Cpers e governo divergem sobre primeiro dia de greve

Para o governo, greve é movimento "extremamente frágil";

Para o governo, greve é movimento "extremamente frágil";
Cpers, por sua vez, diz que adesão está "dentro da estratégia"
Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Samir Oliveira no Sul 21
Esta segunda-feira (21) marcou o primeiro dia da greve convocada pelo Cpers para pressionar o Palácio Piratini a cumprir a lei que institui o piso nacional do magistério, em vigor desde 2008. O movimento pegou o governador Tarso Genro de surpresa, no final do seu primeiro ano de mandato, no que é considerado pelo governo como um rompimento unilateral de diálogo por parte do sindicato. Para os lados envolvidos, as leituras são distintas: o governo considera a greve frágil, enquanto o Cpers garante que a mobilização inicial é positiva, dentro da margem prevista.
A movimentação foi normal na maioria das escolas durante a segunda-feira. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, apenas 11 colégios fecharam totalmente as portas no Estado – num universo de 2.554 estabelecimentos públicos de ensino. “É um movimento extremamente frágil, com a adesão de, talvez, 5% da categoria”, apontou o secretário José Clóvis de Azevedo.
Em resposta, o Cpers sustenta que a greve não foi feita para que as escolas fechassem as portas. “A adesão está dentro da estratégia de que essa seja uma greve de diálogo com a sociedade e com a comunidade escolar. Não é uma greve para nos escondermos dentro da escolas”, explica a vice-presidente do sindicato, Neida de Oliveira.
Durante toda a segunda-feira, tanto o governo quanto o Cpers reuniam informações nas escolas para averiguar como estava o comprometimento dos professores com a greve. Na maioria dos estabelecimentos, houve paralisações de alguns professores – em maior ou menor escala -, chegando a ter escolas onde apenas um trabalhador resolveu paralisar as atividades.

Professores fizeram acampamento na Praça da Matriz, em Porto Alegre; movimento deve permanecer no local até quinta-feira | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
O secretário José Clóvis é taxativo ao garantir que a greve não terá êxito. Além do pagamento imediato do piso de R$ 1.187,00, os grevistas exigem a retirada dos projetos de reforma do Ensino Médio e avaliação educacional propostas pelo governo.
“Os professores têm muito bom senso e sabem quando um movimento tem possibilidade de conquistas. Esse movimento não tem nenhuma possibilidade de êxito, porque mesmo que fosse forte, não conseguiria arrancar o que o governo não tem: recursos para pagar o piso em 2011”, assegurou o secretário.
A direção do Cpers continuará percorrendo as escolas para mobilizar os professores a apoiarem a greve e, na quinta-feira (24), fará uma assembleia-geral na Praça da Matriz, onde os sindicalistas estão acampados. “Queremos debater com a categoria, com os pais e com os alunos, para expor a situação de descumprimento de uma lei e de ataques à educação”, critica Neida.
Até o momento, nenhum dos dois lados dá sinais de que haverá um diálogo concreto. O Cpers diz que só está esperando o governo chamar para uma negociação, com a apresentação de um calendário fixo para se chegar ao cumprimento do piso. E o secretário da Educação alega que o sindicato rompeu o diálogo ao decretar a greve. Mas sinaliza que ainda é possível ocorrer um encontro. “Tivemos um rompimento unilateral da direção do Cpers. Mas não queremos nos furtar ao diálogo”, resumiu.
Samir Oliveira no Sul 21
Esta segunda-feira (21) marcou o primeiro dia da greve convocada pelo Cpers para pressionar o Palácio Piratini a cumprir a lei que institui o piso nacional do magistério, em vigor desde 2008. O movimento pegou o governador Tarso Genro de surpresa, no final do seu primeiro ano de mandato, no que é considerado pelo governo como um rompimento unilateral de diálogo por parte do sindicato. Para os lados envolvidos, as leituras são distintas: o governo considera a greve frágil, enquanto o Cpers garante que a mobilização inicial é positiva, dentro da margem prevista.
A movimentação foi normal na maioria das escolas durante a segunda-feira. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, apenas 11 colégios fecharam totalmente as portas no Estado – num universo de 2.554 estabelecimentos públicos de ensino. “É um movimento extremamente frágil, com a adesão de, talvez, 5% da categoria”, apontou o secretário José Clóvis de Azevedo.
Em resposta, o Cpers sustenta que a greve não foi feita para que as escolas fechassem as portas. “A adesão está dentro da estratégia de que essa seja uma greve de diálogo com a sociedade e com a comunidade escolar. Não é uma greve para nos escondermos dentro da escolas”, explica a vice-presidente do sindicato, Neida de Oliveira.
Durante toda a segunda-feira, tanto o governo quanto o Cpers reuniam informações nas escolas para averiguar como estava o comprometimento dos professores com a greve. Na maioria dos estabelecimentos, houve paralisações de alguns professores – em maior ou menor escala -, chegando a ter escolas onde apenas um trabalhador resolveu paralisar as atividades.

Professores fizeram acampamento na Praça da Matriz, em Porto Alegre; movimento deve permanecer no local até quinta-feira | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
O secretário José Clóvis é taxativo ao garantir que a greve não terá êxito. Além do pagamento imediato do piso de R$ 1.187,00, os grevistas exigem a retirada dos projetos de reforma do Ensino Médio e avaliação educacional propostas pelo governo.
“Os professores têm muito bom senso e sabem quando um movimento tem possibilidade de conquistas. Esse movimento não tem nenhuma possibilidade de êxito, porque mesmo que fosse forte, não conseguiria arrancar o que o governo não tem: recursos para pagar o piso em 2011”, assegurou o secretário.
A direção do Cpers continuará percorrendo as escolas para mobilizar os professores a apoiarem a greve e, na quinta-feira (24), fará uma assembleia-geral na Praça da Matriz, onde os sindicalistas estão acampados. “Queremos debater com a categoria, com os pais e com os alunos, para expor a situação de descumprimento de uma lei e de ataques à educação”, critica Neida.
Até o momento, nenhum dos dois lados dá sinais de que haverá um diálogo concreto. O Cpers diz que só está esperando o governo chamar para uma negociação, com a apresentação de um calendário fixo para se chegar ao cumprimento do piso. E o secretário da Educação alega que o sindicato rompeu o diálogo ao decretar a greve. Mas sinaliza que ainda é possível ocorrer um encontro. “Tivemos um rompimento unilateral da direção do Cpers. Mas não queremos nos furtar ao diálogo”, resumiu.
Um comentário:
a assembléia-geral é quinta de manhã ou de tarde???? que horas ?????
Postar um comentário