Por uma comunicação pública e plural no governo Tarso
Somos andando
Um grupo de profissionais ligados à comunicação entregou hoje de manhã um documento com propostas para o setor para o governador eleito Tarso Genro. As ideias contidas no texto são fruto de um debate plural, com 85 pessoas que participaram de duas plenárias para discutir propostas e encaminharam suas contribuições. Foram 18 contribuições por escrito recebidas pela equipe que estruturou o projeto. Aliás, vale mencionar o nome do pessoal que compõe esse grupo: Milena Weber, Vera Spolidoro, Ilza do Canto, Dica Sitoni, Pedro Osório, Bita Sória, Guaracy Cunha, João Ferrer, Marco Weissheimer, Celso Schröder e os representantes do PSB Daniela Miranda, Rodimar Oliveira e Daniel Lopes e do PCdoB, Clomar Porto.
Sobre o documento, pesem algumas discordâncias pequenas na sistematização da estrutura, ele faz o principal: dá a linha política que defendemos para um governo petista na área da Comunicação. É um setor estratégico, de extrema importância para o governo, mas, essencialmente, fundamental para a sociedade.
E foi isso que se tentou passar ali, que a comunicação tem que ser pública e plural. Que o governo deve ser o responsável por garantir o acesso da população à informação e aos meios de produção de conteúdo. Que deve implementar políticas públicas.
Para isso, ali vão sugestões de políticas a serem bancadas pelo governo através da Secretaria de Comunicação a ser criada por Tarso. Ela tende a se estruturar em quatro grandes áreas: políticas públicas, inclusão e mídias digitais, comunicação institucional e administração. Daí já se nota a distribuição da importância entre as áreas de atuação da Secretaria. A comunicação institucional, responsável pela divulgação de informações do governo, através do jornalismo, da publicidade, das relações públicas, não é o foco principal, como é de praxe.
O fato de as mídias digitais ganharem uma diretoria própria demonstra uma preocupação dos profissionais de comunicação com as mudanças na forma de se comunicar, mas é importante destacar que a visão 2.0 de comunicação tem que se espalhar por toda a Secretaria, e mais, por todo o governo. É preciso que cada secretário absorva a linguagem da internet e que veja a rede como uma possibilidade de ampliar a informação que chega ao cidadão, furando bloqueios.
O documento enfatiza também a relevância de se implementar um conselho de comunicação, não subordinado à Secretaria, para garantir sua independência, e com a participação da sociedade civil, através da representação de seus mais diversos setores.
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Foto: Caco Argemi
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