Professores gaúchos preparam greve, detonam ‘meritocracia’ e aluno-cobaia
Viomundopor Luiz Carlos Azenha
O governo Tarso Genro descumpriu promessas eleitorais, as escolas públicas do Rio Grande do Sul estão sucateadas e a situação dos professores é de “miserabilidade”, com salário de 395 reais para uma carga horária de 20 horas semanais.
Quem afirma é a presidente do CPERS, o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul, Rejane de Oliveira. O CPERS equivale ao sindicato dos trabalhadores na educação, que representa 87 mil sócios.
Rejane diz que a concepção de ‘meritocracia’, implantada na educação gaúcha durante o governo de Yeda Crucius (PSDB-RS) e mantida até agora pelo governador Tarso Genro (PT-RS), transfere para estudantes e professores a responsabilidade pela qualidade da educação. Escolas, professores e alunos aferidos como “ruins” pelos rankings, diz Rejane, acabam justificando a falta de investimento do estado em educação pública, gratuita e de qualidade para todos.
Rejane encara da mesma forma os testes de caráter nacional implantados pelo Ministério da Educação, que tratam os alunos feito cobaias (teste, teste, teste, diz o Viomundo, não Rejane). “Nós achamos que este tipo de mecanismo busca enganar e mascarar aquilo que a sociedade está exigindo dos governos, que é uma política pública para a educação”, afirma ela.
A representante do CPERS diz que o governador Tarso Genro, desde a campanha eleitoral, vem mudando de posição em relação ao cumprimento do Piso Nacional dos Professores no Rio Grande do Sul. Infelizmente, afirma ela, os governantes acham que a legislação é feita apenas “para o povo e os trabalhadores cumprirem”. Professores de vários estados brasileiros estão em greve pela implantação do piso, julgado constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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