La mujer que vengó al Che Guevara
Bons jornalistas normalmente acabam por preterir a vida de repórter mixuruca. Bem por isso, é corriqueiro que encontremos práticas jornalísticas aguçadas em páginas de livros.
Não conheço Jurgen Schreiber, tampouco sei se é um bom jornalista ou a sua linha ideológica. Mas queria reportar ao fato de que saiu-se bem sucedido na sua tentativa de contar a história de Monika Ertl, a mulher que vingou Che. Schreiber usa e abusa da sua capacidade de investigação, fazendo da biografia de Monika uma reportagem de 287 páginas narrada em primeira pessoa. O seu leviano envolvimento com o caso fulmina no seu mérito: o mérito de inquirir.
Jurgen Schreiber joga com o leitor ao começar com a cena que intitula o livro – o assassinato do Cel. Roberto Quintanilla por parte da menina - e dando voltas ao mundo antes de encaixar-se na história bruta. Por exemplo: vários capítulos são reservados para o estudo de outros personagens, como o pai e o cônjuge da protagonista. E falando em “pai”, é incrível como os pais sofrem em toda e qualquer biografia de algum rebelde que leio. Nesta em questão, a sina repete-se.
Uma filha do nazismo, que usou da arma em punho para assassinar aquele que mandou decepar o líder Che, não se vê todos os dias. Informações com a mínima da decência sobre esse livro (aqui fica somente registrado a sugestão de leitura) podem ser adquiridas clicando aqui. E pra quem quiser emprestado, o tenho.
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