sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Manipulaçào da Mídia

Azenha conta como em 2006 a Globo ajudou a levar para o segundo turno

publicada sexta-feira, 13/08/2010

Do Viomundo

2006: Como a Globo ajudou a levar para o segundo turno

Por Luiz Carlos Azenha

O texto abaixo trará apenas uma novidade (considerável) para os leitores habituais do site.

Mas é importante repetir a história, especialmente para os leitores que chegam agora.

Em 2006 eu era repórter especial da TV Globo baseado em São Paulo. Fui escalado para cobrir as eleições presidenciais. Foi minha primeira experiência no gênero. Fui destacado para acompanhar o candidato Geraldo Alckmin.

Mas antes, durante as denúncias que pipocaram por causa do mensalão, comprovei em Goiás caixa dois do PT. O assunto foi parar em Brasília. Na hora agá, o denunciado abriu os arquivos e disse que tinha dado dinheiro a todos os partidos. A partir daí, o assunto morreu.

O incômodo que eu e muitos colegas sentimos nasceu mesmo na campanha. Eu friso muitos porque a Globo quis fazer parecer que eram apenas dois gatos pingados. Na minha contabilidade, pelo menos dez profissionais da emissora demonstraram abertamente que estavam alarmados com o andamento da cobertura.

Conversávamos abertamente a respeito, na redação.

Como jornalistas experientes, sabíamos detectar as nuances na cobertura da emissora:

1. Marco Aurélio Mello, editor de Economia do Jornal Nacional, nos contou que tinha recebido ordens do Rio para “tirar o pé” das reportagens econômicas que poderiam ser vistas como positivas para Lula, que buscava a reeleição;

2. Alexandre Garcia, comentarista de Brasília, começou a aparecer em programas de entretenimento para fazer análises eleitorais;

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