terça-feira, 15 de novembro de 2011

o Beltrame é a Satiagraha que eles precisam esconder como um castelo de areia


Nem e Beltrame
correm risco de vida

Conversa Afiada




Dalla Chiesa não teve a sorte do Nem: morreu dentro do carro


O navegante de longo curso, Vasco Moscoso de Aragão está fundeado em São Conrado, a contemplar a Rocinha, pacificada pela Eliane Catanhêde.


- O Nem e o Beltrame correm sério risco de vida …, observou assim como quem diz o óbvio.

- O que isso, Vasco, você bebeu tequila ?

- É verdade. Veja só. O Beltrame quer que o Nem entre na delação premiada, não é isso ?

- Sim, ele tem dito isso.

- O Edu era o caixa do Nem e no disco rígido do Edu tem a lista dos clientes.

- Verdade.

- O Nem não disse que metade da receita dele ia para policiais ?

- Tambem disse.

- Voce já imaginou se o Nem abre o bico, na delação premiada.

- Vai ser sensacional.

- E se abrem o disco rígido do Edu.

- Vai ser um Deus nos acuda, digo.

- Sabe o que pode acontecer?, pergunta o Vasco com jeito de que ja sabe a resposta.

- A Ellen Grace não vai deixar abrir o disco rígido do Edu, porque o Edu não é o Edu, mas o Edu.

- E o Nem?, pergunto.

- O Nem vai aparecer com a boca cheia de formiga na estrada do Rio para Maricá.

- E o Beltrame, o novo herói da Catanhede (clique aqui para ler “Na Rocinha, a Sérgio o que é de Sérgio” ) ?

- Meu filho, tomara que eu me engane.

- Por que, Vasco ?

- Porque o Beltrame é a Satiagraha.

- E aí, Vasco ?

- É preciso calar o Beltrame.

- Como assim?

- Pergunta ao Protógenes. Pergunta ao Dalla Chiesa, aquele general que a Camorra deixou dentro do carro, adormecido, com uma bala na cabeça, em Napolês.

- Calma, Vasco.

- Meu filho, mais calmo do que eu, impossível. Uma capirinha de caju, no pôr do sol da Pedra da Gávea.

Paulo Henrique Amorim

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