terça-feira, 29 de março de 2011

desqualificar políticos(?) hum... isso tudo me parece m....

CQC e o direitoso típico: Jair Bolsonaro

Baitasar

Pegando carona com a gurizada do Chapéu do Sol

Hoje, o Professor e a redação do blog do baitasar (eu) estiveram em reunião permanente O chimarrão (correndo solto de mão em mão) acariciando nossas mãos e aquecendo nossas gargantas, enquanto discutimos o post do Chapéu do Sol sobre o CQC e o direitoso do Bolsonaro.

O bar da ladeira fechou (para tristeza geral), as gurias conseguiram um financiamento e estão abrindo um restaurante mais chique. Essas também mudaram de classe.

De qualquer maneira o chimarrão tem aquecido nossas discussões sobre o momento histórico que vivemos no Brasil

"baitasar, elegemos um retirante nordestino e o homem mudou os nossos destinos. Em outubro, elegemos uma mulher, terrorista (sic), assaltante de banco (sic), presa, torturada pela ditadura militar e civil cristã. Esses bolsonaros não sabem o que fazem para parar essa história de pobre vencendo e mulher mandando."

Repito ao professor que tenho dúvidas se o preconceito e o racismo são bandeiras encasteladas nas redações, edições e mesas de áudio

"guri, se fosse o contrário, essa gentiti da caneta e microfone estaria colocando sonhos nas cabeças de nossos jovens."

Lembro do sonho de jogar bola, manequim, novelas. Desisto quando o olhar do Professor me acusa de ingênuo útil

"baitasar, bastava eles mostrarem todos os dias a lei federal 12.202 de 14 de janeiro de 2010."

Pergunto sobre a lei

"o estudante ou a estudante pobre que desejar estudar medicina ou ser professor ou professora terá do Estado Brasileiro o financiamento. E pagará esse financiamento com o seu trabalho, lá na saúde familiar, junto das populações pobres."

Isso é revolução!

PROUNI - Formatura 1ª turma de Medicina



"baitasar, é isso que esses racistas não conseguem aceitar."

O Professor tem razão.

Aqueles que financiam a deseducação nós já conhecemos.

Agora, precisamos conhecer os nomes dauqeles que estão financiando a educação dos brasileiros e brasileiras, de verdade!

Sem historinhas de benemerêmcia ou auto-ajuda, mas como um direito de cidadania.

"baitasar, tenho um nome na ponta da língua..."


CQC e o direitoso típico: Jair Bolsonaro


Chapéu do Sol

Posted on 29/03/2011 by Daniel Legal

Desde 2008, o programa CQC vem alavancando a audiência capenga da Rede Bandeirantes. A mistura de jornalismo, política e humor fez sucesso entre o público jovem, cansado da fórmula já esgotada dos telejornais tradicionais. Com um formato atraente, inovador (talvez nem tanto, afinal não é novidade nenhuma ironizar os políticos na mídia – Honoré Daumier fazia a mesma coisa com suas charges no século XIX), o CQC ridiculariza o quanto pode os parlamentares, que se tornam vítimas de sua própria ignorância. Dessa forma, os políticos entrevistados acabam perdendo qualquer credibilidade, pois se transformaram em objeto de riso e escárnio. Porém, é preciso perceber a intencionalidade que existe por trás disso. Na mídia, nada é por acaso. O humor, usado desse jeito, pode também conformar telespectador, que talvez passe a associar à política com o deboche. Assim, questões que deveriam ser sérias viram motivos de risada, mas não de questionamento.

É verdade que algumas pessoas irão assistir ao programa com um olhar crítico, inquietando-se com as situações mostrada, só que essas não parecem representar a maioria. De qualquer forma, este post quer mesmo destacar algo que aconteceu na edição de ontem, 28 de março. No quadro “O povo quer saber”, que convida personalidades a responder perguntas da população, o entrevistado foi o deputado federal Jair Bolsonaro, do PP. Militar de carreira, é um dos parlamentares mais reacionários do País. Impressiona como alguém com a mente tão tacanha conseguiu se eleger a um cargo público: defende a ditadura militar, flerta com a tortura, é contra o casamento gay, entre outras barbaridades. Óbvio que tudo isso se refletiu na entrevista, que foi editada e montada justamente para causar polêmica.

O CQC chamou a cantora Preta Gil para fazer uma pergunta ao deputado “conservador” (eufemismo). Bolsonaro foi questionado sobre o que ele faria se um de seus filhos se apaixonasse por uma negra. A resposta, que me dá nojo até de digitar, foi esta:

“Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro este risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambientes, como lamentavelmente é o teu”.

Racismo diluído em palavras estúpidas. A fala derradeira foi deixada para o final do quadro, depois que um mar de asneiras já havia sido cuspido pelo “progressista”. O pior é ver Marcelo Tas, âncora do programa, tentando defende-lo a todo o custo, porque talvez Bolsonaro não tivesse entendido as perguntas direito. Mais uma vez, o objetivo é claro: provocar polêmicas à toa e aumentar o IBOPE. A produção do CQC sabia o que ia acontecer. Hoje, o nome do deputado entrou nos trending topics do tuíter. Publicidade gratuita a um reacionário.

Alguns vão apoiar o deputado, afirmando que ele “apenas expressou sua opinião” que não é “a modinha do politicamente correto”. Mas, como sempre, esquecem que liberdade de opinião implica em aceitar as conseqüências do que foi dito. A frase dele é racista, o que é crime. Se Bolsonaro acredita mesmo que todos são iguais perante a lei, como justificou no programa para atacar as cotas, então, para não ser hipócrita, deve aceitar a punição pelos seus atos sem apelar para a sua imunidade parlamentar.

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