A questão central era o Irã permitir que o urânio fosse enriquecido FORA de seu território.
Ao aceitar a proposta que Lula e a Turquia re-apresentaram, esse ponto – nevrálgico, para a Agência Internacional de Energia Atômica – estaria resolvido.
Faltaria, agora, Obama desistir de aplicar sanções ao Irã, a que, segundo Lula, se seguiria um ataque militar, como no Iraque.
Ou seja, Lula deu olé (para usar a gíria do futebol, que tanto irrita as deidades do PiG (*)).
Lula colocou o Brasil na pequena área de uma das questões centrais para a segurança do Oriente Médio – e, portanto, do mundo.
(A outra é o Estado palestino.)
O Brasil de Lula (e Celso Amorim) passou a jogar na Liga Principal.
E já, já terá lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU.
O Brasil se tornou o que os americanos chamam de “honest broker” – um negociador confiável.
O ariano Paulo Bornhausen vai dizer que o Lula é um criminoso, porque foi fazer campanha eleitoral antecipada em Teerã.
A oposição brasileira terá o destino que pretendeu dar ao Lula.
Vai levar aquela surra que o Arthur Virgilio Cardoso (o do cartão Visa em Paris) disse que ia dar no Lula.
Em tempo: o Conversa Afiada não tem assento na Agência Internacional de Energia Atômica. Portanto, sem nenhum risco de sofrer sanções, mantém que o Irã e o Brasil têm direito a tantas bombas atômicas quanto Israel tem. O Brasil, entre outras preciosidades, precisa garantir a exploração do pré-sal, antes que algum aventureiro queira dele se apossar. Só o Brasil, a Rússia e os Estados Unidos têm urânio e sabem como enriquecê-lo.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Em tempo 2: o Conversa Afiada já tinha publicado o seguinte sobre essa que é a maior vitória da diplomacia brasileira:
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