Dilma Rousseff completa quadro de ministros
Sul21
Jorge Seadi
O ministério da presidente eleita Dilma Rousseff ficou completo nesta quarta-feira, 22. Os dois últimos convites foram para Afonso Florence (PT/BA) assumir o Ministério do Desenvolvimento Agrário e para a deputada Iriny Lopes (PT/ES) ser a titular da Secretaria das Mulheres. A confirmação dos dois nomes aconteceu hoje pela manhã.
Com estes dois nomes, Dilma Rousseff completa o “primeiro time” de seu governo. O Partido dos Trabalhadores terá 16 representantes no ministério enquanto que o PMDB, do vice Michel Temer, terá seis.
Na terça-feira, Dilma anunciou outros cinco nomes. Entre eles está o de Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira, deputado federal do PT-RJ, que substituirá Alexandre Padilha na Secretaria de Relações Institucionais. Além dele, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho, assumirá o Ministério da Integração Nacional. O general José Elito Carvalho Siqueira assumirá o comando Gabinete de Segurança Institucional. Leônidas Cristino comandará a Secretaria de Portos e o ministro Jorge Hage continuará à frente da Controladoria Geral da União.
Na segunda-feira, a equipe havia confirmado o convite a Alexandre Padilha, para comandar a pasta da Saúde, a Ana de Hollanda, irmã de Chico Buarque de Hollanda, para a Cultura, a Orlando Silva para continuar no Ministério do Esporte e a Mário Negromonte para Cidades.
Também foram anunciadas outras duas mulheres ministras: a economista Tereza Campello para o Desenvolvimento Social, Luiza Bairros para a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. E a permanência de Luis Inácio Adams no posto de Advogado-Geral da União.
A primeira área a ter seu comando decidido foi a econômica, com a permanência de Guido Mantega na Fazenda, Míriam Belchior para o Planejamento e Alexandre Tombini para a presidência do Banco Central.
Em seguida, foram oficializados Antonio Palocci para a Casa Civil, José Eduardo Cardozo para a Justiça e Gilberto Carvalho para comandar a Secretaria Geral da Presidência.
O terceiro anúncio teve dez nomes: Edison Lobão para Minas e Energia, Wagner Rossi para Agricultura, Pedro Novais para Turismo, Garibaldi Alves para Previdência, Paulo Bernardo para Comunicações, Alfredo Nascimento para Transportes, Ideli Salvatti para Pesca, Moreira Franco para a Secretaria de Assuntos Estratégicos, Maria do Rosário para a Secretaria de Direitos Humanos e Helena Chagas para a Secretaria de Comunicação Social.
Depois foram oficializados o futuro chefe do Ministério das Relações Exteriores, Antônio Patriota, Fernando Pimentel para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Aloizio Mercadante para Ciência e Tecnologia e a permanência de Nelson Jobim à frente do Ministério da Defesa. Também foi anunciado que Giles Azevedo irá chefiar o gabinete da Presidência da República.
Na semana passada foi anunciada permanência de Fernando Haddad na Educação, Carlos Lupi no Trabalho e Izabella Teixeira no Meio Ambiente.
O ministério não será novo para 13 integrantes, todos eles trabalharam na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. Alguns trocaram de ministério como é o o caso de Paulo Bernardo que sai do Planejamento e vai para a Comunicação. Outros continuam no mesmo ministério, caso de Nelson Jobim na Defesa e Guido Mantega na Fazenda. Mas a grande novidade é a presença forte das mulheres. Serão nove.
Analistas dizem que Dilma acertou em manter o ministro da Fazenda, Guido Mantega, porque “a manutenção dá um tom de continuidade, principalmente na área econômica”, afirma David Fleischer, cientista político da Universidade de Brasília. A analista política Cristiana Lobo, da Rede Globo, afirma que a continuidade de Mantega na Fazenda, “sem o contraponto de Henrique Meirelles no Banco Central, fortalece Guido Mantega nas decisões econômicas ao lado do presidente do BNDES, Luciano Coutinho”.
Numa análise mais política da formação do ministério, o cientista político Claúdio Couto diz que “PMDB e PSB perderam espaço e o PT cresceu, indicando que o desgaste é provável”. Couto analisa ainda o PMDB. O partido do vice esperava 6 ministérios, ficou com 5 e mais uma secretaria mas perdeu ministérios com orçamentos mais altos como a Saúde “e isto poderá provocar alguma turbulência”.
Outros afirmam que três ministros do PT poderão ser candidatos à prefeitura de São Paulo, em 2012, alterando a composição do ministério em apenas dois anos. Fernando Haddad, da Educação, Aloizio Mercadante, Ciência e Tecnologia e Alexandre Padilha, da Saúde são os três paulistas que vão trabalhar de olho na prefeitura de São Paulo.
Com informações do UOL, G1, Terra e Agência Brasil
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