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- Boaventura defende revisão de modelos de educação
Blog da Sofia Cavedon
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| foto tonico alvares / cmpa |
O evento, que tem por objetivo aprofundar os temas que desafiam o cotidiano da Capital, contou com a coordenação da presidente da Casa, vereadora Sofia Cavedon (PT) e do presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Adão Villaverde (PT). As duas casas legislativas são parceiras na realização do debate.
Conhecimentos
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| foto tonico alvares / cmpa |
Já a “vida decente”, segundo o professor, é aquela que se pauta por dois direitos: uma sociedade que se pauta pela ideia de sermos iguais e outra de que vivemos em sociedade desigual, em que a inclusão não se faz apenas por igualdade, mas também por conhecimento prudente.
Para Boaventura, os sistemas de educação são criados na ideia de que o conhecimento cientifico são superiores. Ele defende o conhecimento contextualizado numa sociedade globalizada. “Há uma desqualificação do que não é científico, e isso é imprudente”, avalia.
Segundo Boaventura, as duas formas de educação “estão viradas de costas uma para a outra”. Ele observa que tanto os sistemas oficiais e as formas de educação popular fazem parte de uma dualidade em que as pessoas precisam conviver. “Não vamos poder superar esta divisão. Somos capazes de transformar isto? É isso que proponho”, sugere Boaventura.
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Por fim, Boaventura traz uma postura crítica aos modelos postos, e destaca que a escola deve ser objetiva, mas não pode ser neutra, e definir se quer estar ao lado dos opressores ou oprimidos. “Algo está mal e precisa ser revisto. Por isso os movimentos sociais trouxeram outras visões para a sociedade”, finalizou.
Opiniões
Após a palestra de Boaventura, participaram como debatedores do evento os professores José Clóvis de Azevedo, titular da Secretaria Estadual de Educação (SEC) e Isabel Letícia Medeiros, diretora da Associação dos Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre (Atempa). Eles ressaltaram a importância de Boaventura e salientaram a importância dos trabalhos do professor nos 16 anos, em especial na democracia da gestão escolar. “Ele nos desafia a recuperar nossa capacidade de indignação, rebeldia e espanto”, disse Azevedo. “Na nossa democratização na rede escolar de Porto Alegre usei muito as ideias do professor Boaventura”, pondera Isabel Letícia.
Matéria publicada no Portal da Câmara Municipal de Porto Alegre.



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