Mercado brasileiro censura filme de Oliver Stone sobre os governos progressistas da América Latina
por Paulo Jonas de Lima Piva
Noventa e cinco por cento da grande mídia privada da América Latina fazem oposição sistemática e desonesta aos governos bolivarianos e de centro-esquerda do nosso continente. É com esse dado lamentável e antidemocrático que o cineasta Oliver Stone encerra o seu documentário "Ao sul da fronteira". Dá para entender, portanto, a razão pela qual o filme de Stone foi duramente atacado, por exemplo, pela revista Veja, um dos órgãos da grande mídia brasileira a compor esses 95% de oposição covarde aos presidentes progressistas latino-americanos. Na resenha que o panfletão elitista publicou lemos que "Ao sul da fronteira" consiste no "momento mais baixo" da carreira do cineasta norte-americano. Veja diz ainda que este fez "propaganda enganosa" de governantes como Hugo Chavez, Evo Morales, Lula, Rafael Correa, Fernando Lugo e do casal Kischner.
Mas quem disse que não há censura no Brasil? A censura aqui não é feita pelo Estado, mas pelo mercado. Isso é gritante no caso do próprio filme do Stone. Os cinemas de São Paulo boicotaram o filme na cara dura. Um ou dois cinemas apenas estão exibindo o documnentário. Um deles é o Cine Sesc, da Augusta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário