Civita e Cachoeira quase
derrubam Lula. Que Governo é esse ?
Conversa Afiada
Cachoeira filmou a corrupção nos Correios para vingar o Demóstenes e derrubar o Lula.
O detrito de maré baixa do Robert(o) Civita publica, a Folha (*) dá guarida ao grande estadista Thomas Jefferson, o Ali Kamel dá a máxima visibilidade, instala-se o “mensalão” (que ainda está por provar-se, como diz o Mino), o Supremo vota com a faca do pescoço do PiG (**) e o Governo Lula ia cair.
Um dos motivos por que não caiu foi a “Teoria do Sangramento”, que entrará para a biografia do Fernando Henrique – tente aqui entender por que o FHC saiu na foto ao lado do Lula – ao lado da “Teoria da Dependência (eterna aos EUA)”.
Quando o Duda Mendonça disse à CPI dos Correios que tinha recebido “lá fora”, o PiG (**) só não decretou o impeachment do Lula, por causa da Teoria do Sangramento.
O Farol de Alexandria convenceu o Agripino Maia – cuja batata está assando – de que não valia a pena impeachar o Lula.
Era melhor fazê-lo sangrar.
Sangrar para derrotá-lo nas eleições e voltar o poder.
(Só que o Padim Pade Cerra ia providenciar um dossiê e seria ele e, não o FHC, o candidato.)
Não deu certo.
Entre outros motivos porque o Feijóo não deixou.
E o Lula e o Feijóo sabem do que se trata.
Mas, quase que o Governo cai.
Que Governo é esse ?
Tão frágil, a ponto de quase cair porque o Demóstenes, o Cachoeira, o Robert(o) Civita, a Globo e o … quiseram.
Não basta botar a culpa no PiG (**), na Veja, na Globo e no …
Que Governo é esse que passa 30 anos na oposição, que passa trinta anos a se preparar para governar e chega lá e não se protege ?
E não cria os mecanismos institucionais para enfrentar uma conspirata de quinta categoria com meliantes de décima.
O Robert(o), o Demóstenes, o Cachoeira e o … se reúnem na calada da noite e subjugam o Legislativo.
Mobilizam o Judiciário, que submete o Presidente da República eleito pelo povo ao constrangimento de um “chamar às falas” e “queremos cabeças” !
E agora se descobre que era uma conjura udenista como a Carta Brandi do Lacerda para derrubar o Jango.
E o Governo inerte, no canto, nas cordas.
Até o PT fugiu e deixou o Lula falando só, como um cão danado.
Mas, o PT, nesse entrecho, é irrelevante.
O que se precisa estudar é por que uma Democracia, da quinta Economia do mundo, se ajoelha diante de meliantes desse naipe.
Como se permite construir uma Democracia de pés de barro ?
A Argentina mandou os Civita embora, que tinham a sua Veja, a “Panorama”.
Os Kirchner trocaram os Ministros da Suprema Corte do Menem.
E fizeram a Ley de Medios para enfrentar a Globo.
Não é preciso buscar as instituições que preservaram a democracia inglesa do Murdoch.
Basta dar um pulo a Buenos Aires.
Quando Deng assumiu, ele podia botar a culpa de tudo no Mao, na Revolução Cultural e no Grande Passo à Frente.
Não, ele deve ter pensado, a culpa está em nós mesmos.
E criou as instituições que mantiveram a essência do sistema político (se fosse uma Democracia seria melhor, claro) e permitiram que a China se torne a maior potência econômica do mundo, com inclusão e distribuição de riqueza.
O Brasil é uma sub-democracia também porque meia dúzia de meliantes pode derrubar o Presidente da República.
E nada muda.
O Demóstenes e o Cachoeira podem ir em cana.
Mas, o Robert(o) Civita e o … sobreviverão.
E contratarão outros beleguins.
E o Governo tremerá.
Sempre alerta, Feijóo !
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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