terça-feira, 2 de agosto de 2011

"Para uma esquerda confiável, capaz de resistir e enfrentar a 'Besta'. "

Richard Sennett: por uma esquerda confiável



Segue sugestão de leitura de um baita texto. A sugestão é, não só, mas principalmente para todos aqueles que se consideram de esquerda. O autor é Richard Sennett, autor, entre outras obras, de “A Corrosão do Caráter”, publicado no Brasil pela Editora Record. Katarina Peixoto, que traduziu o artigo, faz a seguinte apresentação do mesmo:

Uma leitura sobre o sentido moral em que ser de esquerda pode determinar o modo como se vive em sociedade. E a via para recasar o aspecto social nas concepções programáticas de partidos políticos cujas bases são da esquerda. Nos EUA, na Europa e em todo o mundo, sempre. Richard Sennett, escritor, sociólogo, pesquisador e professor da Universidade de Nova York retoma a defesa do cultivo da solidariedade como conceito político da esquerda, segundo o qual agir em conjunto seria e deve ser um fim em si mesmo. Para uma esquerda confiável, capaz de resistir e enfrentar a “Besta”.

No texto, Sennett defende que a esquerda deve, de certo modo, voltar a pisar o chão dos problemas cotidianos das comunidades e falar uma linguagem que seja compreensível e solidária às pessoas comuns. Ele escreve:

A direita conseguiu uma façanha genial: embora grandes montanhas de dinheiro estejam por trás de muitos de seus esforços organizativos, no fundamental as organizações de direita tem se comportado de maneira confiável quando fala em nome das pessoas comuns. Eu espero que a esquerda tome de volta esse território comunitário; mas fazer isso requer uma mudança de mentalidade de nossa parte.

Como um sujeito de esquerda de velha geração, eu me preocupo com tudo isso. Seria lamentável que o futuro consistisse apenas em diferentes sombras de capitalismo. Dentre as anotações médicas e fúnebres, eu me perguntaria como a esquerda no poder se apequenou. Este é um problema, cheguei a pensar, mais social que ideológico, no fundo.

A íntegra do artigo (em português) está na Carta Maior.

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