Para elite de SP, Dilma não é a presidente “de todos”
A manchete do Estadão é antológica:
“Dilma exalta Lula e se diz presidente ‘de todos’”
NAVALHA
Para este notável representante da elite de São Paulo (e, por definição, separatista), a elite de São Paulo não se inclui entre ‘todos’.
Segundo, a democracia da elite de São Paulo por ela se define.
Logo, a Dilma foi eleita por 56% dos brasileiros, mas isso não significa que ela seja presidente dos outros 44%.
Para os outros 44% ela é uma usurpadora.
Portanto, o Brasil, para a elite de São Paulo, o Brasil tem dois presidentes: Dilma e Padim Pade Cerra.
Este continua a governar.
Na cerimônia de posse do Alckmin, Cerra apresentou-se – numa cena da GloboNews –
à frente de Alckmin e do próprio governador Alberto Goldman, seu poste.
Cerra não vai largar o osso.
Aécio vai passar três anos da sua vida em disputas internas com Cerra e, no fim, vai perder.
Porque o Cerra tem o apoio da Chevron e do Papa.
E o Aécio não tem.
Portanto, foi mais fácil o delegado Beltrame entrar no Alemão do que a Dilma entrar na elite de São Paulo.
Em tempo: outra pérola do PiG se encontra num colonista (*) da Folha (**) na pág. 2 “Imagem para Dois”.
Trata-se de alguém que foi um dia a Barcelona e de lá não saiu.
Ele gosta do Gaudí.
Paciência.
Um típico colonizado.
Ele sustenta que o Rio será incapaz de fazer uma Olimpíada como a de Barcelona.
E que a Olimpíada do Rio é tudo miragem, imagem.
Essa associação de Lula com Rio vai dar em nada.
Se o problema do Estadão é com a Dilma, o “new money”, a Folha (**), parece ter um problema com o Rio.
Dá no mesmo.
Como diria o Ibrahim, imortalizado numa estátua em frente ao Copa, “Ademã que eu vou em frente”.
Paulo Henrique Amorim
(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (***) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário