“Peladada” pede segurança aos ciclistas no trânsito de SP
Da Redação do SUL 21
Cerca de 80 ciclistas tiraram as roupas como forma de protesto à falta de segurança no trânsito de São Paulo, neste sábado (10). A concentração começou às 18h, e às 20h30 os ciclistas começaram a pedalar pela Avenida Paulista. Às 21h30, já haviam alcançado a região da Vila Madalena, na Zona Oeste. Além de pedir mais segurança, eles protestaram também contra a dependência do petróleo nos meios de transporte.
O protesto, batizado de “Pedalada Pelada”, já foi realizado em Brasília e em Aracaju, em 2009 e 2010. O movimento é inspirado no Naked Bike Ride, que neste sábado ocorreu em cidades como Lima, no Peru – onde está em sua sétima edição -, Santiago, no Chile, e Cidade do Cabo, na África do Sul, onde 200 pessoas participaram do protesto. Assim como no Brasil, alguns manifestantes pintaram e enfeitaram seus corpos.
“Trânsito obsceno”
Em São Paulo, o grupo pintou nos corpos mensagens pedindo respeito e paz no trânsito ao gritos de “Você aí parado, vem pedalar pelado!”. A ideia é que o passeio seja uma manifestação pacífica, bem-humorada e criativa que exponha a fragilidade dos ciclistas em um trânsito que não carrega nenhum desses atributos. Ou como cantavam os manifestantes, um “trânsito obsceno”.
A falta de trajes não era obrigatória, mas todos os presente fizeram questão de mostrar um pouco mais de pele do que costumam fazer no meio do trânsito ultrajante de São Paulo. Durante a concentração na Praça do Ciclista - local de onde saem as Bicicletadas mensais, no final da Av. Paulista – a preocupação era mais com acessórios do que com a nudez. Máscaras foram os acessórios mais utilizados, principalmente aquelas que protegem as vias respiratórias da poluição.
Logo no início da Pedalada, enquanto parte do grupo se arrumava na praça e outros rodavam para se aquecer, uma viatura passou na Avenida. “Não fiquem desespelados”, ironizou um dos ciclistas. Até o final do protesto, diferente de anos anteriores, nenhum ciclista foi detido.
Com informações do Uol e do G1
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