Pont retira candidatura e abre caminho para Adão Villaverde
Presidente do PT gaúcho avaliou que não era possível levar adiante
Presidente do PT gaúcho avaliou que não era possível levar adiante
a disputa sem provocar rachaduras no partido | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Samir Oliveira no SUL 21
O deputado estadual e presidente do PT gaúcho, Raul Pont, anunciou nesta quarta-feira (30) a retirada de sua pré-candidatura à prefeitura de Porto Alegre. Com isso, o partido deve escolher neste sábado o presidente da Assembleia Legislativa, Adão Villaverde, para disputar o Paço Municipal em 2012.
Pont tomou essa decisão ao perceber que estaria matematicamente derrotado caso a escolha do candidato petista acabasse indo para o voto entre os delegados do partido na Capital. Na disputa interna pelo apoio das correntes, Villaverde conseguiu o maior número de apoiadores e ganharia por uma pequena margem de votos.
O presidente do PT gaúcho avaliou que não era possível levar adiante uma disputa que resultaria numa escolha de um candidato por uma pequena margem de votos no congresso do partido. “Nosso gesto é para contribuir com a unidade partidária, já que nenhuma candidatura alcançou um consenso ou uma maioria que nos legitimasse de forma mais profunda perante o conjunto do partido”, disse.
Na terça-feira, antes de decidir que abandonaria a disputa interna, Pont chegou a defender que um terceiro nome de consenso fosse buscado, já que nem ele nem Villaverde tinham apoio unânime no PT. “A única forma de encontrarmos esse consenso seria com gestos dos candidatos para buscarem uma unidade superior. Tentamos, inclusive, há um tempo, com o (deputado federal Henrique) Fontana”, lembrou.
Pont acrescentou que será preciso fazer uma avaliação posterior dos resultados obtidos pelo PT na disputa pela Capital. “Se o partido opta em ir para esse processo com uma candidatura com esse grau de legitimidade, então enfrentaremos a disputa e os adversários e posteriormente vamos avaliar quão correto foi o processo”, projetou.
Mesmo com a decisão de abandonar o pleito interno, Pont avalia que concorrer em Porto Alegre sem concenso seria muito ruim para os petistas. “Ir para uma disputa e um ou outro vencer por 15 votos seria muito ruim para o partido. É isso que estamos evitando, mas não tivemos retorno ou qualquer outro gesto no sentido de buscarmos uma saída melhor. Vamos trabalhar com a saída que temos”, resumiu.
Apoio do Movimento PT foi fundamental para desistência de Pont
A decisão da corrente Movimento PT, da ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário, foi fundamental para a vitória matemática de Villaverde. O grupo foi o último a definir quem apoiaria e acabou virando a disputa interna a favor do presidente da Assembleia Legilativa.
Em carta distribuída nesta quarta, Pont e seus apoiadores lamentam que “algumas correntes definiram-se mais por compromissos passados ou futuros do que acreditamos ser o centro da disputa que realizamos: nosso compromisso com a cidade de Porto Alegre”.
O trecho é em referência à corrente Movimento PT, já que Maria do Rosário recebeu apoio do grupo de Villaverde em 2008, quando concorreu à prefeitura da Capital. “Dirigentes afirmam que a escolha da indicação não foi fruto do objeto que estava em disputa, mas do compromisso pelo voto dado em 2008. Não sou eu que estou dizendo, isso está estampado nos jornais. Como não houve desmentido dessa afirmação, entendo que foi isso que conduziu as pessoas dessa corrente a assumirem essa posição”, avaliou Pont.
Confrontado com a afirmação do deputado, um dos dirigentes do Movimento PT no Estado, Cícero Balestro, minimizou as declarações. “Não entendo isso em relação ao Movimento PT. Tenho o maior respeito pelo Raul, ele foi decisivo, se não tivesse colocado seu nome à disposição do partido, não estaríamos hoje discutindo uma candidatura própria. O Movimento PT foi a primeira corrente a discutir candidatura própria e enxergou no Raul um aliado nessa tese”, comentou.
Villaverde almoçou com apoiadores no Mercado Público, em Porto Alegre | Foto: Eduardo Quadros
“A partir desse momento, candidaturas não são mais de correntes”, diz Villaverde
O presidente da Assembleia Legislativa, Adão Villaverde, entende que, com a decisão de Raul Pont de abrir mão de sua pré-candidatura à cabeça de chapa do PT para concorrer à prefeitura de Porto Alegre, será possível construir um consenso para que a escolha do candidato petista não se dê no voto, no congresso de sábado (3). “A partir desse momento, as candidaturas não são mais de corrente, são do conjunto do partido. Temos que unificar e olhar pra frente”, defende Villaverde. O deputado participou de almoço promovido pelo grupo de apoio a sua pré-candidatura nessa quarta (30), mais ou menos no mesmo horário onde Raul Pont anunciava sua retirada do processo.
O deputado Villaverde não poupou elogios a Pont e disse que se estivesse na sua situação tomaria a mesma atitude. “Foi um gesto de grandeza política e de respeito ao processo partidário. Meu amigo Pont é um dirigente da maior estatura política e responsabilidade, um dos mais qualificados do partido”, disse, acrescentando que “se eu estivesse na posição do Raul estaria fazendo esse mesmo gesto”.
Após saber da desistência de Pont, Villaverde ligou para o deputado e marcou um café no final da tarde desta terça. “A decisão do Raul cria as condições para chegamos sábado num processo crescente de construção e preparação para uma grande unidade partidária.”
Samir Oliveira no SUL 21
O deputado estadual e presidente do PT gaúcho, Raul Pont, anunciou nesta quarta-feira (30) a retirada de sua pré-candidatura à prefeitura de Porto Alegre. Com isso, o partido deve escolher neste sábado o presidente da Assembleia Legislativa, Adão Villaverde, para disputar o Paço Municipal em 2012.
Pont tomou essa decisão ao perceber que estaria matematicamente derrotado caso a escolha do candidato petista acabasse indo para o voto entre os delegados do partido na Capital. Na disputa interna pelo apoio das correntes, Villaverde conseguiu o maior número de apoiadores e ganharia por uma pequena margem de votos.
O presidente do PT gaúcho avaliou que não era possível levar adiante uma disputa que resultaria numa escolha de um candidato por uma pequena margem de votos no congresso do partido. “Nosso gesto é para contribuir com a unidade partidária, já que nenhuma candidatura alcançou um consenso ou uma maioria que nos legitimasse de forma mais profunda perante o conjunto do partido”, disse.
Na terça-feira, antes de decidir que abandonaria a disputa interna, Pont chegou a defender que um terceiro nome de consenso fosse buscado, já que nem ele nem Villaverde tinham apoio unânime no PT. “A única forma de encontrarmos esse consenso seria com gestos dos candidatos para buscarem uma unidade superior. Tentamos, inclusive, há um tempo, com o (deputado federal Henrique) Fontana”, lembrou.
Pont acrescentou que será preciso fazer uma avaliação posterior dos resultados obtidos pelo PT na disputa pela Capital. “Se o partido opta em ir para esse processo com uma candidatura com esse grau de legitimidade, então enfrentaremos a disputa e os adversários e posteriormente vamos avaliar quão correto foi o processo”, projetou.
Mesmo com a decisão de abandonar o pleito interno, Pont avalia que concorrer em Porto Alegre sem concenso seria muito ruim para os petistas. “Ir para uma disputa e um ou outro vencer por 15 votos seria muito ruim para o partido. É isso que estamos evitando, mas não tivemos retorno ou qualquer outro gesto no sentido de buscarmos uma saída melhor. Vamos trabalhar com a saída que temos”, resumiu.
Apoio do Movimento PT foi fundamental para desistência de Pont
A decisão da corrente Movimento PT, da ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário, foi fundamental para a vitória matemática de Villaverde. O grupo foi o último a definir quem apoiaria e acabou virando a disputa interna a favor do presidente da Assembleia Legilativa.
Em carta distribuída nesta quarta, Pont e seus apoiadores lamentam que “algumas correntes definiram-se mais por compromissos passados ou futuros do que acreditamos ser o centro da disputa que realizamos: nosso compromisso com a cidade de Porto Alegre”.
O trecho é em referência à corrente Movimento PT, já que Maria do Rosário recebeu apoio do grupo de Villaverde em 2008, quando concorreu à prefeitura da Capital. “Dirigentes afirmam que a escolha da indicação não foi fruto do objeto que estava em disputa, mas do compromisso pelo voto dado em 2008. Não sou eu que estou dizendo, isso está estampado nos jornais. Como não houve desmentido dessa afirmação, entendo que foi isso que conduziu as pessoas dessa corrente a assumirem essa posição”, avaliou Pont.
Confrontado com a afirmação do deputado, um dos dirigentes do Movimento PT no Estado, Cícero Balestro, minimizou as declarações. “Não entendo isso em relação ao Movimento PT. Tenho o maior respeito pelo Raul, ele foi decisivo, se não tivesse colocado seu nome à disposição do partido, não estaríamos hoje discutindo uma candidatura própria. O Movimento PT foi a primeira corrente a discutir candidatura própria e enxergou no Raul um aliado nessa tese”, comentou.
Villaverde almoçou com apoiadores no Mercado Público, em Porto Alegre | Foto: Eduardo Quadros
“A partir desse momento, candidaturas não são mais de correntes”, diz Villaverde
O presidente da Assembleia Legislativa, Adão Villaverde, entende que, com a decisão de Raul Pont de abrir mão de sua pré-candidatura à cabeça de chapa do PT para concorrer à prefeitura de Porto Alegre, será possível construir um consenso para que a escolha do candidato petista não se dê no voto, no congresso de sábado (3). “A partir desse momento, as candidaturas não são mais de corrente, são do conjunto do partido. Temos que unificar e olhar pra frente”, defende Villaverde. O deputado participou de almoço promovido pelo grupo de apoio a sua pré-candidatura nessa quarta (30), mais ou menos no mesmo horário onde Raul Pont anunciava sua retirada do processo.
O deputado Villaverde não poupou elogios a Pont e disse que se estivesse na sua situação tomaria a mesma atitude. “Foi um gesto de grandeza política e de respeito ao processo partidário. Meu amigo Pont é um dirigente da maior estatura política e responsabilidade, um dos mais qualificados do partido”, disse, acrescentando que “se eu estivesse na posição do Raul estaria fazendo esse mesmo gesto”.
Após saber da desistência de Pont, Villaverde ligou para o deputado e marcou um café no final da tarde desta terça. “A decisão do Raul cria as condições para chegamos sábado num processo crescente de construção e preparação para uma grande unidade partidária.”
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