quinta-feira, 29 de julho de 2010

São só boatos!

Serra sai atrás de boatos. Que cara de pau!


Acabo de ler na Folha de S.Paulo, em matéria assinada por Josias de Souza, que a reproduziu em seu blog, que a campanha de Serra montou um “esquadrão antiboato”, composto de 15 equipes de repórteres e cinegrafistas, ou seja, no mínimo 30 pessoas, caso dispensem iluminador, para percorrer o país em busca de “boatos” contra o tucano.

A notícia é a mais inusitada possível. Primeiro revela que a campanha de Serra deve estar nadando em dinheiro, já que pode deixar 30 pessoas percorrendo o país, com todos os gastos que isso implica, apenas para procurar boatos. O “esquadrão” deve funcionar assim:

- Atenção tucano 1, aqui tucano 2, câmbio.

- Pode falar tucano 2, tucano 1 na escuta.

- Positivo operante tucano 1, é que ouvi dizer que andam espalhando um boato contra nosso comandante em Maués, no alto Rio Negro.

- Entendido tucano 2, providenciando logística para transporte aéreo e embarcação para cobrir os 356 km que separam a localização de Manaus.

Ora, isso só pode ser brincadeira e é incrível que alguém a reproduza como se fosse coisa séria, merecendo alto de página de um jornal que se diz “a serviço do Brasil”. Montar um “esquadrão antiboatos” é o máximo da paranóia serrista, que sem programa de governo, busca fatos aleatórios para ter com o que se ocupar.

O blog da Folha se deu ao trabalho de ouvir um dos agentes do “esquadrão” que contou dois (atenção, dois, e precisa de um esquadrão para isso) supostos boatos: um de que Serra acabaria com o Bolsa Família e outro de que demitiria servidores públicos. Sobre o primeiro, deve se basear nos constantes ataques que os tucanos sempre fizeram ao programa e ao pouco interesse que Serra demonstrou no cadastramento das famílias paulistas em condições de receber o benefício. Mas Serra não devia se preocupar muito com isso, já que prometeu dobrar o Bolsa Família, o que ninguém acredita, naturalmente.

Quanto ao segundo, deve ter um fundo de razão, já que a matéria conta que pelo twitter Serra rebateu um boato de que privatizaria a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), vinculada ao Ministério da Agricultura. E o fez justamente ameaçando sevidores de demissão: “É tudo cabo eleitoral, não é gente que entende de abastecimento. Quem vai perder o emprego é esse pessoal, que está lá por nomeação política e não entende nada do assunto”, afirmou Serra.

Não existe uma ação sistemática para dizer que Serra é privatista e neoliberal. É espontâneo, é verdade. E nem é preciso espalhar boatos. Basta ler jornal. Vamos levantar mais um? Serra diz que só aumenta o salário mínimo quando for possível.

Deve ser triste para o próprio candidato perceber isso, mas seria mais digno que assimilasse, ao invés de supor o povo brasileiro como influenciável e burro.

Além do mais, alguém que estampa no próprio site uma ilustração, que comentamos aqui, de um suposto “contador de fuga de debates” de Dilma, e um site, cadastrado em nome de seu partido, dedicado exclusivamente ao insulto, quer ser visto como o que?

Como alguém com sua truculência, sua autossuficiência, criticada até mesmo dentro das suas fileiras, suas mentiras ao se colocar como pai dos Genéricos, sua insistência em chamar tudo que não lhe agrada de trololó, pretende acusar alguém de ‘mentir, insultar e fazer truques’? Aliás, aproveito a oportunidade para postar um vídeo que recebi, que trata justamente de todas essas características de Serra.

Quem faz terrorismo em campanha é Serra, que começou montando um time de brucutus para desencadear ataques na internet, que desvendamos aqui, inclusive com as digitais de Eduardo Graeff, ex-secretário-geral da Presidência do governo FHC e tesoureiro nacional do PSDB. Depois, o próprio Serra pôs a mão na massa, falando de ligações do PT com as Farc, e, indiretamente, com o narcotráfico, como afirmou, diretamente, o Da Costa, seu vice.

Quisera José Serra que fossem cabos eleitorais que desconfiassem de suas intenções. Quem não acredita em Serra é o povo, que vai, nas urnas, mostrar isso de uma vez por todas.

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