Uma humanidade solidária, amorosa... construída com todos incluídos num mundo menos elitista, preconceituoso, autoritário e desigual, por la vida... siempre!
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
A outra metade da laranja
Como pude me afastar de maneira tão radical das informações do cotidiano pela imprensa tradicional? Foi um desvelamento lento, gradual e espontâneo.
Deixei de comprar os jornais diários, as revistas semanais e abandonei a própria sorte os jornais televisivos. Segui ouvindo rádio. No meu caso, funciono melhor lendo. O rádio e a televisão não impressionam tanto a minha análise quanto a leitura. O fato ficava deitado ali, na minha frente, imóvel, estendido e volumoso sobre as páginas do periódico diário ou semanal. Levava comigo para reler, apreciar ou me escandalizar de novo. Minha análise do cotidiano estava atrelada a realidade visível, o invisível escondido não me despertava curiosidade. Bebia na palma da mão dessa gente que transformei em heróis. Semideuses. Incorruptíveis. Mártires encarregados da verdade dos fatos.
Fui formatado pelo Jornal do Almoço da RBS, o Jornal Nacional da Rede Globo, os periódicos semanais Isto É e Veja. O rádio esportivo ocupando o espaço do futebol da minha vida.
A desconstrução destas leituras não aconteceram em um momento apenas, mas lembro da carnificina midiática contra as ações do Governo Olívio no RGS. As acusações nas entrelinhas, no texto oculto ou explícito, nas caretas feitas por atores e atrizes transformistas de jornalistas, ávidos por mostrar as entranhas do governo de esquerda, progressista e popular. Cada fato real ou fantasista foi noticiado para dar eco ao medo e ao moralismo da bombacha.
“Virão? Esses comunistas não são tudo isso!” (E não somos, nem sou do comunismo nem do consumismo, mas quero o exercício do poder para a feitura de uma humanidade solidária, amorosa... construída com todos incluídos num mundo menos elitista, preconceituoso, autoritário e desigual.)
O contraponto a esta campanha da mídia contra o Governo Olívio se mostrou no governo Paz e Amor – Rigotto. Um governo que de paz, segurança e amor (a não ser o amor passivo de ver e fazer de conta que não vê) pouco ou nada teve, enquanto as denúncias de incompetência ficavam trancadas nas mesas das editorias.
A máscara da dramaturgia midiática caiu quando a corrupção no governo Yeda é denunciada pelo Ministério Público e logo depois cai no esquecimento das varreduras para baixo dos tapetes. Os fatos não ficam mais trancados nas mesas do editores, são tantas e tantos denunciados que é preciso usar os tapetes das redações. Assim, tudo é pisoteado e amassam com seus pés a Operação Rodin.
Não os leio e não os vejo mais, ainda os canais FM para ouvir música e AM para escutar o futebol.
Não aceito o fascismo do Estado e, muito menos tolerável, o fascismo midiático. Essa massa cheirosa carrega nos seus arsenais conservadores remédios de sabor intolerável, provocam o fascínio e despolitizam o cotidiano. É a terceira linha de defesa e ataque das elites.
A escola e a religião são os primeiros diques de contenção social. Nela acomodamos os possíveis de serem acomodados, enquanto reservamos a segunda barragem para os incontrolados, esses seguem para as prisões de concreto e grades. A terceira linha de tapumes que alimenta aos demais é a imprensa conservadora. Ela faz brotar o medo onde ele não existe, quer controlar as mentes e os corações, mas cala inesperadamente sobre o seu grande líder Uribe (o estadista colombiano que colocou o ditador Chávez no seu lugar). A imprensa conservadora perdeu o interesse por Uribe porque o grande líder se deixou pegar como um criminoso exterminador do seu povo! Silêncio, nada a declarar.
Por aqui, RS, a mesma imprensa conservadora e conivente com os desmandos do governo Yeda, faz de conta que não existe e nunca existiu nenhuma denúncia do Ministério Público (a fraude no DETRAN gaúcho é ficção). A Operação Rodin? O que é isto?
Essa mesma gente fecha os olhos para a sonolência, preguiça e desinteresse do Fogaça/Fortunatti, a dupla Fo-Fo, nos desgovernos da Capital dos gaúchos.
Desisti deles.
Minhas informações e análises do cotidiano na minha cidade e no mundo busco na internet , em blogueiros progressistas, inconformados com a escravidão da informação e da opinião aos interesses do poder e do dinheiro.
Aqui, ao lado, listo alguns destes links.
Criei minha rede de notícias... crie a sua!
Maromar
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