quinta-feira, 5 de abril de 2012

"E, repito, gosto das mulheres que deixam-se envelhecer sem se esconder."


Porque hoje é sábado, Claudia Cardinale


Post publicado em 18 de abril de 2009 e revisado agora. As fotos tinham sumido na passagem do blog.
Compreensivelmente, ela foi um dos mitos da geração anterior à minha.
E fez setenta anos na última quarta-feira. Filha de sicilianos, nasceu em Túnis com o nome de Claude Josephine Rose Cardinale.
Artisticamente, teve muito mais sorte que todas as outras belas atrizes italianas.
Pois participou de grandíssimos filmes: fez O Leopardo, Rocco e seus Irmãos e Vagas Estrelas da Ursa Maior, todos de Visconti; …
… fez , de Fellini; Era uma vez no Oeste, de Sergio Leone; foi a viúva de La Storia, de Luigi Comencini; e fez até o curioso (e excelente) Fitzcarraldo de Herzog.
Era excelente atriz e, simpaticamente, é uma mulher de esquerda envolvida com algumas importantes causas, como a dos homossexuais.
Deve ser ateia, claro. E deve detestar Berlusca, óbvio.
Conheci-a muitos anos atrás em O Leopardo. Nossa!
(Nem imagino quem é a figura acima que mereceu a análise muscular de la Cardinale).
Entendi o que dizia meu pai sobre a Cardinale, sempre citada com olhar sonhador.
Ah, o sol se reparte em crimes, espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas, eu vou…
E, repito, gosto das mulheres que deixam-se envelhecer sem se esconder.
Demonstram o respeito que têm consigo. O que é raro entre as muito belas.

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