Privataria vende de caminhão
Conversa Afiada
Amigo navegante Ruy telefona esbaforido:
- Ansioso blogueiro, o Emediato tá vendendo o Amaury a caminhão.
- Caminhão ?
- Liga pra ele, ansioso blogueiro !
Ontem, estacionou um caminhão da rede Saraiva na porta de uma das três graficas que imprimem o Privataria Tucana.
E disse que só saía de lá quando recebesse os 15.500 que já tinha encomendado.
Inesperadamente, uma camionete fecha o caminhão da Saraiva e avisa: só saio daqui com os meus mil livros.
Deu-se uma certa confusão.
Nada que o Luiz Fernando Emediato, editor do Amaury, não pudesse contornar.
Na terça-feira da semana que vem, quando também deve ser instalada a CPI do Protógenes e do Marco Maia – clique aqui para ler sobre o regimento – o Emediato terá rodado 80 mil exemplares.
Quinze mil da primeira ediçao.
Trinta mil, ontem, quando houve esse entrevero na porta de uma das gráficas.
Mais 35 mil até terça-feira.
Desses 80 mil, explica o Emediato, 70 mil são só para entregar, porque já estão vendidos.
Emediato conta que, agora está diante de um sério dilema: quantos exemplares rodar ate o dia 23, quando a editora entra de férias.
Ele precisa ter livros impressos até 3 de janeiro, quando volta das férias.
Que problema, hein ?, amigo navegante ?
Pergunto ao Emediato se alguma editora se recusou a vender o livro, mesmo de coloração tucana mais nítida.
– Nenhuma ! Nenhuma ! Não houve um único boicote !
– E o Cerra tentou te pressionar ?
- Não, respondeu o Emediato. É como saiu na Carta Capital. Ele mandou um emissário muito gentil, cordial .
- Mas, o que ele queria ?
- Conversar. Uma palavrinha. Agora, eu te pergunto: eu com o livro rodando ia conversar o que com o Cerra ?
- Sobre o Palmeiras, ponderei.
- Ele pensa que é Deus, que eu tenho que ir lá ouvir ele ?
(Só que pensa, pensou o ansioso blogueiro com seus botões.)
- Se ele quiser vir ao meu escritório, eu recebo ele com toda a cordialidade, como faço com todo mundo, disse o Emediato.
- Você já tinha visto um fenômeno igual ?
- Não, com essa rapidez, não. E olha que eu editei o “Honoráveis Bandidos”, do Palmério Doria, que vendeu até agora 120 mil exemplares e continua vendendo.
- Mas, não teve assim, uma explosão de vendas, como o Amaury ?
- Teve uma coisa parecida, conta o Emediato. O livro é sobre o Sarney e numa noite de autógrafos em São Luis saiu um quebra- quebra, a coisa foi parar na internet e o livro explodiu.
- Acho que você vai ter um problema muito sério, Emediato, disse eu.
- Mais um ?
- Eu acho que o Elio Gaspari vai reivindicar na Justiça a paternidade da palavra “privataria”.
- Não, não tem esse perigo, não, disse o Emediato.
E caiu na gargalhada !
Pano rapido.
Paulo Henrique Amorim
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