sábado, 13 de outubro de 2012

Tudo que o BraZil deve a Imprensa...


O DISCURSO QUE
A DILMA FARÁ NA SIG


Num furo de reportagem, o Conversa Afiada teve acesso ao discurso que a Presidenta Dilma ali pronunciará.

Conversa Afiada






Está em curso na cidade de São Paulo uma convenção da SIG – Sociedade Inter-americana del Golpe, também chamada de Interamericana de Prensa.

Ao lado, o Barão de Itararé promove uma contra-convenção.

Num furo de reportagem, o Conversa Afiada teve acesso ao discurso que a Presidenta Dilma ali pronunciará:

Senhoras e Senhores, paladinos da liberdade interamericana.

Que minhas primeiras palavras sejam as de Thomas Jefferson: “Se tivesse que decidir se devemos ter governo sem jornais ou jornais sem governo, eu não vacilaria um instante em preferir o último” .

(Aplausos !)

Em nome da mesma liberdade que os senhores e senhoras protegem, diuturnamente, no heróico labor, sem querer me comparar ao grande estadista norte-americano, também disse eu:

Prefiro o barulho ensurdecedor da imprensa ao silêncio das ditaduras.

(Aplausos !)

Quero antes de mais nada enumerar aqui as grandes conquistas da História Política do meu país e a que os senhores estão indissoluvelmente associados.

Mais do que do meu país, essas conquistas são do próprio princípio universal da Liberdade.

O Brasil deve aos senhores o suicídio de Vargas.

Deve aos senhores a queda de Goulart, um diletante que gostava de pernas – de cavalos e coristas.

E conduzia o país na trilha do petebo-comunismo.

Sem a heróica resistência dos senhores, esse latifundiário travestido de populista daria um Golpe de Estado para perpetuar seus asseclas no Poder.

O Brasil deve aos senhores a providencial contribuição dos juristas da V Frota norte-americana na revisão da Constituição brasileira, a Constituinte de 1º de Abril de 1964.

O Brasil deve aos senhores o AI-5, quando grande jurista bradou: “Às favas com as provas”.

O Brasil deve aos senhores a implacável perseguição e punição exemplar dos que militavam, de armas na mão, contra essa mesma Democracia que os senhores defenderam e defendem.

(Aplausos frenéticos !)

O Brasil deve aos senhores o cerco implacável aos governos corruptos que o trabalhismo impôs à sociedade brasileira.

O Governo de um pretenso estadista, semi-analfabeto e arrogante, não dispôs de um dia sequer para respirar – porque a vigilância dos senhores e senhoras foi infatigável.

Em nome de todos os brasileiros e brasileiras, agradeço essa vigília em nome da Sacrossanta Liberdade!

Não fossem os senhores e as senhoras, esses polvos vestidos de sindicalistas, profissionais do tributo corporativo, teriam tragado a Nação com a volúpia de Poder e a ganância argentária !

(Aplausos mais frenéticos ainda !!!)

O Brasil deve aos senhores este julgamento do mensalão.

Juízes técnicos e imparciais, que os senhores protegeram até fisicamente, puderam desnudar o assalto aos cofres do Estado !

(Aplausos ! Gritos de Merval ! Merval !)

Sem a barreira destemida da proteção mediática, Gilmar Mendes, Celso de Mello, Roberto Jefferson, Ayres de Britto e Marco Aurélio de Mello – brasileiros de que nos orgulharemos para sempre ! – não teriam condições de levar os corruptos ao cadafalso !

(Aplausos ! Gritos femininos de “Jefferson, eu te amo !” Eu te amo !”)

O que seria da Democracia brasileira sem esta SIG ?

Quero aqui solenemente assumir o compromisso de que jamais promulgarei um marco regulatório para a mídia.

Jamais !

Quero repetir: jamais !

Eu não sou Cristina Kirchner !

(A plateia urra de entusiasmo febril ! Brados de Viva ! Viva ! Merval ! Merval !)

Marco regulatório, teu outro nome é censura !

Quero assumir também outro compromisso solene.

Olho nos olhos de vocês, senhoras e senhores, paladinos da Liberdade Hemisférica, e digo: vou continuar a financiar vocês.

(Aplausos ! Aplausos ! “Viva o FHC !”, se ouve ao fundo.)

As verbas publicitárias do meu Governo e das empresas do meu Governo serão, sempre, prioritariamente, destinadas a vocês, porque vocês são a garantia de Liberdade e da imparcialidade !

A minha política é a do Governo Fernando Henrique: a vocês, tudo !

(Aplausos ! Gritos de “oba !”, “oba !”, “quero o meu !”, “quero o meu !” “Ninguém tasca ! Primeiro é da Globo !” Aplausos !)

Fico muito feliz por saber que este grande brasileiro Fernando Henrique Cardoso, o verdadeiro construtor do suposto sucesso do Governo Lula -

(Aplausos !!!)

– que este grande brasileiro me precedeu nesta tribuna.

Rendo também minhas homenagens a Regina Duarte, grande atriz e, sobretudo, Pensadora Política, que aqui esteve para homenageá-los.

Lamento que esta mesa não tenha sido mediada pela Patricia Kogut, extraordinária analista de assuntos de Comunicação de Massa do jornal o Globo, que, como todos sabem, aqui no Brasil, se tornou a expressão máxima da Liberdade !

À Patricia e ao seu digníssimo esposo meus cumprimentos carinhosos.

(Aplausos ! Viva ! Viva a Patricia ! Viva o Kamel !)

Quero encerrar essas minhas breves palavras com a reafirmação da política do meu Governo para a questão da liberdade de imprensa: o seletor de canais é o melhor censor !

Muito obrigada e viva o Dr Roberto Marinho de saudosa memória !

(A plateia se levanta e aplaude, sem interrupções e sob entusiasmo uniforme por quinze minutos.)


Paulo Henrique Amorim

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