Carta e Maierovitch
mostram a folha corrida de Uribe
A revista Carta Capital que está nas bancas é excelente.
A capa, primorosa, mostra o “conto das teles”, aquele em o Luciano Coutinho caiu: os portuguêses da PT compraram a BrOi e o Jereissati e o Sergio Andrade engordam R$ 3,6 bilhões sem ter colocado um tusta no negócio – clique aqui para ler.
Nas págs. 30 a 35, a Carta, em textos de Paolo Manzo, Rodrigo Martins e Walter Maierovitch, recupera a folha corrida do presidente da Colômbia, Uribe, o novo herói do PiG (*) – clique aqui para ler “PiG joga Serra fora e lança Uribe candidato a Presidente”.
As FARC não ameaçam o poder na Colômbia.
As FARC estão para a Colômbia como a Guerrilha do Araguaia esteve para o Governo do General George Washington, quer dizer, Ernesto Geisel.
Anabolizaram a Guerrilha (e as FARC) para justificar um regime de força.
O depoimento do Coronel Jarbas Passarinho a Maria Inês Nassif, no Valor, é repugnante.
É a estratégia do medo, essa do jenio.
A família Uribe mantém historicamente ligações profundas com os grupos paramilitares.
Os camponeses colombianos têm mais medo dos militares do que do Serra.
A carreira do próprio Uribe se mistura, frequentemente, com os interesses de famílias de narcotraficantes, como os Uchoa, e, por tabela, com Pablo Escobar.
É tão edificante quanto, no Brasil, guardadas as proporções, ser amigo do Ricardo Sergio de Oliveira ou Daniel Dantas.
A matança que as FARC justificam pode levar Uribe à mesma cadeira em que se sentou Milosevic.
Não será a primeira vez que o PiG (*) endeusará um genocida.
Em tempo: registre-se que a Carta desta semana é o único órgão da imprensa escrita que noticiou a derrota do Presidente do Supremo Tribunal Federal na Justiça – clique aqui para ler “Presidente do Supremo perde na Justiça – o que isso significa”. A Carta chama a atenção para expressão que a procuradora Adriana Scordamaglia usou para descrever, com elegância e generosidade, os dois HCs que Gilmar Dantas (**) deu a Daniel Dantas: “acrobacia”.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista (***) do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista (***) da GloboNews e da CBN se refere a Ele.
(***) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
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