Raul Pont: PT quer vincular reajuste dos deputados ao aumento do salário mínimo
O deputado estadual Raul Pont informou hoje que a bancada do PT está trabalhando junto às demais bancadas da Assembleia para vincular o reajuste salarial dos parlamentares ao aumento do salário mínimo. A proposta é que seja concedido aos deputados o reajuste do salário mínimo nos últimos quatro anos, período em que os parlamentares não tiveram aumento salarial. Se a proposta for acolhida pelas demais bancadas, o reajuste ficará em torno de 34%. Os vencimentos dos deputados, neste cenário, passariam para R$ 15.600,00, abaixo dos R$ 20.042,00 equivalentes aos vencimentos dos deputados federais.
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BAITASAR
O Baitasar é um desses amigos (que a vida se encarrega de encontrar e nos oferece sem perguntas; alguns de vocês já conhecem o sujeito, ele é indomável no seco) do blog do mauro (levanta num sábado cedinho e grita na minha janela que a notícia não espera; ele, aqui, chega e sai na hora que lhe aprovam as vontades), cuja função, indeterminada em consenso, é acionar o controle remoto do televisor sempre que sentir uma sensação desagradável e imprecisa (vez que outra, o sacrifício desta miséria do cotidiano, reclama um reposuo, então, ele aparece cedinho e tomamos um café preto no buteku da ladeira), jura que motivos não faltam para estar inconformado, bem mais importantes que ficar cuidando salário de deputado
"O problema é o salário do trabalhador... muito pequenino e distorcido do tamanhão dos lucros"
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BAITASAR
O Baitasar é um desses amigos (que a vida se encarrega de encontrar e nos oferece sem perguntas; alguns de vocês já conhecem o sujeito, ele é indomável no seco) do blog do mauro (levanta num sábado cedinho e grita na minha janela que a notícia não espera; ele, aqui, chega e sai na hora que lhe aprovam as vontades), cuja função, indeterminada em consenso, é acionar o controle remoto do televisor sempre que sentir uma sensação desagradável e imprecisa (vez que outra, o sacrifício desta miséria do cotidiano, reclama um reposuo, então, ele aparece cedinho e tomamos um café preto no buteku da ladeira), jura que motivos não faltam para estar inconformado, bem mais importantes que ficar cuidando salário de deputado
"O problema é o salário do trabalhador... muito pequenino e distorcido do tamanhão dos lucros"
Hoje, ele chegou com o controle remoto em uma das mãos e o novo brinquedo, na outra mão. Pergunto o que ele pretende com aquele cachimbo
"Entortar o cachimbo."
Todos na redação - eu - dou uma sonora gargalhada e corrijo o elefante branco desta casa de notícias sujas copiadas e coladas, escuta Baitasar, é o contrário, o uso do cachimbo entorta a boca
"E eu não sei? Mas a boca também entorta o cachimbo."
Repito ao elefante branquela que tenho minhas dúvidas
"Eu também."
Então, é teimosia, mesmo
"É o controle remoto que precisa ser usado pra entortar o cachimbo."
Digo que não entendi e peço que se explique
"Pensa... mais gente começa a usar o controle remoto, essa outra gentiii da televisão vai ter que se curvar ao clamor das poltronas e sofás."
Pergunto como vão se curvar
"Fazendo programas de televisão inteligentes, para uma humanidade solidária, amorosa... construída com todos incluídos num mundo menos elitista, preconceituoso, autoritário e desigual."
Descemos a ladeira conversando sobre cachimbos, bocas e controles remotos, quando entramos a Teresinha nos recebe com um bom dia cheio de tristeza.
O Baitasar não percebe o desalento da nossa amiga de poucas palavras
"Essa daí tem muita formosura."
Pergunto à Teresinha a razão da tristeza. Ela não responde (nunca responde).
Fica em pé, com o bloco de preços na mão, como uma soldada atenta, antes de se entregar ao sono. O avental com as mesmas manchas de ontem
"Terê, aquele café preto bem forte e sem açúcar."
Quando ela se vira para dar cumprimento às ordens, o Baitasar a segura levemente pelo braço
"Terê, por que a moça ta nessa tristura?"
"Não é nada, seu Baitasar."
"Como assim, nada, a moça ta numa tristura de dar dó."
Ela fica em silêncio, eu e o Baitasar ficamos em mudez de espera, ouvíamos o seu hálito indo e vindo da garganta
"É o seu Sílvio..."
Eu e o Baitasar nos olhamos, não conheço nenhum Sílvio
"Eu também não lembro de ninguém com esse nome."
É a primeira vez que ela fica impaciente enquanto nos dá atenção de atendimento
"Em que mundo vocês vivem? E se dizem jornalistas de internet. Os amigos do seu Sílvio roubaram o dinheiro dele, sem ele saber, agora o seu Sílvio vai ter que vender a televisão."
O cachimbo entorta a boca do Baitasar.
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