Vocês lembram da campanha da RBS de 2003, “O amor é a melhor herança: cuide das crianças”? As matérias daquela campanha (disponíveis nos websites da emissora) lidas à luz deste infeliz evento recente de violência sexual de adolescentes contra uma adolescente em santa catarina , levantam duas questões que se tornam extremamente incômodas para a família Sirotsky (cujo sobrenome é público e conhecido não por vontade nossa, mas por causa do papel social que representa na mídia do sul do país). São questões que não se deixam escapar ao exame dos leitores e tele-espectadores dos veículos da RBS:
1 – O que não deve ter acontecido aos meninos para que se tornassem “monstros”, apesar de tão jovens, a ponto de drogar e promover um estupro coletivo e esganar (com intenção de matar) uma adolescente por causa de um término de namorico adolescente? Que tipo de educação eles devem ter recebido? que exemplos morais e éticos lhes deram seus pais?
2 – Onde está a “prova do compromisso” com o “aumento das denúncias” de violência infantil e adolescente? ficou em 2003 esse compromisso? Será que os adultos responsáveis, mesmo sendo dos que têm mais poder sobre o grupo de mídia, exigirão que se faça a justiça, sem usar toda a máquina de que dispõem para simplesmente abafar o caso e cair no esquecimento?
Esta é a prova de fogo ética a qual eles estão submetidos. Mais do que nunca, é hora de serem coerentes com a conduta que sempre apregoaram
Diferentemente do que alguém falou em algum post acima, não é a mesma coisa se acontece com pobre ou se acontece com ricos. Esse caso é mais grave, sim, justamente pelas questões de assimetria de poder das pessoas envolvidas no fato. Há muito mais chance de acontecer impunidade num caso assim do que em outro. Em os pais dos adolescentes delinquentes batalharem pela sua não-culpabilização (o que é normal os pais fazerem), e obtendo sucesso, esses menores vão se achar ainda mais prepotentes do que já se achavam. Ainda, pela questão do limite de idade penal, existe a responsabilidade dos pais dos envolvidos, que também podem e farão tudo para se eximir das responsabilidades
A estratégia da RBS até agora, diferentemente da tradicional “jogar a opinião pública contra” a outra parte, tem sido simplesmente não se pronunciar a respeito, na esperança de ver o assunto cair no esquecimento. Falta mesmo ver os bastiões da moral e contra a impunidade, como Lasier Martins (RS) e Luiz Carlos Prates (SC) exigirem que se cumpra a justiça, pelo fim da impunidade e da delinquencia juvenil.
Comentário retirado RS Urgente, para ler os demais clique aqui.
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