Pré-sal e a “diplomacia da canhoneira”.
Ou o canudinho da Chevron
Conversa Afiada
Os Marines em Macaé. Os colonistas do PiG não aparecem na foto
A histórica decisão do Governo brasileiro de suspender as atividades da Chevron do Cerra em águas territoriais brasileiras – clique aqui para ler “Essa é a Chevron a que o Cerra ia entregar o pré-sal” – remeteu o ansioso blogueiro a considerações em águas mais profundas.
Por exemplo, a recente artigo do New York Times sobre a versão contemporânea da “diplomacia da canhoneira”.
Os Estados Unidos começaram a usar as canhoneiras para fazer diplomacia em 1853, quando o comandante Perry entrou na Baía de Tóquio e obrigou o Japão a abrir os portos – ou seja, o neolibelismo (*) nasce na ponta de uma canhoneira…
A diplomacia da canhoneira de hoje se dá em torno das reservas de petróleo e gás do Mar da China Meridional:
http://www.nytimes.com/2011/11/13/sunday-review/a-new-era-of-gunboat-diplomacy.html?_r=1&scp=1&sq=a%20new%20era%20of%20gunboat%20diplomacy&st=cse
http://www.nytimes.com/2011/11/20/world/asia/wen-jiabao-chinese-leader-shows-flexibility-after-meeting-obama.html?scp=3&sq=south%20china%20sea%20obama%20hillary&st=cse
Obama announced that 2,500 Marines would be stationed in Australia; opened the door to restored ties with Myanmar, a Chinese ally; and gained support for a regional free-trade bloc that so far omits Beijing.
The announcements appeared to startle Chinese leaders, who issued a series of warnings that claimed the United States was seeking to destabilize the region.
Numa recente viagem de seis dias à Ásia, Obama anunciou que vai estacionar 2.500 fuzileiros navais na Austrália; restabelecer relações diplomáticas com Miamar, um aliado da China; e conseguiu apoio para criar uma ALCA que, por enquanto, omite a China.
(A certa altura do governo de Bush, o filho, os americanos tentaram montar uma ALCA sem o Brasil, para pressionar o Brasil. O Nunca Dantes e seu grande chanceler Celso Amorim conseguiram vencer os Estados Unidos e o PiG (**), e a ALCA deu com os burros n’água.)
Os dirigentes chineses ficaram alarmados e fizeram advertências contra a tentativa americana de desestabilizar a região em torno do Mar da China Meridional.
Clique aqui e aqui para ler.
Ano passado, Hillary Clinton já tinha advertido que se aliaria ao Vietnã – velho rival da China – e às Filipinas para conter a expansão chinesa em cima dessas magníficas reservas de energia.
Diz a reportagem de Mark Lander do New York Times que a China não está sozinha nessa ambição marítima.
A Turquia está em crise com Chipre, Israel e a Grécia por causa dos campos de gás natural que repousam no Mediterrâneo oriental.
A Rússia, os Estados Unidos e o Canadá (onde já se viu o Canadá brigar com os Estados Unidos ?) disputam o controle do Ártico, onde há magníficos depósitos de óleo e gás.
“Isso tudo demonstra que uma crescente parcela de recursos de petróleo está no mar. Quando o petróleo está em terra, todo mundo sabe onde fica. Quando está no mar, a coisa fica mais obscura”.
Essas sábias palavras são de Daniel Yergin, um respeitado especialista em petróleo, citado pelo New York Times.
Hoje, um terço da produção mundial de petróleo vem do mar.
A China passou dos dois destroiers que tinha na era soviética para 13 modernos destroiers, hoje.
A exploração de petróleo no mar significa Marinha forte.
Significa, na opinião deste ansioso blogueiro, uma frota numerosa de submarinos nucleares e, de preferência, acompanhados de bomba atômica.
Bomba atômica.
Não, para usar.
Inglaterra, França, Paquistão, Índia, China, Rússia – todos eles têm bomba atômica e nunca usaram.
Como Israel, que tem mais de 100 artefatos e nunca usou.
É só para não deixar os outros usarem.
Não deixar usar, por exemplo, o canudinho.
Será que a Chevron do Cerra se arrebentou lá embaixo, porque tentava chupar o óleo pré-sal com canudinho ?
A resposta da Presidenta Dilma à Chevron do Cerra foi imediata.
Logo no início, quando o PiG (**) escondia a mancha da Chevron e começava a espalhar culpa pela Petrobrás, a Presidenta usou o Blog do Planalto para avisar: – Chevron, eu sei que a culpa é sua.
Agora, o risco imediato é a Chevron do Cerra contratar o Sergio Bermudes ou o Marcio Thomaz Bastos – os dois advogados mais poderosos do Brasil – e recorrer ao Supremo para não pagar a multa.
A médio prazo, é o Obama sair do Iraque, do Afeganistão, e estacionar umas canhoneiras em frente a Macaé.
Na praia, com bandeirinhas americanas, os colonistas (***) do PiG a dar boas vindas aos fuzileiros navais.
Paulo Henrique Amorim
(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(***) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
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baitasar
(o baitasar tem cara e não fica escondido atrás de e-mails secretos e anônimos...)
Olho para o OProfessor e quase pergunto o que está afligindo o nosso mestre da redação, mas prefiro pedir outro chimarrão.
Essa manhã promete, acho que é a greve dos professores, qualquer greve sempre mexe e remexe com nossos nervos que não são de aço
(guri, essa história do petróleo e do vazamento e do canudinho no nosso pré-sal...)
Ah, OProfessor tem razão, isso não fica por aí.
Quando esse caldo oleoso escasseia, os gringos pegam a cavalaria e chamam o Rin tin tin... o general Custer... e os índios que saiam da frente.
Pergunto o que podemos fazer além de rezar e ter fé nas boas intenções dos gringos
(parar de acreditar no mocinho John Wayne, na corrida pelo ouro eles passaram os cavalos da cavalaria e os colonos - percebe a brincadeira macabra? os colonos da conquista do Velho Oeste são os colonistas da imprensa nativa - por cima dos índios americanos, pegaram os escalpos como troféu e seguem a sua sina de ódio disfarçado em bom mocinho... Rastros de Ódio.)
Não devolvo a cuia do chimarrão, peço a térmica... ele não protesta, sabe que minha garganta está seca.
Leiam mais ou releiam, não dá pra esquecer e ser enrolado pelos colonistas (ou dá):
as perguntas que a imprensa do cara pálida não fez ou tem medo de fazer!
só quem não leva o Brasil a sério é a imprensa entregista, eles não decepcionaram e já ensaiam o discurso sobre o verdadeiro culpado
bom dia, brazil!
não deixe de ler pra saber quem é CHEVRON (sempre foi isso em jogo... é isso...)
o cara pálida gosta de ser manipulado, aliás... o cara pálida acusa o baitasar: "tu é massa de manobra". Então, ele dá o pré-sal pra Chevron e fecha a Petrobrás (ops - petrobraX)
o que não passa na globobo é real
Chega OProfessor, já entendemos
(é decorando que se aprende, então, nada mais justo que assistir o Ford e o Wayne, no Tempo das diligências... é entretenimento - padrão globobo - sobre o bem que vence o mal, que também somos.)
Devolvo a térmica e a cuia.
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