“A próxima vez que aparecer em um vídeo será com a cabeça estourada”
As investigações que levaram à prisão do sargento César Rodrigues de Carvalho foram realizadas por uma força tarefa composta por integrantes do Ministério Público e do serviço de inteligência do Comando de Polícia Metropolitana da Brigada Militar. O promotor Amílcar Macedo já tomou o depoimento de um coronel que trabalha no gabinete da governadora. Segundo o promotor, esse oficial relatou que recebeu informações, via o telefone do disque-denúncia, sobre as relações entre o sargento e empresários do setor de caça-níqueis. Mais recentemente, há cerca de 4 meses, contou que recebeu uma nova informação no mesmo sentido, mais uma vez via o disque-denúncia. O oficial disse ao promotor que chegou a comunicar o ocorrido ao comandante geral da Brigada em uma conversa informal há alguns meses.
Amílcar Macedo afirmou ainda que há indícios do envolvimento de, no mínimo, mais um oficial no esquema de arrecadação de propina. E revelou que o contraventor de caça-níqueis, que denunciou o sargento, já recebeu ameaças de morte por email. “A próxima vez que aparecer em um vídeo será com a cabeça estourada”, dizia uma delas. Um oficial do setor de inteligência da Brigada, que está na linha de frente do combate aos caça-níqueis também recebeu ameaças de morte. “Há forças que se opõem a esse combate que teriam contratado pistoleiros para cometer assassinatos”, informou o promotor.
A prisão do sargento deve provocar reações também em importantes esferas políticas do Estado. As investigações reuniram informações e materiais que indicam que ele não agia sozinho. E, a essa altura, alguns de seus parceiro(a)s já sabem que mais gente sabe disso.
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