segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

como ser um ex-presidente

Carter enaltece diplomacia de Lula.
O PiG (*) discorda


Carter celebrou o acordo entre o Egito e Israel


Jimmy Carter é tudo o que Fernando Henrique jamais será: um bom ex-presidente.

Quando deixou a presidência dos EUA, em 1981, assumiu o papel de negociador da paz, juiz de eleições em democracias novas e obras de benemerência.

O Carter Center na cidade de Atlanta, na Georgia, tornou-se um ponto de referência dos que buscam a paz e defendem os direitos humanos.

O Instituto Fernando Henrique Cardoso, como se sabe, é um centro de peregrinação para o culto à personalidade do Farol de Alexandria.

Carter foi o primeiro líder político americano a defender, ao mesmo tempo, a criação do Estado da Palestina e o fim da ocupação de Israel.

Hoje, depois de perceber que o governo americano jamais contrariará Israel, Carter defende uma solução na ONU, com a pressão de muitos países sobre a diplomacia americana e israelense.

Hoje, na página A20 da Folha (**), Carter diz “Brasil pode ser um dos líderes do processo de paz no Oriente Médio”.

Ele não só defende a decisão do Governo Lula de reconhecer as fronteiras do Estado Palestino, como considera que o Brasil pode ser um dos líderes desse processo.

E por que ?

Porque o Brasil tem muita influência nos países em desenvolvimento.

E porque o Brasil tem muita influência com os EUA, também.

Ah, como esse PiG (*) é provinciano !

Ah, como a “política externa” da campanha do Padim Pade Cerra era ridícula !

O PiG (*) e o Cerra cabem dentro de uma casca de amendoim que o Carter cultiva no campo da Georgia.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

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