Acabou a munição neoliberal.
BC EUA nao tem nada a declarar
Realizou-se em Jackson Hole, estado do Wyoming, a reunião anual em que presidentes do Banco Central americano anunciam os planos e dizem para onde caminha a Humanidade.
Diziam.
No tempo do Alan Greenspan, quando aquilo se transformava no Congresso Eucarístico do Neoliberalismo Universal.
Hoje, acabou a bala do neoliberalismo.
Não se convida mais o Alan Greenspan para jantar na Febraban.
E o pronunciamento do Ben Bernanke não anunciou nada de novo.
É como discurso do Aécio.
Bernanke não produziu nem a nova derrama de dólares que a Presidenta Dilma tanto temia – o quantitative easing, uma forma sofisticada de sair da crise com o bolso dos outros.
Como previu Paul Krugman, também no New York Times, Bernanke não agiu com medo de Rick Perry a versão troglodítica do George Bush, como se ainda fosse possível.
Perry é governador do Texas, candidato a Presidente por ordem de Deus, e ameaçou Bernanke de sofrer o pão que Diabo amassou no Texas, se ele mexesse no arranjo apocalíptico de corte de investimentos, juros baixos e nada de imposto.
Tudo o que os neoliberais do Pinochet e do PiG (*) pregam por aqui.
Krugman e Stiglitz, prêmios Nobel, já explicaram que a munição neoliberal de combater a crise de emprego com redução de juros e corte de investimentos só dá certo na cabeça da mais notável neoliberal brasileira, a Urubóloga.
E do pessoal do Tea Party, sua expressão americana mais autêntica.
A crise fechou o Banco Central americano.
O soturno prédio da sede em Washignton se transformara num templo Mormon.
Ou num museu de urubus tropicais.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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