quinta-feira, 24 de novembro de 2011

os vereadores estão mais tranquilos


CPI sobre Instituto Ronaldinho depende de mais uma assinatura




Com o apoio do vereador Tarciso Flecha Negra (PSD, segundo da dir para esq), o pedido de CPI passou a contar com 11 das 12 assinaturas necessárias | Foto: Elson Sempé Pedroso / CMPA

Samir Oliveira

A Câmara Municipal de Porto Alegre está prestes a instalar uma CPI para investigar os contratos do Instituto Ronaldinho Gaúcho com a prefeitura. Com o apoio do vereador Tarciso Flecha Negra (PSD), confirmado nesta quarta-feira (23), o pedido de CPI passou a contar com 11 das 12 assinaturas necessárias.

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Autor da requisição, o vereador Mauro Pinheiro (PT) ainda tem esperanças de conseguir implantar a comissão de inquérito. Mas, até agora, todos os vereadores que haviam sinalizado apoio à CPI acabaram mudando de opinião. O único que ainda pode assinar o pedido é o vereador Haroldo de Souza (PMDB), que ficou bastante indignado com as denúncias levantadas contra o Instituto Ronaldinho Gaúcho.

O que pesou para o esvaziamento do apoio de outros parlamentares foi a reunião da Comissão de Educação que ocorreu nesta terça-feira (22), quando a secretária de Educação, Cleci Jurach, e o secretário de Governança, Cezar Busatto, prestaram esclarecimentos sobre os convênios. Também estiveram presentes representantes do Instituto Ronaldinho Gaúcho.

O vereador Bernardino Vendrusculo (PSD) esclarece que o partido liberou Tarciso Flecha Negra para assinar a CPI porque o correligionário possui “uma relação muito direta com a torcida gremista”. Mas salienta que a decisão não influencia os outros integrantes da bancada. “Minha preocupação é que vire a CPI vire uma discussão político-partidária e não investigue. Não descarto ainda a possibilidade de assinar, mas temos que aguardar as próximas reuniões”, defende, em referência a outros encontros sobre o tema que serão agendados pela Comissão de Educação.

O vereador Nelcir Tessaro (PSD) considera que o assunto pode ser apurado na própria Comissão de Educação, sem a necessidade de uma CPI. “Tanto a comissão quanto a CPI têm os mesmos poderes e podem chamar as partes para serem ouvidas”, sustenta.

Outro parlamentar que poderia assinar o pedido de CPI, o vereador Toni Proença (PPL) se diz convencido de que o Instituto Ronaldinho Gaúcho irá cooperar com os pedidos da Câmara. “A prefeitura já expôs suas razões e o advogado do instituto se colocou à disposição pra atender às exigências da Comissão de Educação”, comenta. Havia expectativa de que Proença pudesse apoiar a CPI, já que o vereador deixou o PPS para ingressar no PPL, partido que é aliado do PT no governo estadual.

Sem esses apoios, a decisão fica nas mãos do vereador Haroldo de Souza, que se mostrou bastante irritado com as notas fiscais apresentadas por Mauro Pinheiro na reunião de terça-feira. Os documentos, emitidos pelo Instituto Nacional América, contratado pelo Instituto Ronaldinho Gaúcho para prestar serviços, não explicavam que gastos haviam sido efetuados com os repasses. Na ocasião, Haroldo chegou a ameaçar. “Olha, está faltando assinaturas para a CPI…”. Como pertence à base aliada do prefeito José Fortunati (PDT), o peemdebista ainda aguarda antes de tomar qualquer atitude.

A reportagem do Sul21 procurou o vereador na tarde desta quarta-feira (23), mas não conseguiu contato.

Vereadores que já assinaram a CPI

Adeli Sell (PT)
Airto Ferronato (PSB)
Aldacir Oliboni (PT)
Carlos Comassetto (PT)
Carlos Todeschini (PT)
Fernanda Melchionna (PSOL)
Maria Celeste (PT)
Mauro Pinheiro (PT)
Pedro Ruas (PSOL)
Sofia Cavedon (PT)
Tarciso Flecha Negra (PSD)

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