“O Estado brasileiro falhou”, diz ministro da Justiça sobre tragédia no Rio
Cardozo lamentou as mortes no Estado e disse que o governo está mobilizado para ajudar
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo disse nesta sexta-feira que o governo brasileiro, em sua história, falhou em relação à ocupação do solo no país. Em relação à tragédia das chuvas no Estado do Rio de Janeiro, em que mais de 500 pessoas morreram, ele diz que “pessoas pagam com suas vidas o peso de um conjunto de problemas”.
- As pessoas não moram, muitas vezes, em áreas de risco porque querem. Moram porque não têm onde morar e aí o Estado brasileiro, na sua história, efetivamente falhou e hoje pessoas pagam com suas vidas o peso desse conjunto de problemas.
Cardozo concedeu uma coletiva de imprensa após a posse do novo diretor-geral da polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra.
O ministro disse que a culpa pelas tragédias – além do alto índice pluviométrico – não é de “uma ou duas pessoas”, mas sim, da história do país, destacando a forma “irresponsável” pela qual o solo é ocupado no Brasil.
- Além de uma situação de irresponsabilidade de ocupação do solo, há também uma coisa que não podemos esquecer que é a necessidade econômica. O que afasta pessoas mais pobres para áreas de risco é justamente uma ausência de política de moradia histórica no Brasil.
O ministro disse que a pasta está “fazendo a sua parte” e que enviou ao Estado 215 homens da Força Nacional, além de policiais militares, bombeiros, legistas e helicópteros. Nesta quinta-feira (13), Cardozo e outros ministros visitaram, ao lado da presidente Dilma Rousseff, as regiões afetadas pela chuva no Rio de janeiro.
- Foram cenas muito tristes. Aqui fica nossa solidariedade irrestrita ao povo do Rio de Janeiro, a quem perdeu seus entes queridos. Há uma clara determinação da presidente Dilma Rousseff: todo apoio do governo federal nessa hora ao Rio de Janeiro e ao governador Sérgio Cabral.
Segundo Cardozo, a questão das enchentes no sudeste do país poderá ser tratada na primeira reunião ministerial com Dilma, marcada para hoje às 14h.
Tragédia das chuvas
O forte temporal que atingiu o Estado do Rio de Janeiro na terça-feira (11) deixou centenas de mortos e milhares de sobreviventes desabrigados e desalojados, principalmente na região serrana.
As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto foram as mais afetadas. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados. Equipes de resgates ainda enfrentam dificuldades para chegar a alguns locais.
O governo federal, o Estado e as prefeituras se mobilizam para liberar verbas. Empresas públicas e privadas, além de ONGs(Organizações Não Governamentais), recebem doações.
Os corpos identificados e liberados pelo IML (Instituto Médico Legal) começaram a ser enterrados quinta-feira (13). Hospitais estão lotados de feridos. Médicos apelam por doação de sangue e remédios. Os próximos dias prometem ser de muito trabalho e expectativa pelo resgate de mais sobreviventes.
- As pessoas não moram, muitas vezes, em áreas de risco porque querem. Moram porque não têm onde morar e aí o Estado brasileiro, na sua história, efetivamente falhou e hoje pessoas pagam com suas vidas o peso desse conjunto de problemas.
Cardozo concedeu uma coletiva de imprensa após a posse do novo diretor-geral da polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra.
O ministro disse que a culpa pelas tragédias – além do alto índice pluviométrico – não é de “uma ou duas pessoas”, mas sim, da história do país, destacando a forma “irresponsável” pela qual o solo é ocupado no Brasil.
- Além de uma situação de irresponsabilidade de ocupação do solo, há também uma coisa que não podemos esquecer que é a necessidade econômica. O que afasta pessoas mais pobres para áreas de risco é justamente uma ausência de política de moradia histórica no Brasil.
O ministro disse que a pasta está “fazendo a sua parte” e que enviou ao Estado 215 homens da Força Nacional, além de policiais militares, bombeiros, legistas e helicópteros. Nesta quinta-feira (13), Cardozo e outros ministros visitaram, ao lado da presidente Dilma Rousseff, as regiões afetadas pela chuva no Rio de janeiro.
- Foram cenas muito tristes. Aqui fica nossa solidariedade irrestrita ao povo do Rio de Janeiro, a quem perdeu seus entes queridos. Há uma clara determinação da presidente Dilma Rousseff: todo apoio do governo federal nessa hora ao Rio de Janeiro e ao governador Sérgio Cabral.
Segundo Cardozo, a questão das enchentes no sudeste do país poderá ser tratada na primeira reunião ministerial com Dilma, marcada para hoje às 14h.
Tragédia das chuvas
O forte temporal que atingiu o Estado do Rio de Janeiro na terça-feira (11) deixou centenas de mortos e milhares de sobreviventes desabrigados e desalojados, principalmente na região serrana.
As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto foram as mais afetadas. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados. Equipes de resgates ainda enfrentam dificuldades para chegar a alguns locais.
O governo federal, o Estado e as prefeituras se mobilizam para liberar verbas. Empresas públicas e privadas, além de ONGs(Organizações Não Governamentais), recebem doações.
Os corpos identificados e liberados pelo IML (Instituto Médico Legal) começaram a ser enterrados quinta-feira (13). Hospitais estão lotados de feridos. Médicos apelam por doação de sangue e remédios. Os próximos dias prometem ser de muito trabalho e expectativa pelo resgate de mais sobreviventes.
Um comentário:
A chuva ainda não deu trégua, o sol não raiou
As pessoas ainda juntam os cacos do que restou
É preciso força para retomar a vida, o mundo
Depois de se perder quase tudo num segundo
Tragédia natural não é exclusividade, é verdade...
Por que, então, sofremos mais com as tempestades?
Deus é brasileiro, não temos terremotos nem furacão
Mas pecamos no planejamento, vontade e organização
Portugal passou por suplício como o que se apresenta
Em falecimentos, só 10% daqui: pouco mais de quarenta
Na terra que zombamos ter pouca inteligência
Governos dão de goleada quando há urgência
A Austrália, do outro lado, foi ainda mais exemplar
Como mostrou, na TV, um brasileiro que lá foi morar
Eles monitoram o nível dos rios com grande precisão
Por carta, avisaram todos com 24 horas de antecipação
Mas aqui o relevo é outro, uns dirão
Por si só não justifica, não é explicação
Populismo, impregnado, responde por esse mal
Ah, se nossa inteligência fosse a de Portugal...
(http://noticiaemverso.blogspot.com)
Twitter: @noticiaemverso
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