ZH distorce os motivos do impasse
A manchete principal na capa de Zero Hora, edição de hoje, quer passar a ideia de que existe uma diferença meramente pessoal entre a governadora que está saindo e o governador que assumirá em janeiro.
Ora, o impasse não é entre dois indivíduos, Yeda de um lado, Tarso de outro. Os obstáculos que impedem obras de presídios, rodovias, etcetera, são de natureza jurídica, uma vez que os projetos yedistas não contemplam elementos básicos como modicidade de custos/preços, os contratos estão propositalmente dúbios, mal estruturados, imperfeitos mesmo, e podem representar prejuízos para o interesse público e, como bem anota o Ministério Público de Contas, ousam trazer "dano irreparável e irreversível ao patrimônio público".
É de estranhar, embora não nos surpreenda, que o grupo RBS - donos de Zero Hora - não indague os motivos de a governadora Yeda querer administrar de afogadilho, ao apagar das luzes (perdoem-nos o clichê surrado) do seu tumultuado quadriênio.
Cada ação precipitada da governadora, neste final de gestão, curiosamente, tem sempre um grupo econômico interessado na sua consumação, bem como uma consequente lesão - "irreparável e irreversível" - aos cofres públicos estaduais. Mas sobre isso, os veículos da família Sirotsky fazem olho branco. Vocês sabem o motivo?
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Observem, temos comentado aqui, seguidas vezes, que o grupo RBS já vem fustigando o futuro governo Tarso Genro muito antes deste tomar posse na administração pública estadual.
Isto posto, os presságios são os piores possíveis. Teme-se que o futuro governo não esteja preparado para resistir e superar esses ataques desqualificados e permanentes, mesmo que indiretos e dissimulados, como é a praxe do grupo RBS.
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