sábado, 21 de maio de 2011

bombas de gás em Sum Paulu

Meu olho está vermelho é de gás lacrimogênio


A Polícia Militar utilizou bombas de gás lacrimogênio para tentar dispersar uma passeata pela “liberdade de expressão” – manifestação que ocupou o lugar da proibida Marcha da Maconha hoje em São Paulo.



Cerca de mil manifestantes, de acordo com a organização, partiram do vão livre do Masp em direção ao Centro, via rua da Consolação. Cartazes pedindo diálogo e questionando o cerceamento de liberdade dividiam espaço com alguns pedidos de legalização da maconha. Parte dos manifestantes usavam narizes de palhaço para protestar contra a proibição da marcha original. O Ministério Público conseguiu derrubar, no final da tarde de ontem, os habeas corpus que garantiriam aos organizadores o direito de não serem presos por apologia às drogas por promoverem a Marcha da Maconha.

Em determinado momento, a Tropa de Choque avançou para cima dos participantes, usando bombas, cacetetes e escudos. Muitas pessoas ficaram com olhos e garganta irritados por conta do gás – incluindo este que vos escreve. O gás também atingiu carros que seguiam no sentido Consolação-Paraíso. Uma motorista passou mal e teve que ser socorrida.

“Eles simplesmente partiram para cima, ignorando o que foi acordado conosco”, afirma Marco Magri, um dos organizadores da manifestação. Pessoas foram detidas e levadas para o 78º Distrito Policial de São Paulo.



Mesmo seguidos de perto por policiais, que continuaram usando bombas de gás, um grande número de pessoas desceu até a Praça Dom José Gaspar, onde fica a Biblioteca Municipal de São Paulo, antes de começarem a se dispersar.

O comando da operação policial não se manifestou até o fechamento deste texto.

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