Seis anos depois, assassinato de sindicalista Jair Antônio da Costa segue impune
A Federação Democrática dos Sapateiros do Rio Grande do Sul e os sindicatos da categoria sairão às ruas nesta sexta-feira (30) para cobrar o fim da impunidade e exigir a prisão dos policiais militares que mataram Jair Antônio da Costa, dirigente do Sindicato dos Sapateiros de Igrejinha, em 30 de setembro de 2005, durante uma manifestação de trabalhadores. Até hoje os criminosos continuam soltos. A atividade inicia às seis horas da manhã com distribuição de materiais em Igrejinha, com posterior ocupação da rodovia RS 115 durante uma hora. Às 8h30min, será realizada uma missa na Igreja Matriz de Igrejinha, seguida de panfletagem em Sapiranga.
Por volta das 10h30min, nas Faculdades Integradas de Taquara (FACCAT) será entregue ao governador do Estado, Tarso Genro, um documento solicitando agilidade no processo e punição aos culpados. Às 17h, haverá uma concentração no viaduto onde foi cometido o crime, de onde os manifestantes sairão em caminhada até o fórum da cidade.
Lembrando o caso
30 de setembro de 2005, 18h10min, viaduto PresidenteKennedy, km 28 da RS-239, Sapiranga. Jair Antônio da Costa,31 anos, acabava de participar de um ato de trabalhadores àbeira da rodovia. Policiais que deveriam dar segurança aostrabalhadores passaram a agredi-los. No meio da confusão, Jair foi imobilizado pelos policiais. Um deles aplicou uma gravata em Jair utilizando-se de um cacetete; um policial pressionou o instrumento contra a garganta do sapateiro e o matou. Causa do assassinato: asfixia mecânica.
Jair e outros dois mil sapateiros protestavam na rodovia contra o fechamento de 13 mil postos de trabalho nas fábricas de calçados da região, desde o início daquele ano. Inicialmente,o ato limitou-se a uma das pistas da RS-239 e era acompanhado por homens da Brigada Militar e da Polícia Rodoviária. Ao final, a multidão dispersou-se, interrompendo o trânsito. Foi então que os policiais partiram para cima dos manifestantes e acabaram matando Jair.
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