domingo, 29 de maio de 2011

as intrigas dos arredores

Nunca Dantes foi tratar do PMDB.
O partido da “m”. E, não, do Palocci


O Panteão da Moral: Wellington, Alves e Cunha. O Temer é o pai de todos

A leitura dos jornais do fim de semana levou o ansioso blogueiro a ligar para o Tirésias.

A perplexidade do blogueiro começou com o que disse Jorge Bastos Moreno, na pág. 3 do Globo, de sábado, que reproduz edificante diálogo entre o presidente do PMDB, Michel Temer (*), e o Tony Palocci, aquele que não mostra a lista de fregueses nem ao Procurador Geral da República.

- Você acha que eu vou brigar por um ministério de m… ?, perguntou Temer ao Tony.

(O Moreno e o Globo escrevem por inteiro a palavra “m…”, o que dá uma ideia do ponto a que chegou o PiG (**), em busca da sobrevivência.)

Temer, o vice que pensa ser co-presidente, se referia ao Ministério da Agricultura.

(O Brasil é a maior potência agrícola do  mundo.

É o único país do  mundo que, sozinho, pode alimentar o mundo – se os verdentreguistas deixarem, por exemplo, Mato Grosso trabalhar.

Por que será, amigo navegante, que o Ministério da Agricultura é um ministério de “m…” ?

Por que será que o PMDB prefere Furnas ?

A Funasa ?

O Ministério das Comunicações ?

Será que o Ciro Gomes sabe a resposta a essas terríveis perguntas ?)

Temer dialogava com o empresário imobiliário feito chefe da Casa Civil, Tony Palocci.

O motivo da altercação era a ameaça de o PMDB de não votar o Código Florestal.

Não porque o PMDB tenha posições filosóficas inegociáveis sobre as áreas de proteção ambiental.

O PMDB prefere as áreas que protegem outros ambientes, mais escuros.

O PMDB ameaçou votar contra o Governo porque sempre quer Furnas !

A Funasa !

Por que será, Ciro ?

E não um  ministeriozinho de “m…”

A sorte do empresário imobiliário Tony Palocci foi levantar o tom da conversa com o presidente do PMDB.

Aí, deu-se o furdunço.

A presidenta ameaçou demitir os ministros do PMDB.

E o Nunca Dantes foi a Brasília.

Para salvar a “governabilidade”.

Foi aí que o ansioso blogueiro resolveu telefonar ao profeta Tirésias, recolhido às montanhas de Minas, à espera de Édipo.

- Profeta, o que o Lula foi fazer em Brasília ?

- Apartar o Temer da Dilma.

- Apartar ?

- É, porque a presidenta ia para a jugular.

- Mas, Tirésias, a presidenta não está doente ?

- Doente de ódio …

- Ódio de quem ?

- Do Temer e daquele outro guardião da Moral, aquele dono de uma emissora de tevê no Rio Grande do Norte, como é que ele se chama, mesmo ?

- O Henrique Alves. É, Tirésias, caro amigo, mas você se esquece dos outros guardiães da Moral PMDBista.

- Não, eu sei. Tem ainda o Welllington …

- O Moreira Franco, que até hoje não despachou sozinho com a Presidenta …

- Sim, ele, que é um campeão de votos em Niterói. E mais o Eduardo Cunha.

- O herói da batalha de Furnas.

- Não é ele quem tem processa ?

- Sim, ele e mais 36.

- Então, o Lula foi lá acalmar o PMDB.

- Como é que se acalma o PMDB ?, Tirésias ?

- Tem que perguntar ao Ciro…

- Já sei.

- Mas, o Nunca Dantes não foi lá para salvar a pele do Palocci, Tirésias ?

- Não, meu filho. O Palocci está insalvável, diria o Magri.

- Como assim ?

- A Dilma vai botar ele na geladeira, esperar o PMDB recolher a coragem e, depois, manda o Palocci de volta para Ribeirão

- Ribeirão, não,Tirésias.

- Para onde, então ?

- Você sabe, amigo profeta, no Conversa Afiada a gente não usa certas expressões que o Globo e a Folha (***) costumam usar na primeira página.  Depois te falo pessoalmente.

Pano rápido.


Paulo Henrique Amorim



(*) Uma determinada repórter de Brasilia tem uma descrição pormenorizada da evolução patrimonial da notável carreira política de Michel Temer. Uma reportagem sobre isso seria muito útil à consolidação da Moral e dos Costumes da República.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(***) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

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