O saque colonial não tem volta
Tijolaço
Uma notícia tragicômica saiu ontem no The Guardian e foi reproduzida aqui por O Globo.
Um parlamentar sugeriu ao primeiro-ministro inglês que, como forma de ajudar os gregos a sairem das dificuldades econômicas, fosse devolvido o imenso acervo de obras de arte da Grécia Clássica saqueadas pela Inglaterra, há dois séculos.
David Cameron deu um sorriso amarelo e disse: ‘não, eu não concordo”.
Também, é obvio, não vão devolver aos egípcios o incalculável tesouro de lá roubado durante o domínio inglês.
Ou ao Brasil o ouro que, via Portugal, drenaram daqui.
Talvez, um dia, consigam uma pequena devolução, como aconteceu recentemente com o Peru, que está recebendo de volta 363 das 46 mil peças levadas pelo arqueólogo Hiram Bingham para a Universidade de Yale, nos EUA, quando da descoberta de Machu Pichu na selva peruana, no início do século 20.
Bem, menos mal que a arte sirva, hoje, nos museus e universidades, como patrimônio da humanidade.
Mas as riquezas levadas no saque colonial jamais retornam.
É algo para pensarmos hoje, quando países como o nosso abrem mão de suas riquezas naturais, deixando que sejam exploradas, em troca de algumas miçangas financeiras.
O que vai, não volta. Jamais.
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