Verdismo, o último reduto dos neoliberais
Estava o ansioso blogueiro prematuramente acordado, quando viu num jornal local da Tv Globo – clique para ler sugestões para a Globo, finalmente, entrar na Classe C – discussão apavorante.
Tratava-se de uma apresentadora a entrevistar economista neoliberal agora convertido ao verdismo.
(O verdismo é biscate de muito neoliberal desempregado com a ruína do neoliberalismo em 2008.)
Tratava-se de ensinar à parva dona de casa que não se deve entupir a pia com banha.
De preferência, não se deve jogar resíduo sólido – daquele tipo a que se referiu o Padim Pade Cerra para tratar do Bolsa Família – na pia.
Mas, evitar também óleo de cozinha.
Foram intermináveis 49 minutos de verde bestialógico.
O neoliberal não deve ter visto uma dona de casa de Classe C há aproximadamente dez décadas.
Deve achar que se trata de uma parva que joga óleo de soja, esparadrapo, lata de Coca Zero, palito, rolo de papel higiênico … tudo na pia.
Que a dona de casa da Classe C, D ou E não sabe lavar a louça.
Não sabe educar os filhos.
Não sabe cuidar da saúde deles.
E leva a Globo a sério.
Nesta sexta feira cheia de sol na Avenida Atlântica – clique aqui sobre o novo dono do Rio, um senhor Cavendish – lê-se na seção da Economia (sic) do Globo, a notável colona (*) da urubóloga: um tratado catastrófico de coloração verde.
Como se sabe, a urubóloga é a melhor Economista que o neoliberalismo brasileiro produziu.
Agora, ela se converteu ao verdismo, diante do retumbante fracasso de sua urubologia no campo da Economia.
A Blablarina Silva, como se sabe, não consegue, sequer, permanecer no Partido Verde.
Ela que foi desde sempre linha auxiliar do Cerra.
Mesma posição, genuflexal ( é assim mesmo, revisor; obrigado), aliás, do Partido Verde em São Paulo.
Como os comunistas do PPS, que só não foram mais para a direita cerrista, carola, que os comunistas da Argentina.
O Brasil desmoralizou os Verdes.
Nos Estados Unidos – como Al Gore -, eles estão à esquerda do espectro político.
Na Alemanha.
Aqui, como diz o meu amigo Miro Borges, presidente do Barão de Itararé, verde é antônimo de vermelho.
E cabide de emprego.
Na Globo.
Que deve achar que o verdismo é um jeito de ser moderninho, que a Classe C adora.
Paulo Henrique Amorim
(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
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