quarta-feira, 17 de agosto de 2011

quem sabe, né?

PMDB propõe “vestibular” para Jobim ser candidato

Tijolaço


Jobim, candidato. Mas só em 2018, diz presidente do PMDB

Uma das características da arte da política é a de dizer sim, dizendo não e vice-versa. O senador Valdir Raupp, presidente do PMDB, a pratica, hoje, numa entrevista ao UOL Notícias.

Com os devidos rapapés, dizendo que Jobim é uma liderança forte por “ter peso e nome”, Raupp condiciona uma eventual candidatura do ex-ministro a que ele se submeta, antes, ao teste de candidatar-se a prefeito de Porto Alegre e a governador do Rio Grande do Sul, em 2012 e 2014. Aí, em 2018, poderia ser candidato a Presidente.

Lembra a história do homem que mandou espalhar pelo reino a notícia de que era capaz de fazer um burro falar.

O rei mandou chamá-lo e perguntou que se ele confirmava ser capaz disso, e ele confirmou.

Desafiado a prová-lo, ele aceito, mas com condições: queria aposentos no palácio para ele e para o burro, uma bolsa de mil moedas de ouro e, sobretudo, dez anos de prazo, porque a missão era difícil.

O rei concordou, mas garantiu que iria decapitá-lo se, ao final de 10 anos, não falasse o burro.

Por meses e meses, todos os dias, o homem sentava-se num banquinho, ao lado do burro e durante uma hora pedia que ele repetisse uma frase. Claro que o burro calado estava e silente permanecia.

Um dia, um jovem cavalariço aproximou-se do homem e disse: você não vê que esse burro jamais falará? E o homem: e você não vê que, daqui a dez anos, é provável que eu, o burro ou o rei, um dos três, não esteja mais aqui?

O senador Raupp não diria melhor.

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