Governo distribuiu renda até na publicidade
Somos andando
Não é de hoje, novidade nenhuma, que a imprensa – o que chamam PIG – não gosta do Lula. Não gosta do Lula, do PT, do governo, da Dilma. Sabe-se também que não gosta porque Lula é do povo, porque Lula não tem curso superior, por preconceito. Porque Lula distribuiu renda, não se curvou aos EUA e outros interesses estrangeiros, não cedeu totalmente às elites, mas olhou para o povo. Por preconceito e por poder. Como estavam, as coisas iam bem para as elites. Indo bem para as elites, os interesses da grande imprensa estavam contemplados. Não convém deixar um homem do povo, que fala para o povo e governa para ele chegue ao poder. E ainda resolve inverter a ordem das coisas. Onde já se viu?, perguntam eles.
Mas tem também um outro ponto que faz com que essa imprensa não goste do Lula, reclame de seu governo, queira ver Dilma longe. Ao preconceito e à sede de poder, somam-se os interesses econômicos diretos. Trocando em miúdos, a imprensa não gosta muito de perder dinheiro. E, quando se distribui, quando mais têm acesso, menos sobra para os poucos que antes tinham tudo.
Foi o que aconteceu com as verbas de publicidade, que nunca antes na história deste país chegaram a tantos veículos diferentes.
Em 2003, 499 veículos recebiam publicidade do governo. Em 2010, sem aumentar o montante de recursos, são 8.094 os meios de comunicação que a recebem. De 182 municípios abrangidos, pulou para 2.733. Em dois aspectos esse dado é relevante. Primeiro pela valorização de veículos alternativos e incentivo à democratização na comunicação – quando os veículos recebem publicidade, mais condições eles têm de se manter e mostrar-se como uma alternativa à grande imprensa tradicional. Por outro lado, o governo demonstra que até enxerga o Brasil em sua totalidade. Se o fez com os programas sociais, por que seria diferente com a propaganda do governo? Pessoas que antes não eram vistas como consumidores, eleitores, cidadãos, agora têm acesso à mesma informação do governo que os moradores dos grandes centros. Até porque antes eles eram eleitores, mas muitos deles não eram consumidores e não se sentiam cidadãos.
Ou seja, verbas públicas, daquelas que a imprensa tanto reclama de serem mal aplicadas, de serem gastas em cargos de confiança e patati patatá, estão sendo distribuídas de uma forma um pouco mais justa no que diz respeito à publicidade. E aí a verba sai dos bolsos dos veículos. Por que será que nesse caso eles não reclamavam da concentração e da alta quantidade de recursos investidos?
Diante do preconceito, do poder e do dinheiro, a imprensa mente, distorce, calunia e se autoproclama perfeita, já que não pode ser criticada. Uma instituição que não cometa erros – intencionais ou não – decerto não é gerida por pessoas. Afinal, pessoas erram. Menos as pessoas da grande imprensa brasileira, claro.
A mesma grande imprensa que reclama, esbraveja, ironiza. Inventa. Os blogueiros que entrevistaram Lula no mês passado, por exemplo, ganham insinuações. Tornam-se “progressistas” por decreto governamental. Quando a Folha é chapa-branca com governos de seu agrado, aí vale. Se blogueiros de esquerda entrevistam o presidente, provavelmente são comprados, certo?
Errado, meus amigos. E é por não entender de nada disso que a grande imprensa está perdendo força, poder, dinheiro. É por não enxergar que o mundo vai além da Barão de Limeira, com limite em Higienópolis. Quem sabe um dia ela aprende e muda. Ou perde a vez.
Mas tem também um outro ponto que faz com que essa imprensa não goste do Lula, reclame de seu governo, queira ver Dilma longe. Ao preconceito e à sede de poder, somam-se os interesses econômicos diretos. Trocando em miúdos, a imprensa não gosta muito de perder dinheiro. E, quando se distribui, quando mais têm acesso, menos sobra para os poucos que antes tinham tudo.
Foi o que aconteceu com as verbas de publicidade, que nunca antes na história deste país chegaram a tantos veículos diferentes.
Em 2003, 499 veículos recebiam publicidade do governo. Em 2010, sem aumentar o montante de recursos, são 8.094 os meios de comunicação que a recebem. De 182 municípios abrangidos, pulou para 2.733. Em dois aspectos esse dado é relevante. Primeiro pela valorização de veículos alternativos e incentivo à democratização na comunicação – quando os veículos recebem publicidade, mais condições eles têm de se manter e mostrar-se como uma alternativa à grande imprensa tradicional. Por outro lado, o governo demonstra que até enxerga o Brasil em sua totalidade. Se o fez com os programas sociais, por que seria diferente com a propaganda do governo? Pessoas que antes não eram vistas como consumidores, eleitores, cidadãos, agora têm acesso à mesma informação do governo que os moradores dos grandes centros. Até porque antes eles eram eleitores, mas muitos deles não eram consumidores e não se sentiam cidadãos.
Ou seja, verbas públicas, daquelas que a imprensa tanto reclama de serem mal aplicadas, de serem gastas em cargos de confiança e patati patatá, estão sendo distribuídas de uma forma um pouco mais justa no que diz respeito à publicidade. E aí a verba sai dos bolsos dos veículos. Por que será que nesse caso eles não reclamavam da concentração e da alta quantidade de recursos investidos?
Diante do preconceito, do poder e do dinheiro, a imprensa mente, distorce, calunia e se autoproclama perfeita, já que não pode ser criticada. Uma instituição que não cometa erros – intencionais ou não – decerto não é gerida por pessoas. Afinal, pessoas erram. Menos as pessoas da grande imprensa brasileira, claro.
A mesma grande imprensa que reclama, esbraveja, ironiza. Inventa. Os blogueiros que entrevistaram Lula no mês passado, por exemplo, ganham insinuações. Tornam-se “progressistas” por decreto governamental. Quando a Folha é chapa-branca com governos de seu agrado, aí vale. Se blogueiros de esquerda entrevistam o presidente, provavelmente são comprados, certo?
Errado, meus amigos. E é por não entender de nada disso que a grande imprensa está perdendo força, poder, dinheiro. É por não enxergar que o mundo vai além da Barão de Limeira, com limite em Higienópolis. Quem sabe um dia ela aprende e muda. Ou perde a vez.