colocarei pessoas amigas, mas que sejam dignas e honestas porque, evidentemente, que inimigo é que eu não vou colocar”, disse ela a Globo.com, àquela altura.

Eu, francamente, não estou decepcionado, não sei porque…

A “divindade” judicial, como foi evidente na condenação da agente que foi condenada por dizer que um deles “não era Deus” ao ser parado numa blitz, parece ser um fenômeno se não generalizado, ao menos bem frequente.

O exemplo, infelizmente, veio de cima.

Em lugar do magistrado austero, silencioso e recatado, desde a atuação de figuras como Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa no Supremo, grosseria, espalhafato e prepotência passaram a ser glorificados como sinais de poder para os juízes pela mídia.

Em lugar de reputações sólidas, contruídas com trajetórias de coerência, discrição e saber jurídico, há muitos procurando seus quinze minutos de fama.

Talvez porque não tenham aprendido, apesar dos latinismos que usam, o que é “sic transit gloria mundi”.

E a Bolsa PIG? o carapááálida não vai reclamá? (dinheiro mole pra desinformá e deformá!)


Escândalo: os números
do Bolsa PiG! Só FHC!


A SECOM conseguiu aumentar em 64% a inserção numa midia decadente.


Conversa Afiada






Generoso e revoltado amigo navegante emprestou a publicação “A mídia publica no Brasil, 2014”, editado pelo Grupo de Mídia, Brasília.

É um escândalo.

Nem o FHC seria tão gentil com a tevê aberta (quem ?).

(Como se sabe – leia em “Presidenta costeia o alambrado “ – a Globo fica com 80% da publicidade brasileira na tevê aberta, o que lhe dá o direito de, com o detrito sólido de maré baixa, tentar o Golpe no sábado antes da eleição no segundo turno.)

Vamos aos números, porque eles, por si, contam a história de como os governos trabalhistas bancam o PiG.


TOTAL DO GOVERNO FEDERAL

Poder Executivo


2004 – R$ 1,5 bi
2011 – R$ 1,9
2012 – R$ 2,2
2013 – R$ 2,3

Aumento entre 2004 e 2013, 53%


Investimento do Governo Federal em mídia (“política” da SECOM de um Dr Messias – PHA)

TV aberta

2004 – R$ 853 milhões (60% de toda a verba)

2009 – 1,4 bi

2012 – 1,4 bi

2013 – 1,5 bi (64%, ou seja, a SECOM do Dr Messias aumentou o investimento numa midia que CAIU entre 2004 2 2013 !!! – PHA)

Jornal

20014 – R$ 187 milhões (13% de toda a verba)

2013 – R$ 162 milhões (7%, o que explica a situação fulgurante da Fel-lha, do Estado comatoso e do Globo –PHA)

Radio

2004 – R$ 150 milhões ( 10%)

2013 – R$ 176 milhões (7,6%, o que explica o comportamento isento e imparcial da CBN, Band e Jovem Pan –PHA)

Revista

2004 – R$ 147 milhões (10%)

2013 – R$ 147 milhões (6,6% o que explica por que ninguém quer comprar o detrito sólido; nem de graça, o Waldir Macedo quer – PHA)

Internet

2004 – R$ 19 milhões

2009 – R$ 79 milhões

2013 – R$ 139 milhões (6% e, mesmo assim, o Dr Messias da SECOM inclui aí os investimentos no Google, esse gigante da internet genuinamente brasileira – PHA)

Vamos agora às empresas estatais e sua política de mídia, que tem de ser aprovada pela SECOM do Dr Messias:

Petrobras:

TV aberta – 67%

Caixa

TV aberta – 70%

Banco do Brasil

TV aberta – 58%

Correios

TV aberta – 54%

Investimentos em mídia das estatais:

TV aberta – 64%

TV fechada – 7%

Internet – 4%

jornal – 6%

rádio – 5%

revista – 7%

Precisa desenhar, Dr Messias ?

Não se faz omelete com a Globo, Dr Messias …


Paulo Henrique Amorim



Leia mais:

BOLSA PIG: DINHEIRO MOLE, NÃO?

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

aos amigos e amigas que ajudaram a parir o monstro...


A extrema-direita veio para ficar?




7 de novembro de 2014 | 10:56 
Autor: Fernando Brito






Lamento dizer aos meus leitores e leitoras que sim.

E lamento dizer aos meus amigos que partilham das ideias de liberdade e participação popular que, sim, involuntaria (mas infantilmente) ajudaram a parir um monstro, quando apostaram na negação do que é tão essencial quanto a liberdade: o respeito à liberdade alheia.

Ajudaram apenas, porque no DNA do monstro está a visão excludente e intransigente da elite brasileira, que se aloja no útero da ignorância.

Recebi, ontem, pelo Facebook, uma reportagem do Zero Hora, feita a partir de um estudo da antropóloga Adriana Dias, da Unicamp, mostrando que houve um crescimento de quase 170% no número de páginas virtuais com conteúdo neonazista em português, espanhol ou inglês entre 2002 e 2009 — de 7,6 mil para 20,5 mil.

Seria interessante que a estudiosa antropóloga atualizasse estes números.

Talvez muita gente se assustasse.

E tentasse entender, a partir daí, como a polêmica, em lugar da confrontação, é o aprofundamento da democracia e do humanismo.

Estamos diante de um evidente aumento da intolerância em nosso país.

Em grande parte, porque aceitamos que, em nome da liberdade, tudo seja admissível.

E não é, quando fere o direito alheio.

Ninguém tem o direito de pedir que me tirem, ou a você, o direito de voto, pedindo uma ditadura.

Ninguém tem o direito de ir armado a manifestações, porque isso viola a Constituição, expressamente.

Ninguém tem o direito de propor a morte dos nordestinos ou a sua “castração química”.

A sociedade, pelo governo que institui pelo voto, tem o dever de combater estas deformações em seu organismo.

Normalmente, isso se faria pela reação sadia de seus próprios instrumentos: a imprensa, a escola, a universidade.

Aqui, porém, considera-se democrático chamar linchamentos de “compreensíveis”.

É “charmoso” ter gente vociferando em redes de televisão.

As camisetas e os tacos de beisebol da foto, vendidas livremente no Brasil, não são um problema para a democracia.

Nem mesmo os que as usam são um problema grave, porque gente assim sempre viveu na sombra, como pequenos grupos de desajustados que, se não perserguirem ou ferirem alguém, podem babar à vontade sua monstruosidade.

O problema é quando a maioria, que elegeu governo em nome de todos, é levada pela mídia – sob pena de emparedar-se – a acovardar-se diante destas ideias-monstro.

Quando as instituições passam a se omitir, para não serem acusadas de “bolivarianismo” por pretenderem o cumprimento da lei.

Quando a selvageria autoritária, invocando uma “ditadura” que jamais existiu, no clima de absoluta liberdade que há no Brasil, se volta contra a própria democracia.

Mas é grave, sobretudo, quando se quer obrigar as ideias que triunfaram pelo voto a serem trocadas pelas derrotadas.

Porque isso, mais do que qualquer imbecil skinhead ou coxinha saudoso dos militares, é que atenta contra a democracia.

Eles estão por aí e não vão sumir, depois de terem se multiplicado na atmosfera podre na qual a mídia os fez proliferar.

E ficando mudos não os vamos reduzir ao quisto que sempre foram e, queira Deus, voltarão a ser.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

com todo o respeito aos bois e as vacas!


O "bovino" Mainardi pede desculpa




Por Altamiro Borges



O arrogante Diogo Mainardi pediu desculpas. Após tratar o nordestino que votou em Dilma Rousseff de “bovino”, “atrasado” e “subalterno”, durante o programa Manhattan Connection, da Rede Globo, ele foi alvo de críticas nas redes sociais e de repulsa até no Congresso Nacional. O jogador Hulk, da seleção brasileira e do Zenit da Rússia, chegou a postar mensagem chutando o preconceito contra os nordestinos. Já o deputado Silvio Costa (PSC-PE) exigiu sua retratação e solicitou uma audiência na Câmara. Temendo as consequências de sua postura fascistóide, o “calunista” global novamente fugiu da briga. Sua covardia já virou rotina e ninguém mais acredita no bravateiro, “auto-exilado” em Veneza.

No último domingo (2), o comentarista da GloboNews fez sua “autocrítica” para o craque brasileiro, mas manteve sua visão preconceituosa. “Peço desculpas ao Hulk e a todos que se sentiram ofendidos. Minha intenção era ofender a mixórdia petista que usou e abusou dos programas sociais do governo para rebanhar votos nas regiões mais pobres do país, em especial no Norte e no Nordeste... Sei que o termo bovino ofendeu muita gente, peço mais uma vez desculpas, mas gostaria de esclarecer que há décadas e décadas nós usamos os termos curral eleitoral e voto de cabresto para designar compra de votos. Imaginar um nordestino num curral ou um nordestino com cabresto não é diferente de bovino”.

Mainardi e outros “bovinos” da tevê brasileira até agora não aceitam a reeleição de Dilma Rousseff. Eles não toleram a democracia. Se dependesse deles, o Brasil não teria abolido a escravatura e os pobres até hoje não teriam direito ao voto – que seria um privilégio apenas dos ricaços. Mainardi e outros “bovinos” da mídia agora pregam o impeachment da presidenta e até falam em “intervenção militar”. Estas atitudes golpistas, porém, esbarram na repulsa da sociedade. Mainardi foi escrachado pelo jogador Hulk e por milhares de ativistas digitais. A mesa diretora da Câmara dos Deputados foi acionada para exigir explicações do bravateiro e da própria Rede Globo. Não dá para vacilar diante destes "bovinos" - com todo o respeito aos bois e as vacas!

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o esquecimento da informação e a desinformação cínica dos jornalôes e... em SP!


Com sol ou chuva, em SP falta verdade ao governo e humanidade aos jornais


4 de novembro de 2014 | 07:31 
Autor: Fernando Brito






No dia 31 de outubro, de manhã ainda, este blog comemorava a chegada das chuvas a São Paulo, até sob a desconfiança de alguns de seus leitores que, por lá, ainda sofriam com o calor e com o tempo seco.

E elas foram chegando, chegando, até desabarem com força, ontem, sobre uma cidade que está sofrendo todos os dias a escassez que ela traz.

Agora cedo, o dia clareando, fui procurar nos jornais de São Paulo a alegria das pessoas com a água que desabou como um presente do céu.

E, claro, também algum estrago que, vindo com esta força, ela possa ter causado.

Estes, até que não foram grandes para o volume de água. E estão fartamente descritos nos jornais.

Mas quanto ao bem que isso fez, nada, nem informação, nem emoção.

Só num jornal do Rio e no site da empresa de meteorologia Climatempo é possível saber que no trecho mais crítico do Sistema Cantareira, choveu ontem, até as 19:30, 59,2 milímetros, o que faz que os três primeiros dias de novembro tenham tido quase o mesmo de chuva que dois meses inteiros – setembro e outubro.

Se eles sabem, porque os grandes jornais de São Paulo não sabem?

Porque neles, há apenas uma burocrática afirmação de que “somente hoje (terça) será possível saber o impacto sobre os reservatórios”.

Burocrática e burra, porque qualquer técnico em hidrologia da Sabesp, se ouvido, poderia dizer que foi enorme. Aliás, que está sendo enorme, porque as águas continuam fluindo em volume muitíssimo superior àquele que se teve no outubro mais seco da história e assim permanecerão por muitos dias, além dos 10 em que, uns dias mais outros menos, continuará chovendo na região dos reservatórios.

Nem é preciso sair alguém na chuva, de lanterna, para ver a marca nas réguas de medição: há uma extensa rede de monitoramento remoto e em tempo real da vazão dos rios.

Claro que eu não posso, a centenas de quilômetros de São Paulo, dizer se forma três, quatro ou cinco bilhões de litros (quem sabe, mais? Tomara!) que fluíram para o Cantareira, ontem, porque a vazão se calcula com precisão na média de fluxo durante 24 horas. E vai ser alta, bem alta.

Mas seja qual tenha sido o volume, terá sido enorme em relação aos apenas 11,5 bilhões de litros com que o dia de ontem amanheceu nos reservatórios secos do sistema.

E, ao mesmo tempo, pequena, ainda muito pouco frente aos 700 ou 800 bilhões de litros a mais que se deveria ter acumulados ali, a esta época, em condições normais.

Nem números, nem sentimentos, porque não acho nas páginas da imprensa paulista as reações de alívio daqueles que estão penando com as torneiras secas, os baldes, a alteração em seus cotidianos já infernizados pela grande metrópole e seus outros problemas.

Os jornalistas, parece que esquecemos que a finalidade do nosso trabalho é informar sobre os fatos e mostrar seu impacto sobre a vida humana.

Passamos a reproduzir, apenas, o que dizem os outros, sem qualquer capacidade própria de análise. E análise da situação da água em São Paulo é algo em que as redações da grande imprensa em São Paulo deveriam ter acumulado experiência suficiente para fazer quase que automaticamente, a esta altura, depois de meses de falta d’água.

É por isso que reproduzem, sem questionamentos, a previsível fala de Geraldo Alckmin, vangloriando-se:

“Sempre colocamos que o período pior já vinha passando, que a cada dia estaríamos mais perto do período chuvoso. Nós ultrapassamos o inverno, já estamos no meio da primavera. As chuvas estão chegando e com uma boa reserva”.

Boa reserva? O nível dos reservatórios está 14 ou 15%, agora, abaixo do seu “zero” normal (sem bombeamento), as represas transformadas em lodaçais e as pessoas sem água durante dez, doze horas por dia – às vezes por dias a fio – e o governador diz isso, sem que haja uma observação sequer de qualquer pessoa da área que dirá o contrário, que as restrições ao consumo vão continuar verão adentro e o risco de colapso total do sistema permanece altíssimo e preocupante?

Novamente este blog advertiu, dias atrás, que viriam estas declarações semelhantes aos comerciais de quinquilharias na tevê: “seus problemas acabaram”.

A seca de jornalismo na imprensa paulista e de responsabilidade em seu governo continuam, cada vez mais graves.

Mesmo debaixo de um temporal.

PS. Tem gente que se iguala à turma do “quanto pior melhor” que torce pela seca em São Paulo. Aqui a gente fala do risco irresponsável que se corre de ter um desastre. E fala com preocupação, porque há gente lá sofrendo com isso. Milhões de pessoas, meu próprio filho entre elas. E torce para que a Natureza dê aos paulistas a água que seus governantes não souberam guardar.

PS2. Com os dados de vazão, vê-se que foi o primeiro dia, em muitos, que o nível do Cantareira não caiu, o que significa que entraram mais de 1,7 bilhão de litros, que foi a quantidade que saiu para o abastecimento e um pequeno saldo, de uns 400 milhões de litros, que não chega a alterar a estatística.O número, hoje, será melhor e seguirá assim nos próximos dias. Isso dá para ver como estamos longe de poder dizer que “seus problemas acabaram”, como faz o governo paulista.

domingo, 2 de novembro de 2014

A desmemória cínica e a informação deformada ou esquecida... esses golpistas!


A história do doleiro que a mídia não contou




Por Miguel do Rosário






A mídia escondeu a verdeira história do doleiro.

Alberto Youssef foi condenado em 2004, pelo mesmo juiz Sergio Moro, do Paraná, por corrupção.

Segundo a Ação Penal movida contra Youssef, ele obteve um empréstimo de US$ 1,5 milhão, em 1998, numa agência do Banestado, banco público do Paraná, nas Ilhas Cayman.

No processo de delação premiada da época, Youssef confessou que internou o dinheiro no Brasil de forma ilegal, ao invés de fazê-lo via Banco Central.

Mas negou que tenha pago propina a um executivo do Banestado. Segundo o doleiro, a condição imposta para o Banestado liberar o dinheiro para sua empresa, a Jabur Toyopar, era fazer uma doação para a campanha de Jaime Lerner, do então PFL (hoje DEM), aliado do PSDB, para o governo do Paraná.

Doação “não-contabilizada”. Caixa 2.

A mídia nunca deu destaque a essa informação.

Alberto Youssef operava para tucanos e demos do Paraná desde a primeira eleição de Jaime Lerner, em 1994. Assim como operou também para FHC e Serra em 1994 e 1998.

O Banestado, um dos bancos mais sólidos do sistema financeiro do país, foi saqueado pelos tucanos na década de 90. Após devastarem as finanças da instituição, o PSDB, que governava o país, iniciou um processo de privatização cheio de fraudes.

O Banestado foi então vendido para o Itaú, pela bagatela de R$ 1,6 bilhão.

Existem acusações de que a privatização do Banestado gerou prejuízo de R$ 42 bilhões aos cofres públicos.

Mas tucanos podem tudo.

Depois de tanta roubalheira, o único condenado foi o mordomo, o doleiro Alberto Youssef, um homem de origem simples que ficou milionário operando para a elite tucana.

Mas a elite tucana é magnânima, e o juiz Sérgio Moro absolve o doleiro após um ridículo acordo de delação premiada, que não resultou em nada.

Este é o Sérgio Moro que a mídia chama de “duro”.

Em agosto deste ano, Youssef é preso outra vez e Moro cancela o acordo anterior de delação premiada do doleiro.

O juiz e a elite tucana tinham outros planos para o doleiro. Ele poderia ser útil numa operação midiática para derrotar Dilma nas eleições de 2014.

O advogado do doleiro, Antônio Augusto Figueiredo Basto, tem profundas conexões com o PSDB. Foi membro do conselho da Sanepar, estatal paranaese que cuida do saneamento do estado, e foi também advogado de doleiros tucanos envolvidos no trensalão.

Os escândalos de corrupção no PSDB paranaense envolvem mais nomes. Em 2001, a Procuradoria de Maringá acusou o prefeito tucano Jairo Gioanoto de desvios superiores a R$ 100 milhões, feitos durante o período de 1997 a 2000. Em valores atualizados, esse montante aproxima-se de R$ 1 bilhão.

E quem aparece nesse escândalo, mais uma vez?

Ele mesmo: Alberto Youssef.

Trecho de matéria publicada na Folha, em 4 de março de 2001:

“Um dos nomes sob investigação, o ex-secretário da Fazenda de Maringá, Luís Antônio Paolicchi, apontado como pivô do esquema de corrupção, afirmou, em depoimento à Justiça, que as campanhas de políticos do Paraná, como o governador Jaime Lerner (PFL) e o senador Álvaro Dias (PSDB), foram beneficiadas com dinheiro desviado dos cofres públicos, em operações que teriam sido comandadas pelo ex-prefeito Gianoto.

A campanha em questão foi a de 1998. “A pessoa que coordenava (o comitê de Lerner em Maringá) era o senhor João Carvalho (Pinto, atual chefe do Núcleo Regional da Secretaria Estadual de Agricultura), que sempre vinha ao meu gabinete e pegava recursos, em dinheiro”, afirmou Paolicchi, que não revelou quanto teria destinado à campanha do governador -o qual não saberia diretamente do esquema, segundo ele.

Quanto a Dias, o ex-secretário disse que Gianoto determinou o pagamento, “com recursos da prefeitura”, do fretamento de um jatinho do doleiro Alberto Youssef, que teria sido usado pelo senador durante a campanha.

“O prefeito (Gianoto) chamou o Alberto Youssef e pediu para deixar um avião à disposição do senador. E depois, quando acabou a campanha, eu até levei um susto quando veio a conta para pagar. (…) Eu me lembro que paguei, pelo táxi aéreo, duzentos e tantos mil reais na época”, afirmou.”

Todas as histórias que envolvem o doleiro Alberto Youssef e seus advogados desembocam em escândalos tucanos: Banestado, caixa 2 de campanhas demotucanas na década de 90, desvios em Maringá, trensalão.

Todavia, na última hora, os tucanos e a mídia levaram um susto.

Houve uma fissura na conspirata para prejudicar Dilma, quando apareceu um dos “testas de ferro” do doleiro, o senhor Leonardo Meirelles.

Em depoimento à Justiça, Meirelles acusou Youssef de operar para o PSDB, e de ter como “padrinho” um político de oposição do estado do Paraná, praticando nomeando Álvaro Dias (e confirmando o depoimento do secretário da fazenda de Maringá, citado acima).

Assim que a informação do testa de ferro de Youssef veio à tôna, o advogado do doleiro, Antônio Augusto Figueiredo Basto, iniciou uma operação midiática desesperada para negar que seu cliente tivesse operado para o PSDB. A mídia seguiu-lhe os passos, tentando neutralizar uma informação que poderia atrapalhar os planos de usar o doleiro para derrotar Dilma.

Em segundos, todos os jornais deram um destaque desmedido à “negativa” de Youssef de ter operado para o PSDB.

Só que não tem sentido.

A própria defesa do doleiro, em suas argumentações contra a condenação imposta por Sérgio Moro, pela Ação Penal de 2004, extinta e retomada agora, diz que os US$ 1,5 milhão que ele internou no país em 1998 foram destinados à campanha de Jaime Lerner, candidato demotucano ao governo do Paraná.

Como assim ele não operou para o PSDB?

Youssef operou a vida inteira para o PSDB! Era a sua especialidade!

Tentar pregar uma estrelinha do PT no peito do doleiro não vai colar.

Alberto Youssef é um produto 100% tucano.