“Banrisul foi vítima de uma quadrilha”, diz delegado
A Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul divulgou fotos com o dinheiro já apreendido pela força tarefa que investiga o desvio de recursos da área de marketing do Banrisul. Os recursos somam cerca de R$ 2 milhões. Segundo o superintendente da PF, Ildo Gasparetto, esses valores indicam lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Os investigadores estimam que cerca de R$ 10 milhões tenham sido desviados do banco pela quadrilha nos últimos 18 meses. O esquema funcionaria por meio do superfaturamento na produção de ações de marketing contratadas pelas agências de publicidade DCS e SLM, que terceirizavam o serviço subcontratando os reais executores a preços muito menores do que os cobrados do banco.
O Banrisul foi vítima de uma quadrilha, disse Gasparetto. “A quadrilha era formada por funcionários públicos e privados que retiravam dinheiro do banco para usar de maneira particular.” A investigação iniciou por meio da denúncia feita ao MP Estadual por uma das pessoas subcontratadas neste esquema e que não recebeu o que deveria. A PF entrou na investigação, explicou o delegado, em função da suspeita de prática de crimes federais como evasão de divisas e lavagem de dinheiro. “Uma das pessoas detidas hoje foi presa por evasão de divisas há 60 dias no aeroporto de São Paulo com uma certa quantia de dólares”, informou, sem citar o nome da pessoa.
Não é a primeira vez que o nome da agência DCS é envolvido em denúncias feitas contra o governo Yeda Crusius. Em maio de 2009, a revista Veja publicou o conteúdo de gravações em que o ex-assessor da governadora Yeda Crusius, Marcelo Cavalcante, (que foi encontrado morto boiando no Lago Paranoá, em Brasília, em fevereiro de 2009), relata uma série de irregularidades na campanha eleitoral de 2006 e no governo da tucana.
Nestas gravações, Marcelo afirma que algumas despesas do comitê eleitoral de Yeda foram custeadas pela agência de publicidade DCS, que não prestava serviços à campanha nem fez doações oficiais. Segundo o ex-assessor, a DCS teria pago, por exemplo, suas passagens aéreas e diárias no flat Swan Molinos, em Porto Alegre. Após a eleição, segundo a mesma fonte, teria arcado com recepções oferecidas por Yeda em sua casa. Depois que ela tomou posse, a agência teria prosseguido a quitar passagens e diárias de Marcelo. Yeda renovou os contratos que o Banrisul mantinha com a DCS. A agência negou ter pago essas contas a Marcelo Cavalcante. Até o final da tarde de hoje, a empresa ainda não havia se manifestado oficialmente sobre o caso Banrisul.
Um comentário:
O que me preocupa é saber se parte do dinheiro roubado do banrisul cujo marketing é comandado pelo tesoureiro da yeda naquela campanha para governo do estado esteja indo provavelmente para pagar conta de campanha politica da ex sec. da cultura monica leal. Afinal ela faz questão de dizer e posar ao lado do Gilson Stork como o responsável por sua campanha atual. ai vai o link pra quem quiser comprovar:http://migre.me/19Mj0
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