quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

não entro em avião, mas para quem entra... boa viagem (sem caos!)

O “caosaéreo” do PiG (*) fracassou

Este ordinário blogueiro foi passar o Natal na Bahia.

Sorry, periferia.

O taxi para o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, seguiu com normalidade.

O atendimento no balcão da TAM, também.

É verdade que este ordinário blogueiro possui o cartão vermelho, já que viaja muito.

Que horror !


No saguão de normal ocupação nesta época do ano, encontrou dois painéis, que descreviam a situação de 28 vôos.

Dos 28, havia três atrasados.

Que horror II !


É o caos !

A urubóloga tem toda a razão !

Assim não dá !


Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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BAITASAR

O Baitasar é um desses amigos (que o Noel se encarrega de encontrar e nos oferece sem perguntas, "Toma o teu presente de natal") do blog do mauro (ele não viaja de avião nem que a vaca tussa, grita da janela da redação que o tal caos aéreo pode esperar), cuja função é acionar o controle remoto do televisor sempre que sentir uma sensação indeterminada, desagradável e precisa de idiotice (hoje, ele não pediu um repouso, então, eu o convido para um chopinho geladérrimo no buteku da ladeira), juro que motivos não faltam para ele estar com sede, bem mais importantes que ficar pensando em avião

"O problema é que atrasa tudo."

Hoje, ele chegou sem o controle remoto e sem o cachimbo, seu novo brinquedo, vem carregando coisa nenhuma nas mãos. Mas continua com a mesma intenção


"Entortar o cachimbo."

"Presta atenção em tudo que acontece no Brasil... essa gentiii não torce pelo Brasil, eles apostam no desastre e por isso fazem de tudo para que o desastre aconteça."

E no aeroporto, pergunto se é incompetência

"O tráfego aéreo está como o tráfego das nossas estradas e avenidas: congestionado de pobre."

Descemos a ladeira conversando sobre cachimbos, bocas, controles remotos, carros e aviões.

Quando entramos no buteku, a Orquídea nos recebe com uma saudação de carinho

O Baitasar percebe o descaramento da nossa nova amiga e, claro, fica animado para repetir o elogio da Teresinha (parece que tirou o dia de folga)

"Essa daí tem muito mais formosura."

Pergunto à jovem a razão da alegria. Ela responde

Fica em pé, como uma revolucionária atenta, antes de se entregar ao chamado às armas.

O avental rosa amarrado na cintura-de-tanajura, o bloco de preços na mão e a caneta atrás da orelha

"Está acabando."

Pergunto o que está acabando

"O caosaéreo!"

"Então, garota, vamos comemorar com aquele chopinho esperto."

Quando ela se vira para dar cumprimento às ordens, o Baitasar a segura levemente pelo braço

"Orquídea, a moça é uma formosura."

"O que é isso, seu Baitasar."

"Como assim, o que é isso, a moça é linda."

Ela fica em silêncio, eu e o Baitasar nos olhamos, ele procura o cachimbo.
O silêncio da moça entorta na boca do Baitasar.

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