Investigação
Zé Aníbal está envolvido no propinoduto tucano, diz ministro do STF
publicada sexta-feira, 06/06/2014 às 15:33 e atualizada sexta-feira, 06/06/2014 às 15:29
Escrevinhador
Da Folha
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Marco Aurélio Mello, afirmou que o depoimento de um ex-diretor da Siemens aponta “indícios do envolvimento” dos deputados federais José Aníbal (PSDB) e Rodrigo Garcia (DEM) no esquema de pagamento de propinas do cartel de trens em São Paulo e decidiu manter os congressistas no inquérito do caso.
Em despacho de segunda-feira (2), o ministro excluiu da investigação do STF o senador Aloysio Nunes (PSDB) e Arnaldo Jardim (PPS) por entender que não há indícios suficientes contra eles nas apurações sobre o cartel.
Segundo Mello, o “colaborador X” apontou os nomes de Aníbal e Garcia como envolvidos no esquema de suborno. O depoente “X” é o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer, que delatou o cartel de trens ao governo federal em maio de 2013.
“Vê-se que, nas declarações, há indícios do envolvimento dos requerentes Rodrigo Garcia e José Aníbal. É cedo, muito cedo, para chegar-se a conclusão a respeito da participação, ou não, dos citados parlamentares. Por ora, é suficiente ao aprofundamento das investigações o que declarado pelo colaborador ‘x”, segundo a decisão judicial.
Editoria de Arte/Folhapress
Para o prosseguimento das investigações, o ministro determinou ainda o depoimento do presidente da estatal de trens CPTM Mário Bandeira, do ex-diretor da CPTM Antonio Kanji Hoshikawa, de Silvio Ranciaro, aliado político de Aníbal, e Jorge Fagali Neto, ex-secretário de Transportes de São Paulo.
Alexandre de Moraes, advogado de Garcia, diz ter gostado da decisão do ministro porque indefere os pedidos de cooperação internacional. “O único indício existente até agora [do recebimento de propina] é a delação. Esse inquérito vai ser arquivado porque as testemunhas não vão confirmar nada do que o delator disse. Elas já fizeram isso em depoimentos no Ministério Público”.
Moraes afirma que vai pedir a acareação de Garcia com o ex-executivo da Siemens que o acusou de ter recebido propina. O advogado também vai solicitar urgência ao Supremo para que o inquérito acabe antes das eleições. Garcia é candidato a deputado federal pelo DEM.
A Folha procurou o deputado José Aníbal, mas nem ele nem sua assessoria não haviam se manifestaram até este momento. Em pronunciamentos anteriores, Aníbal refutou com veemência que tenha recebido qualquer tipo de comissão para ajudar a empresas que fornecem para o Metrô e a CPTM. Ele classificou o delator do esquema de “bandido”.
Leia outros textos de Plenos Poderes
Zé Aníbal está envolvido no propinoduto tucano, diz ministro do STF
publicada sexta-feira, 06/06/2014 às 15:33 e atualizada sexta-feira, 06/06/2014 às 15:29
Escrevinhador
Da Folha
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Marco Aurélio Mello, afirmou que o depoimento de um ex-diretor da Siemens aponta “indícios do envolvimento” dos deputados federais José Aníbal (PSDB) e Rodrigo Garcia (DEM) no esquema de pagamento de propinas do cartel de trens em São Paulo e decidiu manter os congressistas no inquérito do caso.
Em despacho de segunda-feira (2), o ministro excluiu da investigação do STF o senador Aloysio Nunes (PSDB) e Arnaldo Jardim (PPS) por entender que não há indícios suficientes contra eles nas apurações sobre o cartel.
Segundo Mello, o “colaborador X” apontou os nomes de Aníbal e Garcia como envolvidos no esquema de suborno. O depoente “X” é o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer, que delatou o cartel de trens ao governo federal em maio de 2013.
“Vê-se que, nas declarações, há indícios do envolvimento dos requerentes Rodrigo Garcia e José Aníbal. É cedo, muito cedo, para chegar-se a conclusão a respeito da participação, ou não, dos citados parlamentares. Por ora, é suficiente ao aprofundamento das investigações o que declarado pelo colaborador ‘x”, segundo a decisão judicial.
Editoria de Arte/Folhapress
Para o prosseguimento das investigações, o ministro determinou ainda o depoimento do presidente da estatal de trens CPTM Mário Bandeira, do ex-diretor da CPTM Antonio Kanji Hoshikawa, de Silvio Ranciaro, aliado político de Aníbal, e Jorge Fagali Neto, ex-secretário de Transportes de São Paulo.
Alexandre de Moraes, advogado de Garcia, diz ter gostado da decisão do ministro porque indefere os pedidos de cooperação internacional. “O único indício existente até agora [do recebimento de propina] é a delação. Esse inquérito vai ser arquivado porque as testemunhas não vão confirmar nada do que o delator disse. Elas já fizeram isso em depoimentos no Ministério Público”.
Moraes afirma que vai pedir a acareação de Garcia com o ex-executivo da Siemens que o acusou de ter recebido propina. O advogado também vai solicitar urgência ao Supremo para que o inquérito acabe antes das eleições. Garcia é candidato a deputado federal pelo DEM.
A Folha procurou o deputado José Aníbal, mas nem ele nem sua assessoria não haviam se manifestaram até este momento. Em pronunciamentos anteriores, Aníbal refutou com veemência que tenha recebido qualquer tipo de comissão para ajudar a empresas que fornecem para o Metrô e a CPTM. Ele classificou o delator do esquema de “bandido”.
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