quarta-feira, 15 de junho de 2011

Árvores, mulheres, meio ambiente, vida saudável, homens...

Reunião na Câmara reforça pleitos da Agapan

Vereadora Sofia Cavedon

Entidade teve sua sede destruída por empresa no início do mês


foto tonico alvares / cmpa
Solicitar ao Prefeito Municipal a reconstrução da sede da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) e maior rigidez para a concessão de alvarás, a fim de que o fato ocorrido com a entidade ambientalista não ocorra mais, foram os encaminhamentos da reunião realizada nesta quarta-feira (15), na Câmara Municipal de Porto Alegre. Os vereadores também irão reforçar o pedido de reunião com o Prefeito, solicitada pela direção da Agapan.

Segundo a presidente da Casa Legislativa, vereadora Sofia Cavedon, o encontro foi muito produtivo, tendo em vista que várias questões foram elucidadas com os órgãos presentes, como a Junta Comercial, Receita Federal e CEEE. “Hoje a Smic, que infelizmente não se fez presente, libera os alvarás partindo da presunção da boa fé do requerente”. Sofia destacou na reunião que o boletim informativo concedido pela Secretaria para a empresa Peruzzato e Kindermann consta que a localização é inexistente no cadastro imobiliário e não dá limite para o porte do empreendimento. “Só isso mostra a fragilidade dos documentos emitidos para a liberação de serviços”, disse.

Para o vereador Toni Proença (PPS) a empresa deu um “golpe” nos órgãos responsáveis pela liberação das atividades. “È preciso que a Prefeitura exija nos alvarás provisórios a citação da área que será ocupada”, enfatizou.

A conselheira da Agapan, Sandra Ribeiro, expressou o constrangimento que a entidade e seus representantes estão vivendo. “Percebemos que estamos completamente desprotegidos e vulneráveis a ações desse tipo. E isso que nossa entidade é reconhecida pela sociedade nesses 40 anos de existência. Imaginem aqueles que ainda não tem esse reconhecimento, o que passam?” questionou. Sandra também agradeceu ao Poder Legislativo pela sua pronta disponibilidade em ajudar, promovendo o diálogo com os órgãos e ajudando na construção de soluções.

Liberação de Alvarás

Sofia buscou informações sobre o procedimento de liberação de Alvarás realizados pela Smic, e uma das constatações é de que nada, referente à propriedade, é verificado. “O único endereço constante é o que a empresa solicitante do alvará informa, sendo analisado apenas se a atividade é permitida na área”, explica.

Situação semelhante já ocorreu

Segundo as informações, situação semelhante já ocorreu envolvendo o estacionamento do Tribunal de Contas. A Associação dos Guardadores de Carros recorreu, entrando com um processo administrativo para cassar o alvará. “Somente aí é que os funcionários da Smic verificam os registros da Secretaria da Fazenda, para checar se a área é pública e informam ao Jurídico, como aconteceu nesse caso. É preciso reformular e integrar o sistema que libera as licenças”, disse Sofia.

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