Sobre leões e ratos do jornalismo
Por Leandro Fortes, no blog Maria Frô:
Fui ao lançamento do livro de Paulo Moreira Leite, no shopping Pátio Brasil, em Brasília, me congratular com ele: mesmo no ambiente controlado das Organizações Globo, Paulo tem sido um leão em defesa da verdade em suas colunas, na revista Época.
Lá pelas tantas, sinto uma mão segurar meu braço direito e uma voz das trevas a me acusar: “Você é um rato, um rato, saia da minha … vida”.
Era Eumano Silva, ex-diretor da Época em Brasília, demitido depois de ter sido flagrado pela Polícia Federal negociando matéria com Dadá, um dos arapongas do esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Quer dizer, o sujeito é pego com a boca na botija traficando informação para um bicheiro, e o rato sou eu? E, como assim, “saia da minha vida”? Desse tipo de vida, garanto, nunca fiz parte.
Em consideração a Paulo Moreira Leite, que não merecia ver seu lançamento tumultuado por um bate-boca provocado pelo ressentimento de um jornalista que não tem mais nada a perder, dei as costas e fui embora.
Então, para quem ainda não entendeu, foi nisso que Cachoeira conseguiu transformar o jornalismo na capital federal: um vale tudo de cores mafiosas no qual, por falta de argumentos, um jornalista de 50 anos de idade se dispõe a dar chiliques em público na esperança de levar um soco e se vitimizar.
A estratégia é tola e amadorística, mas revela o tamanho do estrago provocado por esses maus tempos de jornalismo.
Fui ao lançamento do livro de Paulo Moreira Leite, no shopping Pátio Brasil, em Brasília, me congratular com ele: mesmo no ambiente controlado das Organizações Globo, Paulo tem sido um leão em defesa da verdade em suas colunas, na revista Época.
Lá pelas tantas, sinto uma mão segurar meu braço direito e uma voz das trevas a me acusar: “Você é um rato, um rato, saia da minha … vida”.
Era Eumano Silva, ex-diretor da Época em Brasília, demitido depois de ter sido flagrado pela Polícia Federal negociando matéria com Dadá, um dos arapongas do esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Quer dizer, o sujeito é pego com a boca na botija traficando informação para um bicheiro, e o rato sou eu? E, como assim, “saia da minha vida”? Desse tipo de vida, garanto, nunca fiz parte.
Em consideração a Paulo Moreira Leite, que não merecia ver seu lançamento tumultuado por um bate-boca provocado pelo ressentimento de um jornalista que não tem mais nada a perder, dei as costas e fui embora.
Então, para quem ainda não entendeu, foi nisso que Cachoeira conseguiu transformar o jornalismo na capital federal: um vale tudo de cores mafiosas no qual, por falta de argumentos, um jornalista de 50 anos de idade se dispõe a dar chiliques em público na esperança de levar um soco e se vitimizar.
A estratégia é tola e amadorística, mas revela o tamanho do estrago provocado por esses maus tempos de jornalismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário