Tropa de choque invade a USP
A versão online da Agência Estado informou às 06h17 de hoje:
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Teve início às 5h10 a ação de reintegração de posse do prédio da Reitoria da Universidade de São Paulo (USP), na zona oeste da capital, ocupado desde a madrugada do último dia 2 por dezenas de estudantes que exigem o fim da presença da Polícia Militar dentro do campus.
São 400 policiais da Tropa de Choque que chegaram ao local e, munidos de cassetetes, escudos e armas com balas de borracha, arrombaram um portão que dá acesso ao prédio e foram de encontro aos estudantes. Bombeiros também foram acionados para intervir caso haja necessidade de socorro a eventuais feridos.
O prédio foi cercado por completo. Às 5h25, boa parte dos estudantes já havia sido retirada pacificamente. Não houve confronto entre as partes. O efetivo empregado pela corporação, segundo o comando no local, foi necessário para garantir a integridade física de todos.
Por volta das 6h, a situação era de tensão no campus. De acordo com a Rádio CBN, havia dezenas de estudantes detidos. Polícia Militar fazia a reintegração com o auxílio de dois helicópteros.
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A truculência tucana
O desfecho deste episódio confirma a truculência dos governos tucanos no trato de demandas sociais. Na semana passada, cerca de 600 estudantes aprovaram em assembléia a manutenção da ocupação da USP. O movimento exige o fim da presença da PM no campus e melhorias nas condições de estudo e pesquisa. Foi formada uma comissão de negociação, composta por estudantes, professores e funcionários da universidade, e foi marcada nova assembléia para amanha (9).
O governador Geraldo Alckmin não aguardou a nova assembléia e acionou a tropa de choque para invadir a USP e reprimir os manifestantes. Setores da direita hidrófoba, principalmente da mídia, exigiram sangue e o governador tucano atendeu. O campus da USP voltou a lembrar os tempos sombrios da ditadura militar.
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